«Exma. Dra. Carla Lavrador,
Foi
com enorme surpresa que na semana passada recebi uma carta registada
com aviso de receção dos Serviços Académicos, em que era notificada a
pagar uma dívida de € 0,54 por taxas de propinas em atraso da
frequência do Mestrado em Educação no ano letivo 2008/2009. Passaram 3
anos, em setembro de 2009 pedi aos Vossos Serviços a emissão do
certificado de habilitações, que de acordo com o que me recordo foi
necessário efetuar um pedido por escrito a pedir um certificado com as
unidades curriculares discriminadas, paguei o valor que correspondente.
Em nenhum momento do processo fui informada que tinha um débito de
taxas de propinas em atraso.
Este procedimento deve ter sido o mesmo para muitos dos ex-alunos que foram agora notificados.
O
país está em crise, a Universidade do Minho tem sofrido cortes
orçamentais, para tentar colmatar esses cortes no orçamento foram
pensadas medidas e uma delas era que ex-alunos pagassem dívidas que
tinham para com a UM, até aí penso que a ideia é ótima, mas será que a
forma como foi implementada é a mais correta?
Para o envio de cada notificação a Universidade do Minho pagou € 1,75, se
a dívida, neste caso é de € 0,54, não houve lucro pelo contrário, a UM
teve prejuízo (não teve apenas este prejuízo se pensar em recursos
humanos e materiais). Um serviço para ser bem executado deve ser
planeado, não deve existir uma padronização, devia ser tida em
consideração a especificidade das situações, uma maior flexibilidade e capacidade de inovação,
ser criativos para obter resultados eficazes, as tarefas deviam ser
compartilhadas pelos funcionários, o que não acontece nos Serviços
Académicos. Se os serviços funcionassem como um grupo, quem emitiu o
certificado saberia que o aluno X tinha uma situação irregular, naquela
momento informava o aluno para regularizar as taxas em atraso para
obter o certificado.
Não
discordo do pedido de pagamento, apenas discordo da forma como foi
efetuado, o pagamento foi efetuado (comprovativo em anexo).
É
tempo de os Serviços Académicos passarem a atuar com maior rigor, como
serviço considerado a imagem de uma Academia que é reconhecida
internacionalmente.
Com os melhores cumprimentos,
Natália Coelho
Instituto de Educação
Universidade do Minho»
(reprodução do corpo principal de mensagem de correio electrónico entretanto distribuída universalmente pela respectiva signatária na rede electrónica da UMinho)
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