segunda-feira, 28 de setembro de 2015

"Passos promete estatuto de autonomia reforçada para Universidade do Minho"

«O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, anunciou hoje que, caso vença as eleições, aprovará no primeiro Conselho de Ministros o estatuto de autonomia reforçada da Universidade do Minho, que disse estar "pronto".
"Teremos eleições no próximo fim-de-semana, não vou aprovar esse decreto-lei, que está pronto para a Universidade do Minho, mas quero garantir que no primeiro Conselho de Ministros a seguir às eleições, se eu for primeiro-ministro, como julgo que é bem possível que seja, nesse primeiro Conselho de Ministros esse estatuto será outorgado à Universidade do Minho", anunciou Passos Coelho.
Num encontro com jovens apoiantes da coligação PSD/CDS-PP, em Vila Nova de Famalicão, o também primeiro-ministro afirmou que este Governo prestou um "apoio social mais vigoroso", tanto no ensino básico e secundário, com reforço dos "apoios da ação social escolar", como no superior, em que foram abrangidos "entre três a quatro mil novos estudantes com acesso a bolsas".
"Sobretudo, temos hoje, seja por via do desenvolvimento profissional, seja por via daqueles que saem dos politécnicos e das universidades, uma comunidade rica, multifacetada, espalhada por todo o país, não só nas grandes universidades, por todo o país, pelo interior, pelo politécnico, de `start ups` que estão a aparecer todos os dias, levando cada vez mais conhecimento das universidades e dos politécnicos para as empresas e das empresas para o mundo", acrescentou.
Ainda sobre a Universidade do Minho, Passos Coelho disse que o estatuto de autonomia reforçada foi proposto pela própria instituição, que "é uma das universidades que consegue não só atrair estudantes de todo o mundo, mas também, e sobretudo, ligar-se ao maior número de empresas no distrito, para conseguir reforçar as exportações e a economia de Portugal, não apenas do distrito de Braga".»

(reprodução de notícia Lusa/rtp, de 27 Set, 2015)

[cortesia Nuno Soares da Silva]


Comentário (de J. Cadima Ribeiro): o governo resolveu trazer a UMinho para a sua campanha eleitoral; não sei quem lhe recomendou que o fizesse; tenho, no entanto, sérias dúvidas que tal possa trazer votos, particularmente dentro da Academia Minhota, que se sentiu completamente arredada de um processo de decisão em que entendia que devia ter sido escutada; a trapalhice e o sentimento de golpe que resulta da forma e dos tempos em que o assunto foi apreciado em sede de CG vêem-se reforçados com este trazer do tema para a praça pública nos termos e no momento em que é feito.

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