«Ficaram colocados 9410 estudantes na segunda e última fase do concurso nacional. Ficaram por preencher 5836 vagas, que podem ser ocupadas nos concursos especiais.
Vinte e seis cursos do ensino superior ficaram sem alunos depois dos dois concursos de colocação. Entraram nesta segunda fase do concurso nacional 9410 alunos, mostram os resultados da segunda fase, disponíveis desde hoje na Direção-Geral do Ensino Superior. Ou seja, as universidades e politécnicos vão receber este ano 47 371 novos alunos, menos 2300 do que nos dois concursos do ano passado.
Depois da primeira fase do concurso ter colocado o número mais elevado de alunos dos últimos três anos, a segunda fase mostrou a linha de quebra de candidatos registada nos últimos anos. A acompanhar a quebra está o número de cursos que não atraíram nenhum aluno. Os 26 que ficaram a zeros nos dois concursos são todos (à exceção de dois que são um da Universidade dos Açores e outro da Escola Náutica) de institutos politécnicos, o que não surpreende o presidente do conselho coordenador destas instituições. "Das 8700 vagas que sobraram para a segunda fase, sete mil eram dos politécnicos, por isso era de esperar que os cursos sem ninguém fossem destas instituições", aponta Joaquim Mourato.
O também presidente do Instituto Politécnico de Portalegre acrescenta que esta situação "não é dramática". "O ajustamento faz-se todos os anos fechando cursos e abrindo outros. Além disso, temos os concursos especiais que permitem colocar estes cursos a funcionar". Joaquim Mourato dá o exemplo do seu politécnico: "Temos três cursos com menos de 10 alunos [o mínimo legal para funcionar] inscritos pelo concurso nacional, mas já temos alunos a mais pelos outros concursos."
Isto significa que mesmo as licenciaturas que ficaram agora sem alunos (ver tabela) podem ainda abrir turmas do primeiro ano através dos estudantes que entram pelos concursos especiais. A saber, a terceira fase, as vagas para maiores de 23 anos, alunos que mudam de curso, os que vêm das formações de especialização tecnológica ou já têm outra licenciatura.
Apesar de terem entrado 9410 caloiros, apresentaram-se a concurso quase o dobro dos candidatos: 18 250. Ainda assim o suficiente para esgotar 722 dos 1048 cursos que ainda tinha lugares.»
(reprodução de notícia Diário de Notícias online, de 24 de setembro de 2015)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]
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