segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Lista B - Programa de candidaturas ao Conselho Geral e ao Senado 2013 (V)

                          IV. a Universidade do minho que queremos
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1. Vemos a Universidade do Minho como uma Instituição pública de ensino superior, de criação e difusão de conhecimento e de cultura, apostada na promoção da formação integral cidadãos, através de uma educação de qualidade e de valores, e no desenvolvimento da investigação, da transferência de conhecimentos e no empreendedorismo. Vemo-la, ainda, como uma Instituição que deve prosseguir um claro compromisso com o desenvolvimento regional e nacional e com a cooperação internacional.
2. Queremos que a UMinho seja uma instituição muito mais aberta, coesa, plural, inclusiva e reconhecida pela qualidade e relevância dos serviços que presta. Queremos, também, vê-la assumir-se como fator de coesão e dinamização da identidade e do desenvolvimento regional, atuando como parceiro dos agentes sociais, económicos e culturais. Esse projeto deverá:
i) visar a igualdade de oportunidades e a formação integral (abarcando todas as dimensões constitutivas do ser humano, incluindo a afetiva, a espiritual, a artística, a reflexiva e a volitiva) dos seus estudantes, investigadores e funcionários (docentes e não docentes) e apoiar a sua inserção na vida ativa, acompanhando o seu percurso profissional;
ii) estimular as unidades de investigação e desenvolvimento no sentido de as orientar para projetos de elevada relevância e qualidade, através da dotação adequada de recursos. Estas unidades deverão ser, progressivamente, capazes de atrair investigadores externos e de manter um forte envolvimento na transferência de conhecimento e de tecnologia para o exterior.
3. Queremos, ainda, que a UMinho se organize segundo uma estrutura clara, ágil e eficaz, baseada numa gestão orientada por objetivos e sustentada num sistema de avaliação fiável, que aposte na racionalização dos recursos e na transparência da atividade desenvolvida.
4. Consideramos que a UMinho deve assumir um forte compromisso com os Espaços Europeu e Lusófono de Ensino Superior, promover ativamente a mobilidade e a cooperação, e participar em redes de conhecimento e de formação de âmbito nacional e internacional.
5. Verifica-se a intensificação de um processo de burocratização da atividade académica, iniciado há cerca de dez anos, o qual, com a recente criação de serviços centralizados como o GAE e o SIGAC, inverteu a relação entre os serviços e a comunidade académica. Hoje são os alunos e os professores que estão ao serviço dos serviços, importando clarificar, rever e flexibilizar as suas funções, assim como avaliar a sua pertinência para a melhoria da qualidade da atividade académica. Veja-se o caso da nova modalidade de elaboração de horários, indiferente às legais e legítimas necessidades dos cursos e da sua articulação, ou o caso do D.U.C e da avaliaçção dos cursos, onde a tecnologia informática, que devia ser um meio eficaz de simplificar e de facilitar a vida, tanto a alunos como a professores, se tornou num poderoso instrumento de controlo, exigindo o crescimento dos serviços que o programam e administram. É preciso travar este processo que está a asfixiar o ensino universitário. É preciso recuperar a função de racionalização e de regulação institucional que é a da burocracia. A legitimidade do controlo burocrático das atividades de ensino e de investigação funda-se na racionalidade e na utilidade e não no controlo pelo controlo. O controlo sem medida e sem limite não é próprio de uma instituição democrática.
6. Para a concretização da Universidade do Minho que queremos, é necessário identificar um conjunto de problemas e de estratégias de ação a desenvolver em diversas vertentes da sua atividade: Ensino, Investigação, Interação com a Sociedade, Gestão, Cooperação, Empreendorismo e Cultura.

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