terça-feira, 5 de outubro de 2010

Crónicas do quotidiano: simplificação de procedimentos, desburocratização de processos, plataformas electrónicos e falta de bom-senso

Numa altura em que tanto se fala de desburocratização, simplificação de processos, uso de plataformas electrónicas como instrumento de facilitação da relação entre as pessoas e a administração, agilização de procedimentos, qualidade e sistemas de qualidade, é “surpreendente” constatar que, trantando-se de financiamento da investigação académica, “a burocracia começa na FCT, que não tem cessado de tornar mais complexos e singulares os processos de candidatura às suas bolsas. Daí a pergunta: não é por aí que se deve começar por diminuir a burocracia?
Um exemplo também muito sui generis de simplificação de procedimentos e de estímulo ao uso generalizado de plataformas electrónicas no apoio ao ensino é a UMinho que, tendo optado pela adopção de uma plataforma electrónica que além de não ser de “livre acesso” nunca teve entre os seus atributos ser “amigável”, quando entendeu (isto é, a sua reitoria) fazer dela um instrumento básico do seu “sistema de qualidade”, ainda achou por bem torná-la menos “amigável”. Esse é, claro está, o caminho mais certo para o fracasso. Estranhamente, alguns continuam a não percebê-lo.
Como me(nos) transmitia ainda ontem uma colega (cito), “Fico sempre apreensiva quando me falam de ´novos` programas de computador para nos facilitar a vida. A prova está na nova plataforma e-learning que usava já há 3 anos e que agora ficou bastante mais complexa devido às alterações que se fizeram para facilitar o ensino. De tal forma, que agora vamos receber nova formação já agendada em várias sessões entre Outubro deste ano e Janeiro de 2011!” (PCR). Valha-nos Deus, dirão os crentes.

J. Cadima Ribeiro

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