sábado, 18 de julho de 2015

"Neste ranking das 1000 melhores universidades há sete portuguesas"

«Mais um ranking internacional é divulgado nesta sexta-feira. O Center for World University Rankings destaca Harvard, Stanford e MIT. Pretexto também para recordar os lugares das instituições portuguesas nalgumas das mais conhecidas listas de universidades em todo o mundo.
Sete universidades portuguesas constam de um ranking mundial de universidades, cujos resultados são conhecidos nesta sexta-feira. Na lista das 1000 melhores, publicada pelo Center for World University Rankings (CWUR), a Universidade de Lisboa (em 257.º lugar) é a portuguesa mais bem colocada.
As universidades de Harvard, Stanford e o Massachusetts Institute of Technology (MIT) ocupam, tal como na edição do ano passado, os três primeiros lugares. Seguem-se as de Cambridge, Oxford, Columbia, Berkeley, Chicago, Princeton e Cornell. Feitas as contas: oito norte-americanas e duas do Reino Unido fazem o top 10 do mundo.
As portuguesas na lista aparecem bem mais em baixo. E são, para além da Universidade de Lisboa (que sobe, em relação ao ano passado, e passa do lugar 278 para o 257), a Universidade do Porto (que desce de 290 para 308), a de Coimbra (de 545 para 507), a de Aveiro (de 553 para 557), a Nova de Lisboa (de 632 para 612), a do Minho (de 679 para 629) e a do Algarve (de 962 para 996). Balanço: das sete, quatro melhoraram a sua posição no ranking.
Anualmente, são publicados vários rankings de diversas organizações — mais antigos do que o do CWUR são, por exemplo, o Ranking de Xangai, que 
começou a ser publicado em 2003 pela Universidade Jiao Tong de Xangai. Ou o Times Higher Education World University Rankings, que existe desde 1994.
Estas avaliações servem essencialmente para comparar instituições de diferentes países. Destinam-se sobretudo a dar informação à academia, aos decisores políticos e a futuros candidatos a alunos, mas as suas metodologias são frequentemente alvo de discussão. Para já, o ranking do CWUR, uma instituição que tem sede na Arábia Saudita, e que é feito desde 2012, descreve-se como medindo “a qualidade da educação e formação que é dada aos estudantes, o prestígio dos membros das faculdades e a qualidade da investigação que fazem”. É o que explica o seu presidente, Nadim Mahassen, numa nota de imprensa. O ranking completo está disponível em
São tidos em conta oito critérios, que vão deste o número de antigos alunos de cada instituição que conseguem posições de CEO em grandes companhias internacionais (vale 25% da “nota”), ao número dos que obtiveram prémios e outras distinções internacionais. Os papers publicados em publicações reputadas e influentes, o número de trabalhos citados e as patentes registadas também pesam.
De Xangai ao QS
E nos outros rankings, como é? A poucos dias do arranque do período de candidaturas ao ensino superior em Portugal (começa na segunda-feira), faça-se a revisão.
Comece-se pelo já mencionado Ranking de Xangai, que lista as 500 universidades que mais se destacam num conjunto de indicadores, como o número de alunos e professores que receberam o Prémio Nobel ou Fields 
Medals ou o número de artigos publicados nas publicações Nature e Science. Há três instituições portuguesas na última edição (de 2014): Universidade de Lisboa, Universidade do Porto e Universidade de Coimbra.
Neste ranking só são discriminadas as posições das instituições até ao lugar 100, a partir daí elas aparecem posicionadas em grandes intervalos. A Universidade de Lisboa ocupava uma posição algures entre 201.º e o 300.º lugar. A Universidade de Coimbra e a Universidade do Porto estavam, respectivamente, nos patamares 401-500 e 301-400. O 1.º e 2.º lugares desta lista mundial eram ocupados pelas universidades de Harvard e de Stanford. O MIT estava em 3.º
Já no ranking da revista Times Higher Education, feito em parceria com a Thomson Reuters, são 13 os indicadores tidos em conta, como a capacidade que a universidade tem para atrair alunos e graduados de outros países, o ambiente de aprendizagem, medido, por exemplo, pelo rácio professor/aluno, ou a capacidade da universidade em ajudar a indústria com inovações, invenções e consultoria, bem como o número de citações de papers.
Na mais recente edição da avaliação da Times Higher Education havia duas universidades portuguesas, entre as 401 listadas no ranking geral: 
Universidade de Lisboa e Universidade do Minho (nos lugares 351 a 400 — este ranking também não especifica posições a partir de certo patamar).
Em 1.º lugar estava o California Institute of Technology, em 2.º a Universidade de Harvard e em 3.º a de Oxford.
Já no ranking das 100 melhores instituições de ensino superior com menos de 50 anos, também da Times Higher Education, a Universidade do Minho surge em 64.º lugar a nível mundial, a Universidade de Aveiro no 69.º lugar, e a Nova de Lisboa no 89.º.
Mais um ranking: o QS World University Rankings é da autoria da empresa multinacional Quacquarelli Symonds. Aqui são 600 as instituições de ensino superior listadas. E seis os indicadores que procuram medir aspectos como a reputação da instituição, na academia e entre os empregadores, e a internacionalização. O MIT, a Universidade de Cambridge e o Imperial College London lideram a lista ordenada geral. E há cinco portuguesas: Universidade do Porto (293.ª); Nova de Lisboa (312.ª); Universidade de Coimbra (351.ª); Universidade de Lisboa (501-550) e Católica (601-650).
Por fim (apesar de a lista dos rankings não ficar por aqui), o mais recente de todos: o ranking universitário mundial da Comissão Europeia foi lançado em Maio de 2014 e permite aos alunos (e a quem mais estiver interessado) fazer comparações entre mais de 800 universidades, por áreas.
Com a divulgação dos primeiros resultados, ficou a saber-se, por exemplo, como noticiou na altura o PÚBLICO, que os programas de gestão e negócios das universidades Católica e do Porto conseguiram desempenhos acima da média, estando ambas no top-100: a escola pública em 90.º lugar e a concordatária em 72.º.
Entre as mais de 1100 instituições que constam da lista geral deste U-Multirank há 24 portuguesas.»

(reprodução de notícia Público online, de 17 de julho de 2015)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

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