domingo, 19 de julho de 2015

"Ensino superior. Quatro anos a perder lugares"

«Os candidatos terão neste ano 50 555 lugares disponíveis na 1.ª fase de acesso às universidades e politécnicos, cuja fase de candidaturas arranca esta segunda feira. Veja as listas completas.

Na primeira fase de acesso ao ensino superior deste ano, que começa amanhã, os alunos vão contar com menos 265 vagas nas universidades e institutos politécnicos, num total de 50 555 lugares. Uma descida que confirma a tendência que tem marcado a atuação do Ministério da Educação e Ciência liderado por Nuno Crato, ainda que desta vez a redução se manifeste de forma menos acentuada do que no passado recente, nomeadamente em 2014, ano em que desapareceram 641 lugares. Mais do que a diminuição, que já se tornou habitual, a oferta deste ano destaca-se por uma significativa redefinição. Um total de 2325 lugares colocados a concurso em 2014 desaparecem da lista deste ano, sendo substituídos por 2060 novas vagas, algumas em setores novos para a tradição do sistema, como o petróleo (ver página seguinte).
Apesar destas movimentações nas universidades e politécnicos, no que respeita aos cursos e às instituições mais procurados pelos alunos as mudanças são quase inexistentes. Medicina mantém exatamente os 1517 lugares de 2014, já contando com os ciclos básicos oferecidos pelas universidades da Madeira e dos Açores. E o mesmo sucede em relação a Direito, com as suas 1315 vagas intactas.
A Universidade de Lisboa (ULisboa), que lidera o ranking das instituições com mais lugares, conserva os 7651 do ano passado. A Universidade do Porto, segunda desta lista, com 4160 lugares, e a Universidade de Coimbra, terceira com 3189, também não têm novidades a registar. No top 10 dos cursos com mais vagas, liderado por Direito, de Lisboa (480 lugares), também não existe qualquer alteração.
As universidades asseguram 28 242 lugares (56% do total), cabendo os restantes 22 313 (44%) aos institutos. Continuam a ser estes últimos a assumir a maior parte do corte de vagas: 140 contra as 125 das universidades. Mesmo assim, nada comparável com as mais de mil vagas que os politécnicos tiveram de suprimir em 2012, as cerca de 750 cortadas em 2013 e os 541 lugares eliminados no ano passado.
Por distritos e regiões autónomas, Viseu lidera as descidas deste ano, com 47 lugares a menos. Vários outros distritos do Interior e também a Madeira e os Açores perdem entre 20 e 30 lugares nos concursos nacionais.
Refira-se, porém, que além das vagas nacionais existem ainda mais de 600 lugares que serão disponibilizados diretamente a nível local.»

(reprodução de notícia Diário Notícias online, de 2015-07-19)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

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