terça-feira, 20 de maio de 2014

Eleições para o Senado Académico: questões para reflexão

Caros colegas docentes e não docentes e estudantes da UMinho
Estou na Universidade do Minho há quase 25 anos e resolvi no ano passado que era a altura ideal para exercer o meu direito de cidadania, porque acredito que podemos melhorar a nossa vida académica ao implementarmos um planeamento estratégico participativo, procedimento que continuo a aguardar que aconteça no âmbito das Universidades portuguesas.
Porque todos aspiramos a concluir um dia a nossa carreira com um sentimento de dever cumprido, e porque os órgãos de governo da Universidade - como o Senado - são fundamentais para criar/manter as condições mínimas para que tal aconteça, resolvi aceitar o convite para me candidatar ao Senado Académico no próximo dia 26 de Maio pela LISTA C.
Para além de estar preocupada com as propostas top down que se avizinham referentes à reorganização da rede escolar superior e às quais resistirei, principalmente se as várias ciências não forem tratadas de forma equitativa, há inúmeros aspectos que estão a condicionar o nosso dia-a-dia e que poderão ser melhorados.
Tomo a liberdade de equacionar algumas questões para reflexão:
1) Quanto tempo mais vamos mostrar-nos indiferentes às praxes violentas, cujos efeitos bem nefastos ainda há pouco tempo resultaram bem patentes?
2) Porque é que os horários das UC não são marcados, como antes, pelas direcções dos Cursos, poupando tanta dor de cabeça?
3) Quando é que há coragem para assumir que os alunos não gostam de usar (pouco usam) a plataforma de e-learning?
4) Porque é que não se realiza de forma presencial a avaliação de desempenho das UC e dos professores de cada UC? Usando a plataforma, não se pode sequer controlar se os que respondem ao questionário alguma vez foram às aulas;
5) Porque é que a UMinho não adopta uma política de “resposta em 10 dias”, ou seja, porque é que andamos todos a correr tentando responder sempre “para ontem” às solicitações que nos são direccionadas, quando podemos implementar uma política de slow down, que leva a melhores resultados (porque as coisas são efectivamente discutidas e reflectidas)?
[Peço desculpa por não estar a usar, nesta mensagem, o novo acordo ortográfico. Usei-o durante um ano e meio e estou tentada a desistir de o usar, pois cansa ser “boa aluna” e ver colegas de outros países de expressão portuguesa ignorá-lo].
Saudações académicas.
Paula Cristina Remoaldo
Professora Associada com Agregação, Instituto de Ciências Sociais 
+ informação - blogue NDNR - http://uminho-ndnr.blogspot.pt/

(reprodução de mensagem entretanto distribuída universalmente na rede de correio eletrónico da UMinho)

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