Cumpre-me começar esta nota com um pedido de desculpas
aos habituais leitores desta coluna por, em devido tempo, não ter produzido a
nota informativa (alternativa) que uso divulgar na sequência de cada reunião do
Conselho Geral. Ficaram os(as) caros(as) colegas pior informados sobre o que
aconteceu na reunião de 3 de Dezembro pf. e fiquei eu com este sentimento de
dever incumprido, que se foi tornando mais presente à medida que a dita reunião
ia ficando mais longe no tempo e os factos menos vivos na minha memória.
Em minha defesa, no entanto, posso abonar a circunstância
de ter tornado públicas nos dias imediatamente seguintes duas declarações de
voto em que condensava argumentos usados no questionamento de duas matérias
votadas na sessão, respectivamente: o regulamento eleitoral que enquadra as
eleições para o órgão, cujo processo está em curso; e o “Plano Estratégico da
UMinho (2013-2020)”, submetido pelo reitor. A desculpa é fraca, convenhamos.
Digo-o à semelhança de como, popularmente, se usava dizer que “a carne é(era)
fraca”, sublinhando a facilidade com que o comum dos mortais cede(ia) à
preguiça e/ou envereda(va) por caminhos considerados menos nobres.
Depois de um dia inteiro em que foram veiculadas múltiplas
informações e em que houve oportunidade para o debate de matérias diversas em
agenda, e outras, o momento culminante da reunião foi aquele em que, no
contexto da abordagem ao plano estratégico da instituição proposto pelo
reitor, este (o reitor, entenda-se), interpelado criticamente por um dos vogais do órgão,
declarou solenemente que não respondia às observações/comentários que escutara.
Digo “solenemente” porque podia ter ficado calado, mas não quis.
Foi pena que assim tivesse sido porque: i) deixou-me
(porventura, a outros também) a sensação de que só lida bem como elogio e o desfilar
de argumentos de circunstância (e há/houve no CG quem lá esteja/estivesse só
para lhe fazer esses fretes); ii) deixou passar, uma vez mais, a ideia de estarmos
perante alguém que “nunca se engana e raramente tem dúvidas” (outro tanto aconteceu
com a problemática da eventual transformação da UMinho em fundação, em que se
fixou, contra toda a evidência da gestão política do ensino superior nacional mantida
pela respectiva tutela); iii) contrariamente à posição de outros “conselheiros”,
pareceu ser adepto de exercícios eivados de “dimensões épicas e grandiloquentes”
(LL), mesmo que inconsequentes ou razoavelmente vazios de consistência; ii) não
se importará que “Nalguns números, a forma como eles aparecem podem (possam) ter leituras muito diferentes” (ALL); e v)
menos se importará ainda que soe estranha “A ideia de estar sempre a crescer”,
que a outros (ACC) surgirá bizarra.
Para A. Cunha, no seu papel de reitor, teria bastado que
a discussão tivesse ficado pela declaração de que “O documento já está muito
consistente, muito forte, com uma visão arrumada” (AM). Saberia certamente
descontar o “já está”, denunciador de um trabalho inacabado, como aliás, são
por natureza todos os planos.
Chatos! Sim, há “conselheiros” que são uns chatos, e melhor teria sido que não tivessem sido eleitos ou, pelo menos, entrassem nas salas de reuniões mudos e saíssem calados. Isso sim, é que era um Conselho Geral perfeito.
Chatos! Sim, há “conselheiros” que são uns chatos, e melhor teria sido que não tivessem sido eleitos ou, pelo menos, entrassem nas salas de reuniões mudos e saíssem calados. Isso sim, é que era um Conselho Geral perfeito.
J. Cadima Ribeiro
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