sábado, 28 de junho de 2014

"GOVERNO VAI TRANSFERIR VERBAS PARA AS UNIVERSIDADES"

"O Ministério da Educação e Ciência informa que serão transferidas até ao fim da próxima semana para as universidades e institutos politécnicos as verbas que, por motivos técnicos, não integraram o Orçamento de Estado de 2014 das instituições de ensino superior.
Tal como indicado hoje pelo Ministro da Educação e Ciência, em declarações aos jornalistas à margem da cerimónia de tomada de posse do novo Reitor da Universidade do Porto, os montantes a repor dizem respeito aos cortes transversais nos vencimentos da função pública que, relativamente às instituições de ensino superior, não correspondiam à distribuição dos salários do seu pessoal. Ou seja, serão acertados os montantes de reduções salariais de acordo com os salários realmente existentes nas instituições de ensino superior e não de acordo com a média salarial total na função pública, como foi originalmente feito por motivos técnicos.
Como sempre referido pelo Governo, este ajustamento ocorreria «em sede de execução orçamental» de 2014, tendo sido assumido por parte do Ministério das Finanças o compromisso de as transferências ocorrerem até ao final da próxima semana.
Relativamente ao cumprimento da decisão do Tribunal Constitucional que implicou ajustes salariais, o Ministro declarou que nestes próximos meses, as instituições «não têm problemas de rutura financeira derivados desse aumento», já que podem solicitar à Secretaria de Estado do Orçamento a antecipação dos fundos disponíveis, enquanto não houver «um orçamento retificativo».
No que se refere à resolução do problema aberto pela decisão do Tribunal Constitucional para todo o ano de 2014, o Ministro sublinhou que se trata de um problema de toda a função pública, já que não existe disponibilidade financeira no OE 2014 para cumprir o acórdão. Essa resolução terá de ser encontrada em sede de orçamento retificativo. Entretanto, as instituições poderão cumprir a decisão do TC pedindo a referida antecipação de verbas disponíveis, algo que «a Secretaria de Estado do Orçamento despacha quase automaticamente." 

(reprodução de notícia http://www.portugal.gov.pt/)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

"Primeira fase de avaliação das unidades de investigação portuguesas terminou"

Notícia jornal Público
Entre 322 laboratórios de investigação há 71 que não vão ter financiamento: 

PS: os resultados da avaliação da FCT podem ser consultados em detalhe no endereço seguinte:

terça-feira, 24 de junho de 2014

"Um laboratório ´vivo` e ´integrado` no meio que é suposto estudar" ?

Notícia RUM 
Câmara de Guimarães e UMinho lançam Laboratório da Paisagem

Comentário: pelo contexto científico invocado, pela fundamentação que lhe sub-jaz, pela localização, não sabemos o que questionar mais neste projeto: se a fantasia da ideia se a deriva estratégica que o parece informar.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

domingo, 22 de junho de 2014

Renúncia a mandato de membro do Conselho Geral

Caros(as) colegas Professores e investigadores,
Caros(as) colegas funcionários não docentes e não investigadores,
Caros(as) alunos,
Cumpre-me informar-vos que remeti há dias ao Presidente do Conselho Geral da UMinho uma carta de renúncia à condição de membro do Conselho Geral. Fi-lo por razões pessoais, depois de ponderar o assunto durante meses. Nos termos do Regimento do Conselho Geral, deverei ser substituído pela colega que me sucedia na lista do Movimento Novos Desafios, Novos Rumos oportunamente submetida a referendo eleitoral, a saber, a Professora Clara Costa Oliveira, a quem desejo as maiores felicidades no exercício do cargo.
Isto dito, entendo que é hora de renovar o agradecimento aos colegas que estiveram na base da minha(nossa) eleição e a todos aqueles que, através do seu voto e/ou do seu incentivo, me foram dando ânimo para levar por diante a missão cívica que mantive na Academia na referida sede até esta data, que quase nunca foi fácil.
Quero também dizer-vos que, deixando as funções de membro do CG, não deixarei de procurar contribuir para a construção de um projeto de Universidade mais transparente, mais respeitador dos direitos de todos e de cada um, mais exigente em matéria de procedimento ético, e não abandonarei a luta a favor de um projeto portador de uma ambição de crescente afirmação no contexto da rede pública de ensino superior nacional e europeia, expressão da vontade, capacidade e ambição do coletivo que lhe dá corpo. Em particular, preocupa-me a perda de autonomia que a Universidade portuguesa enfrenta e preocupam-me:
i)     a forma como se chegou a e o teor do memorando de entendimento entretanto assinado entre as Universidades do Minho, do Porto, e de Trás-os-Montes e Alto Douro, com vista à constituição de um Consórcio das Universidades do Norte (UniNORTE);
ii)   a forma como se têm apostado na adoção de plataformas eletrónicas e na "desmaterialização de rotinas administrativas", desconsiderando as pessoas e, paradoxalmente, sobrecarregando-as com burocracias; e
iii)     intervenções mantidas em matéria de gestão de concursos de promoção de pessoal questionáveis em matéria de respeito das legítimas aspirações das pessoas, quando não criticáveis na dimensão ética.
Por tudo isso, esta renúncia a funções como membro do CG não deve ser interpretada como desistência de lutar por uma Universidade melhor e com que me identifique muito mais. Nessa postura, continuarei a estar com todos aqueles que partilhem idênticos valores.
Cordiais cumprimentos,

J. Cadima Ribeiro
(Movimento NDNR – http://uminho-ndnr.blogspot.pt/)

[reprodução de mensagem entretanto distribuída universalmente na rede eletrónica da UMinho]

"Reitor da Universidade de Aveiro admite que universidades vivem com pulseiras eletrónicas"

«A autonomia financeira das universidades está a estrangular a vida destas instituições de ensino superior. O reitor da Universidade de Aveiro, Manuel Assunção, admite mesmo que as universidades vivem com pulseiras eletrónicas, financeiramente falando.
Em entrevista ao jornalista da Antena 1 Nuno Moura Brás, o reitor da Universidade de Aveiro explica que a instituição vive mal, depois de em quatro anos cortarem 30 por cento nas despesas de funcionamento.
(reprodução de notícia rtp notícias, de 20 Jun. de 2014, Augusta Henriques)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

sexta-feira, 20 de junho de 2014

"Orçamentos de universidades e politécnicos serão «corrigidos», garante secretário de Estado"

"José Ferreira Gomes explicou que esta correção serve para que haja também cobertura para os novos compromissos salariais à luz do acórdão do Tribunal Constitucional.
O secretário de Estado do Ensino Superior garantiu que os orçamentos das universidades e dos politécnicos serão «corrigidos» para que haja também cobertura para os novos compromissos salariais.
«O acórdão do Tribunal Constitucional surgiu a uma distância muito curta da data em que são processados os vencimentos e por isso teriam seguramente dificuldades em obter a antecipação de fundos e fazer o processamento», acrescentou.
José Ferreira Gomes adiantou ainda que «se alguma instituição não fez o pagamento dos vencimentos em junho já com a correção que era devida ao seu pessoal poderá fazê-la no mês seguinte sem nenhum problema».
Estas declarações surgiram depois de o presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, António Rendas, ter pedido um reforço de 85 milhões para o orçamento das universidades."
(reprodução de notícia TSF, de 17/06/2014)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Contra o calar...

"Contra o calar não há castigo nem resposta". 

M. Cervantes

terça-feira, 17 de junho de 2014

"Trabalhar numa multinacional garante melhor salário"

«Experiência é considerada “valiosa” pelos empregadores em Portugal, concluem investigadores das universidades de Coimbra, Groningen e CBS.
Uma experiência de trabalho numa multinacional garante maiores probabilidades de vir a obter um melhor salário. A prova consta de uma investigação feita em Portugal que conclui: "Os ensinamentos colhidos num lugar de responsabilidade de gestão de uma empresa multinacinal é algo de relevante" para os futuros empregadores, que consequentemente pagam salários mais altos, explica Miguel Torres Preto, professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e investigador do IN+/IST, um dos três co-autores juntamente com o alemão Wolfgang Sofka, da CBS - Copenhagen Business School, e Pedro de Faria, outro português, que está na Universidade de Groningen(Holanda), do estudo "Quando as subsidiárias das multinacionais encerram: qual é o valor do capital humano dos empregados nos novos empregos?". A resposta à pergunta que orientou o estudo é dada num artigo que já está ‘online' e será publicado em papel no JIBS - "Journal of International Business Studies" e resume-se a uma palavra: "valioso", explica o mesmo investigador.
Os empregados "adquirem conhecimento, competências e outras características" (o chamado capital humano), começa por explicar Miguel Torres Preto, e o que se passa, na prática, é que os "empregadores fixam os salários com base em sinais relativos à produtividade esperada dos empregados" e esperam que os que passaram por multinacionais produzam mais. Porquê? Porque se valoriza a produtividade da empresa que fecha. Embora possa parecer estranho falar de produtividade de uma empresa que encerra as portas, "as subsidiárias das multinacionais são avaliadas em comparação com as suas congéneres e com empresas de outros países que recebem multinacionais", refere o investigador português. Ou seja, "num país onde fecham estas empresas podem ser consideradas muito produtivas comparativamente com outras empresas a trabalhar em Portugal", acrescenta.
Empregadores esperam beneficiar com contratação
De acordo com esta investigação, feita entre 2005 e 2009, tendo como amostra cerca de 110 mil trabalhadores que ficaram desempregados devido ao fecho de empresas (nacionais e subsidiárias de empresas multinacionais), os empregadores esperam beneficiar da contratação daquele empregado, que é encarado como tendo, à partida, mais valor, por isso estão dispostos a pagar-lhe mais.
Esta investigação, que se centra só em Portugal, partiu da observação de alguns exemplos de fecho de subsidiárias de empresas multinacionais e dos protestos devido aos casos de desemprego associados, como foi o caso do encerramento da Qimonda em Portugal, mas também do centro de I&Dda Merck Organon na Holanda ou da deslocalização da produção de telemóveis da Nokia da Alemanha para a Roménia.
As conclusões deste estudo referem-se a trabalhadores com funções de gestão/supervisão, portanto o que aparece valorizada é a gestão, ou seja, a posição de relevo ocupada nos lugares de topo e não nos quadros abaixo. Só assim se considera que os trabalhadores adquiriram conhecimentos e competências dentro da multinacional que podem ser replicados.
No entanto, há uma ressalva feita pelos autores e que tem a ver com a antiguidade do trabalhador na empresa multinacional, que fornece sinais negativos "porque sugere uma maior especifidade do capital humano adquirido na empresa", explica o professor da Universidade de Coimbra.
Por outro lado, o capital estrangeiro da subsidiária que fecha fornece sinais positivos desde que em níveis intermédios. "Mais uma vez, a questão da excessiva especificidade do capital humano pode ser pernicioso no salário na nova empresa, quando as subsidiárias são totalmente (ou em grande maioria) detidas por capital estrangeiro", sublinha Miguel Torres Preto.
Os investigadores seguiram os trabalhadores no seu novo emprego comparando os seus salários consoante vinham de empresas nacionais ou de subsidiárias multinacionais.»
(reprodução de notícia Económico online, de 16/06/14 - CARLA CASTRO)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Dos bastidores: contribuir para um projeto de Universidade mais transparente e mais exigente em matéria de procedimento ético

"Não deixarei de procurar contribuir para a construção de um projeto de Universidade mais transparente, mais respeitador dos direitos de todos e de cada um, mais exigente em matéria de procedimento ético, e não abandonarei a luta a favor de um projeto portador de uma ambição de crescente afirmação no contexto da rede pública de ensino superior nacional e europeia, expressão da vontade, capacidade e ambição do coletivo que lhe dá corpo."

JCR

quarta-feira, 11 de junho de 2014

"Escolas de Enfermagem vão ao Parlamento rejeitar integração nos politécnicos"

«O presidente da Escola Superior de Enfermagem do Porto explica que a medida seria um “retrocesso” num ensino que, a médio prazo, os responsáveis por estas escolas querem ver integrado nas universidades.
As escolas superiores de Enfermagem de Lisboa, Porto e Coimbra vão na quarta-feira ao Parlamento dizer que rejeitam uma possível integração nos institutos politécnicos, no âmbito da reforma da rede de ensino superior.
Esta é apenas uma das medidas preconizadas no documento que o Governo divulgou em Maio com as linhas de orientação estratégica, mas que, para as escolas superiores de enfermagem, representaria um “retrocesso” num ensino que, a médio prazo, querem ver integrado nas universidades.
“Esta questão merece a nossa total oposição”, disse à agência Lusa o presidente da Escola Superior de Enfermagem do Porto, Paulo Parente, considerando que a integração em institutos politécnicos seria um retrocesso para a profissão.
Paulo Parente defende que, ao longo dos últimos 30 anos, os enfermeiros fizeram “um longo percurso”, que passou pela obtenção do grau de bacharel, licenciaturas de quatro anos, graus de mestrado e doutoramentos. “Neste processo, tem havido um esforço no sentido de os enfermeiros poderem dispor na mesma instituição dos três ciclos de formação”, sustentou.
O objectivo, acrescentou, é que as três escolas possam, a médio prazo, ser integradas nas universidades onde já estão a funcionar os doutoramentos em Enfermagem. “Temos de alargar os doutoramentos e nos politécnicos não há doutoramentos”, explica.
As escolas superiores consideram, por isso, que a integração nos politécnicos seria cortar à Enfermagem a possibilidade de ser reconhecida como disciplina do conhecimento. “Entendemos que é um retrocesso, essa proposta merece o nosso repúdio”, declarou.
Questionado pela Lusa, Paulo Parente afirmou que não houve mais contactos do Ministério da Educação e Ciência (MEC) desde que foram anunciadas as orientações estratégicas, mas que as escolas entenderam pedir audiências no parlamento para transmitirem formalmente a sua posição aos deputados.
Na quarta-feira estes responsáveis estarão presentes na Comissão de Educação, depois de já terem sido recebidos na Comissão de Saúde e de terem enviado ao MEC os documentos que sustentam a posição das escolas.»
(reprodução de notícia Público online, de 10/06/2014)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

terça-feira, 10 de junho de 2014

"PT e UBI criam Centro de Investigação e Competências nas áreas de ´cloud computing` e saúde"

A Portugal Telecom (PT) e a Universidade da Beira Interior (UBI) estabeleceram hoje um acordo de parceria para a criação de um Centro de Investigação e Competências de Cloud Computing e TI. Este projeto consiste na criação de núcleos de especialização denominados “Labs”, dentro dos quais serão desenvolvidos projetos de investigação e desenvolvimento, criação de capital intelectual e desenvolvimento de competências profissionais nestas áreas. 
Numa primeira fase, serão constituídos quatro “Laboratórios” que incidirão nas áreas de Cloud Computing, Tecnologia Aplicada à Saúde, Percursos e Certificações Profissionais na Cloud e Software Testing & Validation, mas que se pretende que incluam no futuro outros domínios, integrando diversas componentes e competências. Nos últimos anos a PT tem vindo a desenvolver inúmeras iniciativas com a UBI, nas áreas da formação, I&D e empreendedorismo, que ganharam uma nova dimensão com a inauguração do Data Center da Covilhã, em setembro do ano passado. 

(reprodução de comunicado de imprensa Portugal Telecom - Media, datado de 9 de junho de 2014, que nos caiu enttretanto na caixa de correio eletrónico)

domingo, 8 de junho de 2014

"Ser professor no ensino superior – algumas adversidades"

«O dirigente da Federação Nacional de Professores comentou recentemente o resultado de um estudo que concluía pela desmotivação para o trabalho dos docentes do pré-escolar e dos ensinos básico e secundário.
Não menos importante seria efetuarem-se estudos de natureza análoga versados sobre o ensino superior. Com efeito, o ensino superior tem sido alvo de imposições significativas por parte das entidades com competências inspetivas e de acreditação, que acabam por se refletir no trabalho, no ânimo e na missão dos professores.
Entre outras exigências, é prescrito o cumprimento de um conjunto de procedimentos de natureza estritamente burocrática com preenchimento de formulários, fichas e inquéritos que servem finalidades de natureza formal, sem que daí se extraia qualquer ganho substancial. Teremos melhores professores, mais competentes, mais empenhados, mais motivados, mais disponíveis para aprender e ensinar se os colocarmos a preencher horas a fio fichas de disciplina (que, diga-se, são preenchidas à luz de um guia que tem de ser escrupulosamente cumprido), relatórios de atividade, registos de atendimento aos alunos, entre outros documentos? Que mais valia acrescenta ao curriculum profissional e académico do docente este tipo de tarefas? Em que medida fomenta a liberdade de criação intelectual, artística e científica consagrada no art. 42.º da Constituição da República Portuguesa, intrinsecamente ligada à liberdade de aprender e ensinar também constitucionalmente garantida no art. 43.º?
Em que medida contribui para aperfeiçoar os métodos pedagógicos e científicos? Que benefícios retiram os alunos deste gasto de tempo quando podia estar a ser canalizado nas verdadeiras funções de um professor, que deve despender a sua energia ao serviço da excelência do ensino?
Fica-nos a motivação e o desempenho dos alunos aplicados, atentos e assíduos que nos fornecem vigor, nos abastecem de determinação e nos acalentam a alma. É muito, mas não é tudo. Falta a perceção do que envolve “ser professor”.
Deve ser dada abertura a um espaço de discussão destas matérias para se definir o paradigma de ensino superior que se pretende e melhor se adequa às necessidades do país em geral, e do mercado em especial, e o modelo de docentes afetos a este desiderato. Uma coisa é certa:
o papel e a compreensão do professor no ensino superior estão em transformação. Cumpre agora descortinar se é verdadeiramente esta mudança que o país carece, se esta é uma das vias apropriadas de aquisição científica conducente às respostas reclamadas pelas apostas da modernidade e aos desafios da criatividade para o nosso ensino e para a formação e graduação dos nossos estudantes.
A dimensão cultural de uma sociedade é um assunto verdadeiramente sério. O ensino merece uma meditação especial e um tratamento esmerado.
(reprodução de artigo de opinião Público online, de 07/06/2014  - ANA PAULA GUIMARÃES - Docente do Departamento de Direito da Universidade Portucalense) 

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

sexta-feira, 6 de junho de 2014

VAGAS PARA O ACESSO AO ENSINO SUPERIOR 2014/2015



[cortesia de Nuno Soares da Silva]

"Falta de procura encerra 16 cursos no ensino superior no próximo ano lectivo"

«Quase metade dos cursos não pode aumentar vagas por ter índice de desemprego superior à média.
Só há 16 cursos no ensino superior que não poderão receber novos alunos no próximo ano lectivo devido à falta de procura, um número bastante inferior ao do ano passado. As regras para a fixação de vagas estão ainda a ser ultimadas, mas deverão resultar numa nova diminuição do total disponível. Se forem aplicadas as ideias neste momento a ser debatidas, quase metade dos cursos existentes não podem aumentar o número de lugares no próximo ano, devido ao índice de desemprego dos seus diplomados.
Os cursos que deixarão de receber alunos não conseguiram ter inscritos mais de dez alunos nos últimos dez anos. Entre esses estão Engenharia de Biossistemas, do Politécnico de Viseu, que não teve nenhum inscrito no ano passado, ou Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humanas da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), que só teve um aluno, por exemplo.
Ao todo são 16 cursos — dez em universidades e seis em politécnicos —, que representam 1,5% da oferta do sector, que deverão desaparecer. Há um ano, eram cerca de 200 na mesma situação, ainda que posteriormente nem todos tenham encerrado.
A proibição de abertura de vagas no próximo ano lectivo é uma das regras que consta da proposta para a fixação da oferta do ensino superior público que está a ser discutida pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC) com as instituições de ensino superior e cuja versão definitiva será conhecida em breve, de acordo com fonte ministerial.

428 cursos sem novas vagas
Outras das regras em cima da mesa impede o aumento do número de lugares disponíveis nos cursos que apresentam nível de desemprego superior ao da instituição em que se inserem e ao desemprego geral dos diplomados.
Este preceito atinge 428 cursos do ensino superior (216 em universidades, 212 nos politécnicos), que representam 43% das vagas abertas no sector no ano lectivo passado. Caso não haja alterações às regras nem interpretações diferentes para casos pontuais — as instituições podem tentar convencer a tutela da relevância dos seus cursos, caso a caso —, estão em risco alguns cursos emblemáticos de universidades nacionais como o de Jornalismo da Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa, Ciência Política no ISCTE, Novas Tecnologias da Comunicação da Universidade de Aveiro, Sociologia na Universidade de Coimbra, Engenharia Zootécnica na UTAD, Direito na Universidade do Minho, Engenharia Civil na Universidade do Porto ou Arqueologia na Nova de Lisboa.
Na lista de licenciaturas com taxas de desemprego que não cumprem os requisitos fixados pelo Governo estão vários cursos de Turismo (na Universidade do Algarve, por exemplo), Design, bem como das áreas das Letras e Ciências Sociais, que serão particularmente afectadas. Entre os mais de 400 cursos nesta lista, quase 50% tiveram um número de inscritos superior às vagas, ou seja, são cursos que têm muita procura, apesar das dificuldades de inserção no mercado de trabalho sugeridas pelos números do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Este impacto é superior nas universidades: 61% dos cursos universitários tiveram no último ano uma procura superior à oferta.
Estes não são números oficiais, tratando-se apenas de uma aplicação feita com base nas tabelas que a Direcção-Geral de Ensino Superior remeteu às instituições com informação sobre o desemprego dos diplomados, aplicando as regras definidas na proposta de despacho do secretário de Estado do Ensino Superior.
A utilização dos números do IEFP para definir as taxas de emprego associadas a cada curso têm sido várias vezes contestado pelos responsáveis do ensino superior e por vários especialistas do sector, lembrando que nem todos os estudantes se inscrevem nos centros de emprego, por exemplo. O exemplo paradigmático é os dos cursos de Arquitectura e, caso estas regras venham a ser aplicadas, há oito licenciaturas da área que podem não abrir mais vagas do que no lectivo anterior, entre as quais algumas escolas emblemáticas como as da Universidade do Porto e Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa.
A estas licenciaturas com índices de desemprego elevado há que acrescentar 20 cursos de formação de professores para o ensino básico (1.º e 2.º ciclos), que têm um regime próprio, e que também não podem aumentar o número de lugares disponíveis. No ano lectivo passado, estas formações — sete em universidades e 13 em politécnicos — totalizavam mais de 800 vagas.
No ano passado foram fixadas 52.298 vagas no ensino superior (28.553 vagas no universitário e 23.745 no politécnico), um número que foi superior ao da procura — houve 45 mil candidatos na primeira fase. Fruto destas regras e da reformulação da oferta que está a ser feita em várias instituições, o total de lugares disponíveis para os estudantes que estão a acabar o 12.º ano será inferior.

(reprodução de notícia Público online, de 05/06/2014)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

Dos bastidores: a propósito de coisas, gente e posturas que cansam

"Há coisas que, a partir de certo momento, me cansam e foi isto que me aconteceu com esta."

JCR 

quinta-feira, 5 de junho de 2014

"Desemprego impede 41% dos cursos de abrir novas vagas"

«428 licenciaturas e mestrados integrados não poderão abrir novas vagas no próximo ano lectivo devido às taxas de desemprego registadas entre os seus diplomados.
Há 428 cursos superiores impedidos de abrir novas vagas no próximo ano lectivo por registarem elevadas taxas de desemprego entre os seus diplomados. As contas pertencem ao Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) e mostram que 41% das licenciaturas e mestrados integrados que neste momento funcionam no país (um universo de 1040) se encontram nesta situação. As áreas das ciências sociais são as mais afectadas.»

(reprodução de notícia Económico online, de 05/06/14 - ANA PETRONILHO - ana.petronilho@economico.pt)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

"A situação é mais grave no ensino politécnico do que nas universidades"

Notícia jornal Público
Fenprof reclama abertura extraordinária de 1500 vagas para o Ensino Superior
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Educacao/Interior.aspx?content_id=3955392

quarta-feira, 4 de junho de 2014

"Quinta edición do ránking I-UGR"

Notícia Xornal da USC
A produción científica da USC en Matemáticas mantense como a primeira do sistema universitario español: 
http://xornal.usc.es/xornal/acontece/2014_06/noticia_0022.html

"FCT vai atribuir 2416 bolsas ao abrigo de Programas de Doutoramento"

"Fundação para a Ciência e Tecnologia vai atribuir 2416 bolsas ao abrigo de noventa e seis Programas de Doutoramento que envolvem universidades portuguesas, universidades internacionais e empresas. O investimento total será de 190 milhões de euros.
Em 2012 e 2013, num total de 450 candidaturas a Programas de Doutoramento por parte de Universidades, Unidades de Investigação e Desenvolvimento (I&D) e empresas, nacionais e internacionais, foram aprovadas noventa e seis pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). No âmbito destes Programas, no total serão atribuídas 2416 bolsas de doutoramento durante oito anos.
O financiamento da FCT será de 190 milhões de euros para os Programas de Doutoramento, como explicou Leonor Parreira, Secretária de Estado da Ciência em Conferência de Imprensa.
«Nos dois primeiros Concursos foram aprovados para financiamento noventa e seis Programas em todas as áreas científicas e tecnológicas desde as Humanidades às Ciências Exatas», explicou Leonor Parreira e acrescentou que «os Programas selecionados correspondem a 22% das candidaturas apresentadas, envolvem perto de 2500 bolsas de doutoramento durante os próximos quatro a cinco anos, bem como financiamento suplementar para atividades formativas num investimento total de fundos públicos que ronda os 190 milhões de euros».
Do total dos noventa e seis Programas de Doutoramento aprovados, 65% são de âmbito nacional, 28% de âmbito internacional e 7% desenvolver-se-ão em ambiente empresarial.
No que se refere aos Programas de Doutoramento de âmbito nacional e internacional, a área das Ciências Exatas e da Engenharia é a que abarca o maior número de Programas de Doutoramento (35), seguida da área das Ciências Sociais e Humanas (27), das Ciências da Vida e da Saúde (17) e das Ciências Naturais e do Ambiente (10).
Dos setes Programas em ambiente empresarial aprovados – que terão um cofinanciamento mínimo de 25% por parte das empresas – três são na área das Ciências da Vida e da Saúde, três na área das Ciências Exatas e da Engenharia e um na área das Ciências Naturais e do Ambiente.
Os Programas de Doutoramento em ambiente empresarial duplicaram de 2012 para 2013, destacou Leonor Parreira que afirmou que este aumento revela «um interesse de várias das nossas empresas, quer grandes empresas quer pequenas e medias empresas, em responder a este novo instrumento de apoio a uma formação doutoral mais próxima das especificidades do mundo empresarial».
A Secretária de Estado da Ciência referiu ainda que numa altura em que as empresas portuguesas acolhem apenas 3% dos doutores em comparação com 30% de doutores nas empresas estrangeiras, estes novos Programas de Doutoramento são «um primeiro e importante passo no caminho que ainda temos de trilhar para educar uma nova geração de doutores preparados para o mercado não académico».
Leonor Parreira acrescentou ainda que este «é também um excelente instrumento para estreitar os laços entre as nossas universidades, unidades de investigação e as empresas, garantindo a prazo uma maior mobilidade de investigadores altamente qualificados para o tecido produtivo».
Isto porque os Programas Doutorais vêm de alguma forma corresponder à política do Governo que, de acordo com Leonor Parreira, assenta em dois eixos fundamentais. «Por um lado, aumentar a competitividade internacional da nossa Ciência e Tecnologia (C&T) e, por outro lado, aproximar a ciência da indústria para que esta assuma as suas responsabilidades no desenvolvimento da C&T portuguesas e incorpore cada vez mais a ciência e tecnologia modernas na sua atividade».
Numa análise às bolsas atribuídas por disciplinas científicas, o maior número de bolsas será atribuído na área das Ciências Exatas e da Engenharia, ou seja, 1048 bolsas o que corresponde a 44%, seguidas de 564 bolsas ou 23% que serão atribuídas na área das Ciências da Vida e da Saúde, 484 ou 20% na área das Ciências Sociais e Humanas e 320 ou 13% na área das Ciências Naturais e do Ambiente.
Leonor Parreira deixou ainda claro que os resultados dos Programas de Doutoramento, sobre os quais é agora apresentado um primeiro balanço, «mostram que o Concurso Individual anual para Bolsas de Doutoramento deixou de ser desde 2013 o principal mecanismo para formação avançada em Portugal», já que «as Bolsas de Doutoramento financiadas pela FCT passarão de forma progressiva maioritariamente, mas não totalmente, por Programas de Doutoramento FCT selecionados em concurso aberto e competitivo».
Também Miguel Seabra, Presidente da FCT, afirmou que «a partir de 2015 temos um compromisso por parte da FCT anual de cerca de 600 Bolsas de Doutoramento por ano, em que a seleção dos bolseiros é agora descentralizada, deixa de ser feita num Concurso de Bolsas Individuais e passa a ser esse recrutamento e seleção de estudantes por cada um dos Programas Doutorais conforme o pacote de bolsas que foi atribuído a cada um e que neste momento podem gerir»."

(reprodução de notícia Tv ciência, de 02-06-2014 - http://www.tvciencia.pt/tvcnot/pagnot/tvcnot03.asp?codpub=35&codnot=32)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

segunda-feira, 2 de junho de 2014

"Nas Universidades, não deve já haver professores de carreira com menos de 35 anos"

A renovação e a rotatividade em risco na política e nas sub-unidades da UM 

(título de mensagem, datada de sábado, 31 de maio de 2014, disponível em O Campus e a Cidade)

"A ciência em Portugal está cheia de padrinhos e apadrinhamentos"

Entrevista Correio do Minho

O Vice-Reitor da UM não poupa nas críticas:

"Pagar 500 euros e estudar no Reino Unido"

«Empresas nacionais estão a intermediar saída de alunos portugueses para universidades britânicas. Sistema de empréstimos daquele país facilita o processo
Em seis anos, mais de 1000 estudantes portugueses entraram em universidades do Reino Unido, com a ajuda da OK Estudante, uma empresa que se dedica a intermediar o acesso a instituições de ensino superior britânicas. Esta não é a única firma nacional a fazê-lo, mas não há mais nenhuma especializada naquele mercado. A oportunidade é facilitada pelo sistema de empréstimos aos alunos em vigor naquele país, que é fortemente apoiado pelo Estado.
O proprietário da OK Estudante, André Rosendo, 27 anos, conhecia bem o mecanismo dos empréstimos dependentes do rendimento (income-contingent loans) em vigor no país desde os governos trabalhistas de Tony Blair. Estudou Design Gráfico no Reino Unido e recebeu um destes apoios. Criou a empresa em 2008 quando regressou a Portugal, na altura pensada apenas como uma iniciativa social para dar a conhecer aos estudantes nacionais esta possibilidade, cativando-os a ir estudar para instituições britânicas. Mas em quatro meses, o conceito evoluiu, e percebeu que tinha um negócio nas mãos e trabalham ali 17 pessoas.
O Reino Unido tem o sistema de ensino superior europeu onde os empréstimos têm maior peso, chegando a cerca de dois terços dos alunos. A solução foi promovida ao mesmo tempo em que se verificava um forte aumento das propinas e acabou por ter uma adesão maciça, uma vez que oferece condições muito favoráveis. “Era bastante apelativo para os estudantes”, comenta Luísa Cerdeira, investigadora da Universidade de Lisboa, especialista em financiamento do ensino superior.
No caso britânico, o Estado assume também a garantia junto dos bancos, com regras claras: os diplomados só começam a pagar de volta o apoio depois de atingirem um rendimento anual de 22 mil libras – cerca de 27 mil euros. A prestação é também definida tendo por base uma determinada percentagem do seu rendimento e, em caso de despedimento, o pagamento é suspenso. Esta rede de segurança “causa menos preocupações do que um empréstimo tradicional”, afirma Cerdeira, o que contribuiu para o sucesso da solução.
Os empréstimos com garantia do Estado no Reino Unido estão abertos a estudantes internacionais. E é isso que a OK Estudante e outras empresas do género exploram. No caso da empresa liderada por André Rosendo, o sistema é relativamente simples: os estudantes interessados pagam uma inscrição de 500 euros e, em contrapartida, a agência presta uma série de serviços. A firma faz acompanhamento académico, ajudando os estudantes a escolher o curso a que se querem candidatar, e ajuda a tratar do processo de candidatura – garantindo ter uma taxa de sucesso de 99% - que no Reino Unido é feito individualmente junto de cada universidade, ao contrário do que acontece em Portugal.
A empresa garante também apoio à chegada dos estudantes ao país de destino, tratando de arranjar alojamento e um emprego para os estudantes que, na esmagadora maioria, acumulam a formação com o trabalho. Durante os três anos do curso garante ainda acompanhamento para tratar de problemas ou dúvidas que surjam.
O sistema de recrutamento é semelhante ao que é usado pelas universidades portuguesas: André Rosendo vai a escolas secundárias, dá a conhecer estas possibilidades aos alunos, tentando convencê-los que é em terras britânicas que estão as melhores oportunidades para prosseguir os seus estudos. No primeiro ano, a OK estudante apoiou 127 alunos. O número tem crescido gradualmente – no ano passado foram mais de 200. Ao todo, desde 2008, mais de 1000 estudantes foram de Portugal para universidades do Reino Unido intermediadas por esta empresa.
Rosendo recusa, porém, a ideia de estar a ajudar a “sangrar” Portugal de talentos com esta iniciativa, desviando alunos de qualidade das instituições nacionais. “Portugal precisa destes estudantes e eles vão para lá ter uma formação de qualidade. O país cresce com eles”, defende.
Já Luísa Cerdeira não vê que o sucesso de empresas como a OK Estudante possa ser um problema para as instituições nacionais. “Não estou a ver que se crie aqui um pipeline que vá drenar pessoas para Inglaterra”, acredita, apontando o facto de a propina média britânica rondar as 10 mil libras anuais e os custos de vida inerentes como uma condicionante a ter em conta. “Para uma família de rendimentos médios é, ainda assim, uma situação a ter em conta. Há um risco de não se conseguir ter uma remuneração suficiente para pagar isto”, alerta.
A especialista também coloca reservas à possibilidade de sucesso em Portugal de um sistema de empréstimos como o britânico – EUA e Nova Zelândia são outros dos países que o adoptam. Os investigadores internacionais que se têm dedicado ao estudo destes mecanismos defendem que o modelo funciona em países onde há uma grande transparência fiscal e de rendimentos. Por isso, “é preciso grande cuidado” com a sua implementação. O Estado “corre muitíssimos mais riscos em países onde a transparência possa não ser tão nítida”, alerta Luísa Cerdeira.»

(reprodução de notíca Público online, de 01/06/2014 - SAMUEL SILVA)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

domingo, 1 de junho de 2014

"Aprovados 38 novos programas de doutoramento"

«Em 2012 e 2013 a FCT aprovou um total de 96 programas doutorais de um total de 450 candidaturas

A Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) aprovou 38 novos programas de doutoramento no concurso de 2013, elevando-se agora a 96 o total destes programas de formação avançada para o biénio 2012 e 2013 nas universidades portuguesas. Em 27 destes programas (28%) há também uma componente internacional, com a participação de universidades ou centros de investigação estrangeiros.
Ao todo, estes programas somam a atribuição de 600 bolsas de doutoramento em 2015. Serão mais 200, referentes aos 38 novos programas doutorais do concurso de 2013, a acrescentar às 431 que já estão atribuídas em 2012, no âmbito dos 58 primeiros programas deste género que então foram aprovados pela FCT. A cada novo ano, dos quatro que cada programa vai durar, serão atribuídas 600 novas bolsas.
Neste bolo, que representa um financiamento público global de 190 milhões de euros para oito anos, as bolsas aprovadas chegarão às 2416.
Os números foram apresentados esta tarde pela secretária Estado da Ciência Leonor Parreira e pelo presidente da FCT Miguel Seabra. Para a secretária de Estado, "Este novo instrumento da FCT para o financiamento da formação pós-graduada em Portugal tira partido da maturidade alcançada pelo nosso Sistema de Ciência e Tecnologia nas últimas décadas e potencia dois grandes objetivos: a internacionalização competitiva e o potencial inovador".
Do total dos 96 programas doutorais, sete são feitos em ambiente empresarial, o que pretende estimular a inserção de doutorados no tecido empresarial português e, consequentemente, a sua capacidade de inovação e competitividade internacional.
A maioria destes programas de formação avançada (35) são das áreas das ciências exatas e da engenharia, seguindo-se as ciências Socais e humanidades com 27 programas (31%), as ciências da vida e da saúde, com 17 (19%) e as ciências naturais e do Ambiente, com 10 (11%).
Na apresentação dos novos programas doutorais, a secretária de Estado sublinhou que eles tenderão progressivamente a integrar a maioria das bolsas de doutoramento a atribuir pela FCT. Para o concurso individual de bolsas de doutoramento deste ano não está no entanto prevista nenhuma diminuição em relação às que foram atribuídas no último concurso, referente a 2013, no qual foram aprovadas 298. Esse número foi, no entanto muito ao número de bolsas de doutoramento aprovadas em 2012 (1198), o que gerou violentos protestos por parte dos bolseiros e comunidade científica em Janeiro, quando os resultados foram conhecidos.»

(reprodução de notícia DIÁRIO DE NOTÍCIAS online, de 2014-05-30)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]