quinta-feira, 7 de março de 2013

Os esclarecimentos prestados pelo representante da Lista B relativos ao debate de Azurém: "Resposta à Mensagem à Academia do Mandatário da Lista C"

Caros Colegas,
Vejo-me na obrigação de esclarecer estas considerações do Colega Pedro Vasconcelos, que revelam uma interpretação que me parece menos correta de algumas afirmações feitas no debate.
Fui eu que referi o crescimento de quase 50 % de alunos numa década. Tal consta da minha declaração final, que pode ser consultada em http://um-novosdesafios.blogspot.pt/2013/03/lista-b-declaracao-final-apresentada-no.html. O video do debate, de que se espera a rápida divulgação, seguramente que reafirmará isso mesmo.
Baseei-me, para tal, no raciocínio que me diz que passar de 16 864 alunos em 2010 para 25 000 em 2020, dá um crescimento de 48,2 %. O Plano aponta para 30 % de crescimento em 7 anos e assume um crescimento médio anual de 5,8 % ao ano no início da presente década. O que dá, feitas as contas desta forma, 47,4 % de crescimento numa década. O que é semelhante e em nada altera, antes corrobora, o raciocínio de fundo que pretendi transmitir. Na  minha opinião,  reduzir a discussão a uma questão de números ou de semântica seria baixar o nível do debate. Estou certo que não é essa a intenção do Colega Pedro Vasconcelos.
Não posso, por isso, deixar de reafirmar o que pretendi transmitir, em substância: que crescer o número de alunos, em 50, (ou mesmo em 40 ou  30 %), em menos de uma década, parece uma estratégia errada e irrealista. Crescer por crescer, sem atender à necessidade imperiosa de se manter os níveis de qualidade do ensino, é algo que nos deverá preocupar. Crescer, sem atender às necessidades do mercado (visto de forma lata), roçaria, na minha opinião, a irresponsabilidade. 
Por outro lado, onde estão as contrapartidas financeiras necessárias para o reforço de docentes, funcionários e de instalações/ equipamentos, que o Plano aponta? Esperamos que o OE inverta a trajetória de decrescimento do investimento público no ensino superior? Vamos obrigar a que os projetos de ensino, e os seus docentes, tenham de angariar receitas, sob pena de serem colocados em causa? Então, porquê (e para quê?) crescer, sem a sustentação devida?
Foi nesta linha que exprimi as preocupações da Lista B. Porventura não terei sido capaz de passar devidamente a mensagem. Ou então o Colega Pedro Vasconcelos ter-me-á percebido mal.
Cumprimentos,

Fernando Castro 
Lista B - Novos Desafios, Novos Rumos

(mensagem entretanto distribuída universalmente na rede electrónica daUMinho)

Sem comentários:

Enviar um comentário