segunda-feira, 13 de julho de 2015

"Portugal regista 100 patentes por ano e 15% têm origem no Ensino Superior"

«Na última década - entre 2000 e 2010 -, o número de investigadores no Sistema de Ensino Superior triplicou em Portugal.
Portugal regista cerca de 100 pedidos de patentes por ano e 15% das autorizadas relacionam-se com o Ensino Superior, revela um estudo sobre empreendedorismo em universidades ibero-americanas, a que a Lusa teve hoje acesso.
"Em Portugal (...) 15% das patentes concedidas estão relacionadas com universidades ou institutos politécnicos", e o país "regista mais de dez patentes por milhão de habitantes", indica o estudo intitulado "A Transferência de Investigação e Desenvolvimento, a Inovação e o Empreendedorismo nas Universidades".
O estudo, que vai ser apresentado na segunda-feira, no Porto, foi realizado entre 2000 e 2010 pela RedEmprendia, a primeira rede universitária ibero-americana de apoio à transferência de conhecimento e empreendedorismo.
Uma outra conclusão do estudo científico é que Portugal apresenta uma "evolução positiva" na taxa de sucesso, quanto às patentes concedidas, visto que costuma ultrapassar os 50% dos pedidos.
No que diz respeito aos licenciamentos, as receitas em Portugal, obtidas através do método do registo de patentes, foram superiores a 600 mil euros em 2010.
Na última década - entre 2000 e 2010 -, o número de investigadores no Sistema de Ensino Superior (SES) triplicou em Portugal, assim como "triplicou o valor de investimento das universidades e institutos politécnicos nacionais, em Investigação e Desenvolvimento", refere a investigação.
Dados recolhidos em 2011 e 2012 demonstram, no entanto, que há um "pequeno decréscimo do investimento, devido à recessão económica do país", sustenta a investigação científica que analisou o estado da valorização económica do conhecimento produzido pelas universidades de 14 países ibero-americanos, entre os quais Portugal.
Em Portugal, o SES executa 40% do investimento em Investigação e Desenvolvimento (I&D), um valor superior à média, pois, nos 14 países analisados, as universidades executam 30% da despesa nacional em I&D.
Os 14 países analisados foram Portugal, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Espanha, Guatemala, México, Panamá, Uruguai e Venezuela.
A rede universitária RedEmprendia é constituída por 24 universidades líderes de sete países, designadamente Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, México e Portugal.
Os SES do Brasil, Espanha, México, Argentina e Portugal concentram 95% dos doutorados da região ibero-americana.
O estudo vai ser apresentado publicamente às 18:00 da próxima segunda-feira, 13 de julho, na Reitoria da Universidade do Porto.»

(reprodução de notícia Diário de Notícias online, de 12 de julho de 2015)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

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