Caros(as) Colegas Docentes e não-Docentes,
Caros(as) Alunos(as),
Quando tomei posse do lugar que ocupo no Conselho Geral da UMinho comprometi-me a dar-vos conta, regularmente, da minha actividade nessa sede, e, tanto quanto estivesse ao meu alcance, manter-vos informados das decisões que fossem sendo tomadas e do que reputasse relevante para a Academia. Fi-lo, ocasionalmente, por esta via e fi-lo quotidianamente alimentando o blogue do movimento pelo qual fui eleito; a saber: http://um-novosdesafios.blogspot.com
Entendi que este era o momento de o voltar a fazer por este canal de comunicação em razão de 3 circunstâncias em particular; a saber:
i) Primeiro, porque foi recentemente desencadeado o debate no Conselho Geral sobre a estratégia que a UMinho deverá prosseguir no futuro, no horizonte do médio e do longo prazos, tendo entretanto sido interpeladas as presidências das Escolas/Institutos no sentido de estenderem às UOEI esse debate que interessa a todos. Gostaria que não resultasse daí mais um exercício falhado em matéria de debate sobre o posicionamento da Universidade do Minho e de cada uma das suas unidades orgânicas constituintes. Para tanto, a audição dos agentes da instituição afigura-se-me imprescindível, sendo que cada um de nós tem que assumir a sua quota parte de responsabilidade no sucesso ou insucesso desse processo. Notem que, a meu ver, era por aqui que o debate sobre a Universidade devia ter começado.
ii) Segundo, sendo as pessoas a alma das instituições, custa-me ver a forma como têm sido amiúde menosprezadas e até desconsideradas. Isso tem tradução nas avaliações de desempenho que não têm o rigor e a isenção que deveriam manter, induzindo mal-estar nos serviços e gerando desmotivação de quem se empenha. Tem expressão no negligenciar do processo de abertura de concursos para promoção na carreira. Tem tradução em coisas que não nos ocorreriam, como o tratamento dado a reclamações de funcionários e docentes sobre prejuízos materiais e perdas de tempo decorrentes de disfuncionalidades e falta de qualidade de serviços e infraestruturas montadas, de que o caso das barreiras de acesso ao Campus de Gualtar é exemplo bem elucidativo. Melhor do que o que eu pudesse escrever sobre o assunto, a carta-denúncia de uma funcionária entretanto publicitada no nosso blogue (http://um-novosdesafios.blogspot.com) e no sítio “UM para todos”, é bem demonstrativa disso.
iii) A terceira preocupação a que me quero referir aqui, de muitas outras que podia reter, reporta-se à situação caricata que viveram (estão a viver, ainda) professores e alunos neste início de ano lectivo, por força da teimosia de alguém em produzir os horários das aulas por recurso a uma aplicação informática. Deixando de lado os atrasos e até a demissão do presidente de um Conselho Pedagógico por força de todas as disfuncionalidades que o processo provocou, saberão que subsistem nesta altura coisas impensáveis, como salas de aula que são atribuídas a mais do que uma turma, salas com capacidade para 150 alunos que são afectadas a mestrados que não têm mais que 15 alunos, bloqueios de comunicação entre os conselhos pedagógicos e o serviço de informática que está a tratar, mal, do assunto que levam a que se fique mais de uma semana à espera da resolução do problema subsistente com o horário de uma unidade de crédito, etc.. Escrevi recentemente que “uma das componentes mais em défice na UMinho é a gestão, isto é, o défice de uma boa gestão da organização”, sendo esta situação bem ilustrativa dessa afirmação” (http://um-novosdesafios.blogspot.com).
Caros colegas, caros alunos: fazer da UMinho uma organização que presta melhores serviços à sociedade, que é mais atenta ao sentir dos seus agentes e dos seus alunos, que valoriza mais as pessoas e os contributos que estas podem dar para a construção de uma Universidade melhor e mais prestigiada é algo que está ao nosso alcance. Importa para tanto que não cedamos ao desencanto do momento e acreditemos que o nosso contributo para tal importa.
J. Cadima Ribeiro
(reprodução de mensagem entretanto distribuída universalmente na rede electrónica da UMinho)
Nota: peço desculpa pelas gralhas com que a versão distribuída na rede da UMinho saiu, que se fica a dever à incapacidade a que cheguei de rever os meus próprios textos.
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