Sou uma das pessoas que votou em branco nas eleições para a Assembleia Estatutária. Fi-lo por conhecer razoavelmente bem várias das pessoas proeminentes das duas listas então existentes. Conhecia também as práticas efectivas de gestão de poder institucional por parte de essas mesmas figuras e não vislumbrava grandes diferenças entre as duas listas. Olhava para elas e pensava ‘quanto mais se muda, mais tudo fica na mesma’, expressão utilizada nos anos 60 por freiras católico-romanas face às promessas de ventos novos do Vaticano II.
Quando comecei a ver anunciados espaços livres de debate coordenados por alguns membros da actual lista B, decidi lá ir. Nunca havia muita gente, mas os debates eram profícuos e a presença de pessoas de outras universidades permitia vermos a realidade do RJIES de maneira diferente de quem vive na ilusão de a Universidade do Minho ser uma espécie de axis mundi, numa obsessão paranóica que tem prejudicado muitos de nós em jogos de poder completamente desproporcionados com aquilo que pode constituir mundos de sentido para pessoas que vivam como pessoas inteiras e não como monstros de trabalho bruto e de vontade de poder insaciável.
Algo que me agradou de imediato neste grupo de pessoas foi a capacidade de aliar a ironia sem humilhação de ninguém. É uma das características que ainda hoje reconheço nas pessoas que constituem a lista B. Não há espaço para ataques pessoais, mesmo que se tratem de nossos adversários políticos.
Outro aspecto de que me orgulho de falar é a total liberdade que encontramos dentro da lista. Qualquer pessoa pode discordar da maioria, e até das pessoas mais visíveis da lista. Pode dizer-se o que se pensa, seja qual for a posição académica que possuamos, seja qual for o assunto em questão.
Isto incentiva imenso trabalharmos em equipa; todos estamos sempre dispostos para contribuir naquilo que for necessário; caso alguém não possa fazer algo que lhe é pedido, nunca surge desconfiança, mas antes certeza de que, naquele momento, a pessoa em questão está demasiado ocupada. Acredita-se que quando for possível, se disponibilizará novamente. E assim tem sido.
Resumindo, com este grupo de pessoas (que é sempre alargado, pois temos o princípio de poder sempre ‘trazer um amigo’) encontrei um espaço de debate sério, livre e de cooperação que nunca encontrei em cerca de 20 anos a trabalhar na Universidade do Minho. Independentemente dos resultados que viermos a obter nestas eleições, tem sido uma lição de democracia muito estimulante.
Quando comecei a ver anunciados espaços livres de debate coordenados por alguns membros da actual lista B, decidi lá ir. Nunca havia muita gente, mas os debates eram profícuos e a presença de pessoas de outras universidades permitia vermos a realidade do RJIES de maneira diferente de quem vive na ilusão de a Universidade do Minho ser uma espécie de axis mundi, numa obsessão paranóica que tem prejudicado muitos de nós em jogos de poder completamente desproporcionados com aquilo que pode constituir mundos de sentido para pessoas que vivam como pessoas inteiras e não como monstros de trabalho bruto e de vontade de poder insaciável.
Algo que me agradou de imediato neste grupo de pessoas foi a capacidade de aliar a ironia sem humilhação de ninguém. É uma das características que ainda hoje reconheço nas pessoas que constituem a lista B. Não há espaço para ataques pessoais, mesmo que se tratem de nossos adversários políticos.
Outro aspecto de que me orgulho de falar é a total liberdade que encontramos dentro da lista. Qualquer pessoa pode discordar da maioria, e até das pessoas mais visíveis da lista. Pode dizer-se o que se pensa, seja qual for a posição académica que possuamos, seja qual for o assunto em questão.
Isto incentiva imenso trabalharmos em equipa; todos estamos sempre dispostos para contribuir naquilo que for necessário; caso alguém não possa fazer algo que lhe é pedido, nunca surge desconfiança, mas antes certeza de que, naquele momento, a pessoa em questão está demasiado ocupada. Acredita-se que quando for possível, se disponibilizará novamente. E assim tem sido.
Resumindo, com este grupo de pessoas (que é sempre alargado, pois temos o princípio de poder sempre ‘trazer um amigo’) encontrei um espaço de debate sério, livre e de cooperação que nunca encontrei em cerca de 20 anos a trabalhar na Universidade do Minho. Independentemente dos resultados que viermos a obter nestas eleições, tem sido uma lição de democracia muito estimulante.
Por fim, permitam-me um desabafo…é impensável qualquer um dos catedráticos envolvidos na lista B ameaçar colegas recém-doutorados por pertencerem a uma lista (a nossa), sem ‘terem pedido autorização prévia’…!!
Clara Costa Oliveira
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