«MEMORANDO POSTO A CIRCULAR ENTRE OS MEMBROS DO CONSELHO DA UNIVERSIDADE DA CALIFORNIA, EM AGOSTO DE 1978.
Assim, neste mundo de 1978, tentamos dirigir uma Universidade e manter standards de ‘qualidade superior’ perante uma desconfiança crescente, uma vulgaridade, uma demência, uma exploração de recursos, uma vitimização de pessoas e uma comercialização rápida. As vozes agudas da avidez, da frustração, do medo e do ódio.
É compreensível que o corpo do membros do Conselho concentre a sua atenção sobre questões que podem ser abordadas a um nível superficial […].
Há de facto alguma coisa de profundamente errado… e não estou convencido de que o que está errado seja uma tribulação necessária acerca da qual nada pode ser feito.
Uma espécie de liberdade advém do reconhecimento das questões. Depois deste reconhecimento, vem o conhecimento da forma de agir.
Sugiro que os membros do conselho desta universidade têm algum dever não trivial, é o da diplomacia […] – o dever de estarem acima do sectarismo, seja ele qual for, e de qualquer capricho particular , quando se trata da política a seguir pela universidade.
Não é tanto o ‘poder’ como o mito do ‘poder’ que corrompe. […]. Aquele que cobiça uma abstracção mítica, é sempre insaciável».
Gregory Bateson. 'O tempo está desarticulado' (excertos). Mente e espírito. Uma unidade necessária.
(cortesia de Clara Costa Oliveira)
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