«Pela primeira vez em três anos, as universidades e politécnicos conseguiram colocar mais de 40 mil candidatos. Metade entrou na primeira opção.
Face a 2014, o aumento foi de 11,4% - mais 6203 estudantes. Mas, como as candidaturas subiram, 6200 alunos ficaram sem lugar e terão de concorrer à segunda fase. Sobram 8714 vagas, a maioria nos politécnicos.
Já se esperava - pela estatísticas das candidaturas online que a Direção-Geral do Ensino Superior foi divulgando no início de agosto - que as universidades e os politécnicos tivessem mais candidatos e alunos colocados na 1.ª fase do que no passado recente. E as listagens agora divulgadas pelo Ministério da Educação e Ciência confirmam esses indicadores: concorreram à primeira fase 48 217 alunos e ficaram colocados 42 068. Números que correspondem, respetivamente, a aumentos de 13,8% e 11,4% face a 2014.
Os colocados deste ano representam, de resto, o maior número desde 2011, quanto entraram no superior 42 243 alunos na primeira fase. Por outras palavras, os ingressos regressam neste ano aos níveis que se registavam quando a troika - Comissão Europeia Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional - entrou em Portugal.
São mais 6203 estudantes face ao ano passado, em que já se tinha registado uma ligeira recuperação de 363 colocados face a um ciclo de quebra que vinha desde 2008. O contexto económico e social poderá ter contribuído para estes números que, no entanto, se deverão sobretudo aos efeitos do alargamento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos ou 12 de escolaridade.
Em qualquer dos cenários, são boas notícias para as instituições do ensino superior e para o próprio país, que, apesar da recuperação nas últimas décadas, continua distante da maioria dos parceiros comunitários em percentagens de diplomados.
Já para os estudantes - pelo menos para aqueles cujas médias não garantiam à partida a colocação desejada - este ajustamento em alta da procura face à oferta não representa um bom augúrio. Apenas 87,1% dos candidatos ficaram colocados à primeira tentativa, a percentagem mais baixa desde 2009. E apenas 50,5% entraram nos cursos que tinham identificado como primeira opção.
Restam 8714 vagas, a esmagadora maioria das quais em politécnicos (ver próxima página) - a que se somarão outras entretanto libertadas -, a disputar pelos 6200 alunos que ficaram de fora e por aqueles que se vão candidatar pela primeira vez apenas na 2.ª fase, que arranca nesta segunda-feira.
Em Medicina, claro está, não há vagas livres. Foram preenchidos 1519 lugares, mais dois do que em 2014, e o último colocado, no ciclo básico do curso, nos Açores, teve média de 17,73.»
(reprodução de notícia Diário de Notícias online, de 6 de setembro de 2015)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]
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