sábado, 16 de fevereiro de 2013

Lista B - Programa de candidaturas ao Conselho Geral e ao Senado 2013 (III)

II. A NECESSIDADE DE UM eXERCÍCIO eSTRATÉGICO
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1. O processo de pretensa reforma da Instituição que se desencadeou com a instalação dos atuais órgãos, no topo do qual está o Conselho Geral, permaneceu relativamente alheado da comunidade académica em geral. Embora seja um lugar comum, nunca é demais afirmar que a reforma da organização só poderá constituir um êxito se houver um verdadeiro interesse nela e uma grande dedicação por parte de toda a comunidade académica. O envolvimento e a consequente participação de todos significam um claro benefício para a Instituição, derivado da própria reflexão, do contraste de opiniões e do trabalho em equipa.
2. A essa luz, entende-se que um dos primeiros passos que importará dar é a implementação de um exercício amplo de análise e formulação de uma estratégia planificada na UMinho, real e não idealizada como a que nos foi publicamente apresentada. Face à pretensão da UMinho se tornar fundação, por decisão do CG (por maioria), foi por nós solicitada (desde a sua formulação pela equipa reitoral) uma atitude de prudência. Com efeito, o contexto político da época (com um governo prestes a cair, associado ao contexto de incerteza económica) aconselhava discernimento e não precipitação, e sobretudo um debate mais aprofundado dentro da academia. Devemos aliás lembrar que a maioria das escolas/institutos não se revia naquela nova figura estatutária. Dois anos passados sobre a apresentação à tutela da referida pretensão, a UMinho continua sem sequer ter obtido uma resposta conclusiva, colocando toda a academia minhota numa situação incómoda e pouco prestigiante face a instituições congéneres.
3. Em 2011, foi ensaiada uma auscultação da Academia através da criação de grupos de debate, por sugestão de um membro externo do Conselho Geral, da qual saíram documentos válidos e que importaria ter em conta. Devemos, no entanto, salientar que foi também solicitada às direções de cada Unidade Orgânica uma posição formal sobre as temáticas debatidas pelos grupos (constituídos aleatoriamente). Parece-nos, não obstante, que alguns membros desses grupos se terão limitado a exprimir ou articular as posições oficiais das respetivas Unidades Orgânicas. O mesmo parece ter tendencialmente ocorrido com o debate sobre o RT 01/2013, sobre os deveres dos docentes da UMinho.
4. O exercício de análise e formulação estratégica, quer o existente quer outro que se venha a delinear, não deve, contudo, ser considerado um processo estático. Deve, antes, mostrar-se aberto a mudanças de um futuro que é incerto e contar com processos de revisão que permitam a incorporação de novas estratégias e projetos. Nessa dimensão, também se reconhecerá a qualidade da liderança que o Conselho Geral consiga oferecer à Instituição.

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