domingo, 16 de outubro de 2011

"Não são permitidas, nos ´campi`, ações, habitualmente designadas por ´praxe académica`"

«[...]
a vida nos nossos campi continua a ser perturbada por ações de grupos de estudantes cujas manifestações prejudicam o normal funcionamento das atividades de ensino e de investigação e infringem, por vezes, os princípios fundamentais de liberdade, dignidade, urbanidade e respeito pelos outros, indissociáveis da vivência humana e universitária.

A Universidade não pode consentir ações daquela natureza, sob risco de permitir que seja posto em causa o seu papel de Instituição pública, responsável e plural, comprometida com a educação de todos e com a consecução plena da sua missão de promoção do ensino e da investigação.

A Universidade não reconhece e rejeita e existência de documentos que pretendem regular as referidas ações, cujo conteúdo não seja consentâneo com os valores enunciados nos seus Estatutos.

A Universidade condena veementemente todas as situações de violência física ou psicológica, coação, abusos e humilhações. Tais situações violam e põem em causa os direitos fundamentais de todos e condicionam ainda o bom funcionamento da Universidade.

Assim:

1. Não são permitidas, nos campi, ações, habitualmente designadas por "praxe académica", que configurem ofensas à integridade e dignidade humanas;

2. Não são permitidos atos que limitem ou dificultem a participação dos novos alunos nas atividades pedagógicas com as quais estão comprometidos;

3. Não são permitidas manifestações que, pelo ruído que provocam, perturbem o normal funcionamento das atividades académicas.

[...]»

{reprodução parcial de "Comunicado do Reitor, António Cunha, à Academia relativamente à questão das praxes académicas" (http://www.dicas.sas.uminho.pt/), datado, ao que parece, de segunda-feira, 14-11-2011}

Comentário (de J. Cadima Ribeiro): mais vale tarde do que nunca; para quem ainda há um mês dizia que as praxes não existiam, este é um desenvolvimento surpreendente; mais uma vez, António Cunha chega atrasado, mas essa parece ser uma marca distintiva da sua forma de estar como reitor; como nota curiosa adicional, fica-se sem saber em que sede ou sedes o dito comunicado foi distribuído; o Facebook ameaça tornar-se no único canal relevante de informação sobre as coisas que efectivamente interessam às pessoas, em Portugal e em muitos outros lugares.
Vamos ficar a aguardar, com curiosidade, o que nos vão trazer os próximos capítulos da sua "governação".


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