terça-feira, 17 de julho de 2012

Memorando da Comissão Especializada de Planeamento e Assuntos Financeiros: Conclusões da Reunião do dia 2 de julho de 2012

«No dia dois de julho de 2012, pelas 9h45, reuniu, a Comissão Especializada de Planeamento e Assuntos Financeiros. Estiveram presentes o Eng. Luís Braga da Cruz, os Professores: Lúcia Lima Rodrigues, José António Cadima Ribeiro e Jorge Pedrosa e o Estudante Pedro Catão Pinheiro. Justificou a ausência o Dr. João Salgueiro. A sessão contou ainda com a presença do Reitor, Professor António Cunha.

Assunto: Plano Estratégico UMinho 2020
O Presidente abriu a sessão referindo que a reunião visava aprofundar a reflexão sobre os temas abordados na versão zero do Plano Estratégico UMinho 2020, conforme tinha sido decidido na reunião Plenária do CG de 21 de maio de 2012. Informou que tinham reunido já as Comissões Especializadas de Governação e Assuntos Institucionais e a de Inovação e Interação com a Sociedade nos dias 25 e 29 de junho, respetivamente. 
O Reitor informou que a discussão do documento tem vindo a acontecer nas várias UOEI, tal ainda não se verificou apenas com a Escola de Ciências da Saúde. Referiu que o Plano Anual e o Plano Estratégico do Quadriénio são documentos que traduzem, fundamentalmente, a visão do Reitor, mas que seria importante que o Plano Estratégico da UMinho para os próximos anos, seja de crescimento e adote uma marca “identitária” de forma abrangente, face aos novos desafios que as políticas de referencial europeu irão exigir.
De seguida, descreveu as orientações de política europeia mais relevante para enquadramento do próximo período de programação 2014-2020, das políticas europeias, tal como tinha feito nas anteriores reuniões das Comissões Especializadas. Destacou os três principais documentos de orientação - cujos objetivos resultam da estratégia europeia para um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo – de que as universidades poderão beneficiar, nomeadamente:
Horizon 2020; Education 2020, e RI3S - “Estratégias Inteligentes e específicas para o Desenvolvimento Científico a nível Regional”.
Sublinhou que os dois primeiros consistem, essencialmente, na promoção da investigação e inovação de excelência e no aumento dos níveis de formação da população em geral. O terceiro, pretende essencialmente, melhorar a competitividade e o emprego a nível regional, em cujos processos as universidades deverão assumir uma posição de liderança. Abordou ainda as perspetivas de crescimento do ensino superior que ainda existem em Portugal face às médias da União Europeia e da necessidade da UMinho estar preparada para este cenário de crescimento.
A Comissão, perante os desafios em perspetiva e tendo em conta o quadro político-legal do Ensino Superior (ES) em Portugal, nomeadamente: i) diminuição da componente contributiva do Estado; ii) escrutínio e regulação acentuados (auditorias internas e externas); considerou que a UMinho poderá melhor afirmar a sua relevância se agregar os conceitos “Universidade Completa” e “Universidade de Investigação”.
Nessa perspetiva, entenderam que será necessário encontrar mecanismos de coesão interna, através da articulação entre os diferentes grupos e setores de atividade, sobretudo nas áreas em que venha a ficar condicionada a oferta de ensino pós graduado, em função dos resultados de avaliação dos centros de investigação (acredita-se que apenas aqueles que obtenham menção de “excelente” ou “muito bom” poderão assegurar cursos de doutoramento e eventualmente de mestrado). Consideraram também que esses grupos deveriam fazer parte da discussão no sentido de encontrar soluções e formas possíveis de resolver a situação.
Ainda em relação ao conceito “universidade completa” consideram que seria importante persistir na aposta de qualidade da investigação, podendo utilizar-se i) áreas estratégicas existentes de valor (que gozem de “grande reputação”); ii) estabelecer regras criteriosas com parâmetros e indicadores bem definidos; iii) eventual alargamento do período de avaliação externa; iv) programas conjuntos de integração (no sentido de se obter níveis de classificação mais elevados). Investir em cursos de regime Pós-Laboral e outros, podendo os mesmos ser tipificados pela,
·         relevância social
·         procura
Sobre as questões de financiamento, a Comissão considerou que se deve optar por:
·         uma gestão de maior transparência e proximidade;
·         uma universidade mais eficiente e eficaz;
·         explorar a possibilidade de mecenato (fundraising);
·         rentabilizar o conhecimento existente para prestação de serviços qualificados;
·         prospeção de oportunidades e diversificar a prestação de serviços.
O Reitor questionou ainda sobre a forma de apoio aos sectores da Universidade que tenham menor sustentabilidade financeira. A Comissão considerou que deverá existir coesão interna responsável, no sentido de serem apoiados financeiramente estes sectores mas também responsabilizados em termos de apresentação de propostas que possam garantir um maior equilíbrio a médio e longo prazo.
Finalmente, a Comissão considera que será importante conhecer os objetivos nacionais e as expetativas da região para que a UMinho possa contribuir de forma positiva em todas as dimensões e setores de atividade.»

(reprodução integral do documento identificado no título da mensagem)

Sem comentários:

Enviar um comentário