segunda-feira, 26 de setembro de 2011

À margem do CG: algumas notas soltas (57)

Era para ser uma reunião sem história, a de hoje, 26 de Setembro de 2011, do Conselho Geral. Era e não foi, afortunadamente, pela discussão que se gerou em torno de um dos assuntos da ordem de trabalhos.
Como um dos pontos mais destacados da agenda tinha “A apreciação da posição assumida pelos membros externos sobre o Planeamento Estratégico”, materializado na forma de um documento que não lhes havia sido pedido (aos membros externos que integram o CG) que produzissem. Documento esse, diga-se, que encerra muitas ideias interessantes e alguns, talvez demasiados, mal-entendidos.
O primeiro desses mal-entendidos resulta de não se terem apercebido, ainda, que as fundações são cepa que já deu uvas: era o tempo da desorçamentação da despesa pública. Como outros tempos históricos, este revelou-se efémero.
Um segundo mal-entendido exprime-se na confusão que por vezes se faz entre modas (modismos), isto é, o que está a dar ou que se pensa que está a dar no momento, e futuro, quer dizer, oportunidade estratégica. Há/havia outros, no entanto.
Da agenda da reunião constava, igualmente, a informação ao Conselho da criação pelo reitor de uma Comissão de Ética, o que se saúda, podendo fazer-se o reparo, tão só, de aparecer em ocasião tardia. Antes, entendeu propor-se muita coisa de pertinência muito mais questionável. A ver vamos se a dita comissão e os seus membros revelam estar à altura da missão que lhes foi cometida.
Envolto em nevoeiro, neste tempo de pouco dinheiro e de poucas ideias inovadoras, da agenda da reunião, constava um outro assunto que chamava a atenção, designado “Projecto Complexo Largo do Paço”. O nevoeiro que estava levantado mostrou-se tão persistente quanto aquele que nos há-de devolver El Rei D. Sebastião.
Posto tudo o que se disse na reunião, no momento de produzir este apontamento (a minha 1ª nota informativa da reunião), à semelhança do que um outro membro do CG (ALL) confessou a dado instante do decorrer da reunião, encontrei-me na posição de dar expressão mais “das minhas angústias que das minhas convicções”.

J. Cadima Ribeiro

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