IV. a Universidade do minho que queremos
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1. Vemos a Universidade do Minho como uma Instituição pública de
ensino superior, de criação e difusão de conhecimento e de cultura, apostada na
promoção da formação integral cidadãos, através de uma
educação de qualidade e de valores, e no desenvolvimento
da investigação, da transferência de conhecimentos e no empreendedorismo. Vemo-la,
ainda, como uma Instituição que deve prosseguir um claro compromisso com o
desenvolvimento regional e nacional e com a cooperação internacional.
2. Queremos que a UMinho seja uma instituição muito mais aberta,
coesa, plural, inclusiva e reconhecida pela qualidade e relevância dos serviços
que presta. Queremos, também, vê-la assumir-se como fator de coesão e
dinamização da identidade e do desenvolvimento regional, atuando como parceiro
dos agentes sociais, económicos e culturais. Esse projeto deverá:
i) visar a igualdade de
oportunidades e a formação integral (abarcando todas as dimensões constitutivas
do ser humano, incluindo a afetiva, a espiritual, a artística, a reflexiva e a
volitiva) dos seus estudantes, investigadores e funcionários (docentes e não
docentes) e apoiar a sua
inserção na vida ativa, acompanhando o seu percurso profissional;
ii) estimular as unidades de
investigação e desenvolvimento no sentido de as orientar para projetos de
elevada relevância e qualidade, através da dotação adequada de recursos. Estas
unidades deverão ser, progressivamente, capazes de atrair investigadores
externos e de manter um forte envolvimento na transferência de conhecimento e
de tecnologia para o exterior.
3. Queremos, ainda, que a UMinho se organize segundo uma estrutura
clara, ágil e eficaz, baseada numa gestão orientada por objetivos e sustentada
num sistema de avaliação fiável, que aposte na racionalização dos recursos e na
transparência da atividade desenvolvida.
4. Consideramos que a UMinho deve assumir um forte compromisso com os
Espaços Europeu e Lusófono de Ensino Superior, promover ativamente a mobilidade
e a cooperação, e participar em redes de conhecimento e de formação de âmbito
nacional e internacional.
5.
Verifica-se a intensificação de um processo de burocratização da
atividade académica,
iniciado há cerca de dez anos, o qual, com a recente criação de serviços
centralizados como o GAE e o SIGAC, inverteu a relação entre os serviços e a
comunidade académica. Hoje são os alunos e os professores que estão ao serviço
dos serviços, importando clarificar, rever e flexibilizar as suas funções,
assim como avaliar a sua pertinência para a melhoria da qualidade da atividade
académica. Veja-se o caso da
nova modalidade de elaboração de horários, indiferente às legais e legítimas necessidades dos cursos e da sua
articulação, ou o caso do D.U.C e da avaliaçção dos cursos, onde a tecnologia
informática, que devia ser um meio eficaz de simplificar e de facilitar a vida,
tanto a alunos como a professores, se tornou num poderoso instrumento de
controlo, exigindo o crescimento dos serviços que o programam e administram. É
preciso travar este processo que está a asfixiar o ensino universitário. É
preciso recuperar a função de racionalização e de regulação institucional que é
a da burocracia. A legitimidade do controlo burocrático das atividades de
ensino e de investigação funda-se na racionalidade e na utilidade e não no
controlo pelo controlo. O controlo sem medida e sem limite não é próprio de uma
instituição democrática.
6.
Para a concretização da Universidade do Minho que queremos, é necessário identificar um conjunto de
problemas e de estratégias de ação a desenvolver em diversas vertentes da sua
atividade: Ensino, Investigação,
Interação com a Sociedade, Gestão, Cooperação, Empreendorismo e Cultura.
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