quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Debate de Gualtar: texto da intervenção final da lista B

Caras colegas, caros colegas,
A Lista B tem feito um grande esforço para afirmar a sua forma distintiva de assumir a representação do corpo de professores e investigadores. Eis algumas das suas propostas fundamentais e concretas para o futuro governo da UM.
I – Eleger um novo reitor, sem estar à espera que o actual cumpra até ao fim o seu mandato
A UM não pode perder mais tempo para iniciar um novo ciclo. O actual Reitor, que não se pode recandidatar nem reúne, aparentemente, apoios das listas candidatas ao Conselho Geral, embora esteja dentro da legalidade jurídico-administrativa para concluir o seu mandato, deve permitir o início de um novo ciclo legitimado por este acto eleitoral.
II – Definir o perfil do novo reitor
Não se pode, nem deve, avançar com nomes para Reitor antes de completar o Conselho Geral com a cooptação de elementos externos. O que importa é definir o que deve ser o novo reitor da UM. Entendemos que deve ser uma pessoa com visão estratégica do futuro da Universidade, mais preocupada em incentivar as unidades orgânicas (escolas, centros de investigação e outras) e em conceder-lhes os meios possíveis para atingir objectivos devidamente integrados numa política da UM do que em controlá-las, sujeitando-as às ordens da Reitoria.
III – O Reitor é importante, mas mais importante é a UM e a sua Academia. As grandes decisões devem ser tomadas pelo Conselho Geral, mas este, antes de decidir, deve consultar os corpos da academia através de meios de fácil utilização
Se o Reitor não é, nem deve ser, o dono da UM então a Academia não só deve estar informada (bem informada) como deve emitir opinião sobre as questões que interessam à Universidade, cabendo ao Conselho Geral auscultar regularmente a vontade da Instituição e actuar tendo em devida conta essa auscultação.
IV – A Universidade deve fazer circular a informação sobre os assuntos de interesse de forma clara e a mais completa possível. Deve debater os seus principais problemas de forma aberta. Deve tomar decisões e depois deve executá-las de acordo com a vontade da maioria
A Universidade deve ser uma "escola de democracia" e provar que a democracia permite encontrar as melhores soluções e aumentar a eficácia. Nada pior do que uma Universidade dominada por um grupo de poder que se arvora em intérprete da vontade da Universidade.
V – O diálogo frutuoso dentro do Conselho Geral e não o confronto pelo confronto deve ser o ambiente do Conselho Geral e a Academia deve estar a par do que lá se passa
É preciso dar importância aos eleitores e não só no tempo de eleições. Os membros do Conselho Geral são representantes dos corpos da academia e não donos deles. Por isso, depois de empossados devem prestar contas aos seus eleitores e não ignorá-los até às próximas eleições.
VI – A sustentabilidade ambiental dos espaços e lugares dos Campi da UM é fundamental para se criarem as melhores condições para a investigação, inovação e transferência de conhecimento
A comunidade académica distingue-se por conter, dentro de si própria, a essência da abertura ao conhecimento e da criatividade. Um campus inovador deve proporcionar os melhores serviços, grande satisfação social e espaços de lazer, de forma a potenciar um trabalho interactivo de equipas de estudantes e investigadores e banalizar a formação de equipas mistas com a comunidade e as empresas.
VII – Levaremos a debate problemas importantes da Universidade que forem surgindo, convocando os eleitores para participar nessa discussão
Não podemos ignorar problemas que possam afectar, por acção ou omissão, a nossa Universidade. Três exemplos apenas:
1. Propomo-nos abrir, de forma frontal, a discussão do modelo Fundacional, procurando saber detalhadamente as vantagens e inconvenientes deste modelo de organização e queremos que todos tenham uma opinião fundamentada sobre este assunto.
2. Queremos contribuir para definição das políticas institucionais de inserção regional da Universidade e as suas relações estratégicas com as outras Instituições de Ensino Superior Público (Universidades e Politécnicos) da Região Norte.
3. Procuraremos promover o aprofundamento de programas de acção inovadores que visem a atracção de financiamento, de investigadores e de novos talentos, através de investigação de excelência, elevada qualidade dos projectos pedagógicos, transferência de conhecimentos exemplar, abertura com a indústria, cultura interdisciplinar, elevada empregabilidade dos diplomados e internacionalização em todos os aspectos, com particular enfoque para os países lusófonos.
Vamos para o Conselho Geral não para impor a nossa opinião mas para formar, ao longo destes próximos 4 anos, uma vontade da UM, ouvindo os seus professores e investigadores.
Contamos consigo!
Vote na Lista B - Vote numa lista diferente!
Juntos, podemos mudar a UM!

1 comentário:

  1. Intervenção muito válida e incisiva, a tocar nos problemas que afligem a nossa Universidade que está precisar duma reforma urgente

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