segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Lista B - Programa de candidaturas ao Conselho Geral e ao Senado 2013 (XII)

IV. a Universidade do minho que queremos
                                                             universidade e cultura
1. A política Cultural da UMinho tem sido tendencialmente passiva, o que leva a que não seja de facto uma verdadeira política, consistindo em pouco mais do que uma série de eventos isolados que surgem de iniciativas pontuais de membros da Academia, tanto docentes como alunos, apoiados retoricamente pela Reitoria.
2. Embora tenha havido uma melhoria visível de atuação nos últimos anos, o Conselho Cultural não promove um esforço concertado de todas as Unidades Culturais, do qual resultaria um calendário anual de eventos, conjugados ou sequenciais, onde se envolvesse a comunidade académica e de facto se criasse uma política cultural definida.
3. À Universidade cabe a criação de uma oferta cultural que possa fixar um público académico, atrair públicos nacionais e estrangeiros, assumindo um papel de relevo na contemplação, fruição, bem como construção de juízos estéticos, enquadrados pela defesa de valores culturais de raiz humanista e humanizante, fundamentais face ao ambiente mercantilista no qual vive a Academia e o país.
4. A UMinho tem um conjunto de Unidades Culturais com espaços privilegiados que estão, no entanto, subaproveitados. As Unidades Culturais têm, supostamente, autonomia para promoverem todo o tipo de eventos que desejarem. A cada ano que passa a sua dotação orçamental é, porém, diminuída drasticamente e, à semelhança de todas as unidades da Instituição, são também sujeitas, de ano para ano, à diminuição do seu pessoal administrativo e técnico, por falta de substituição dos funcionários que se aposentam. Os apoios económicos em regime de mecenato são pontuais, e sempre fruto do esforço pessoal de pessoas lutadoras e empenhadas, o que não garante, obviamente, uma estratégia consolidada de angariação desses apoios.
5. Se, no passado, a Orquestra de Câmara do Minho (2006-2011) constituiu uma exceção no que concerne ao apoio anual e às atividades realizadas, atualmente aquilo que se verifica é o uso instrumental desse apoio e dessas atividades, em que se evidenciam interesses e conveniências, em vez de princípios e causas. 
6. Torna-se absolutamente necessário que o Conselho Cultural, além de incorporar membros convidados externos à Universidade, integre um grupo de docentes com competência comprovada no campo da cultura e cujas funções não sejam apenas de caráter consultivo e/ou representativo de algo que não promove, constituindo um grupo ativo, que tenha como missão primordial a preparação e a coordenação de um calendário cultural de qualidade, o apoio e a procura de financiamento para as atividades desse calendário, o levantamento de equipamentos culturais e a sua dinamização, propondo uma distribuição descentralizada de oferta cultural/artística, aproximando no âmbito da fruição cultural a comunidade académica do meio em que está inserida. É nossa intenção trabalhar para que essa coordenação passe a existir. Esse é o primeiro passo a dar no sentido da concretização de um programa cultural da iniciativa da Universidade do Minho, conferindo-lhe visibilidade e credibilidade, essencial no reconhecimento da comunidade e no apoio mecenático.
7. Em tempos de crise, caberá à Universidade um papel primordial no apoio à publicação de trabalhos de qualidade dos seus docentes/investigadores/alunos, com a constituição de uma editora da UMinho.
8. O apoio e o acompanhamento da estação de rádio vinculada à UMinho não devem ser descurados, devendo a Universidade disponibilizar os seus serviços jurídicos para o acompanhamento e intervenção na situação atual.           

Esta é a Universidade do Minho que queremos ajudar a construir, articulando a sua Missão com uma Visão estratégica de futuro e acreditando que esse futuro depende da participação de todos nós. 

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