sábado, 28 de fevereiro de 2009

Diário de Campanha (1)

PAUSA – À moda europeia segue-se agora uma pausa para reflexão antes do dia de voto. Como é sabido nos USA até no próprio dia se pode fazer campanha. Gosto mais do nosso modelo. Mas ele não impede que se continue a falar de eleições em locais como este blogue.
MENSAGENS – As últimas mensagens de campanha foram enviadas ontem à noite através da net da UM, utilizando aquele complicado “todos”. Já repararam que é preciso escrever várias vezes “todos” para chegar a todos na UM? Não seria possível inventar uma forma mais fácil e segura de comunicar dentro da UM?
AFUNILADA – A campanha eleitoral foi afunilada. Quero dizer com isto que as listas comunicaram pouco entre si e antes se dirigiram para o funil do correio electrónico. E foi pena. Uma campanha mais aberta e interessante deveria ter debatido mais e melhor os problemas de governo de uma Universidade com cerca de 1.000 professores e investigadores ( se incluirmos os não doutorados), quase 900 funcionários, mais de 16.000 estudantes e um orçamento anual de mais de 100 milhões de euros.
DINHEIRO – A parte deste dinheiro que está cativada com despesas fixas é elevadíssima. Poucos sabem a percentagem exacta. Mas isso nem sequer foi abordado. E não foi também devidamente abordado o modo de fazer crescer receitas livres. E há modos bons de o fazer não só para benefício da Universidade, como da região e do país. Mesmo em tempo de crise.
CULPA – A pergunta que naturalmente surge é esta? E de quem foi a culpa? A culpa foi de todos nós que estamos mais habituados nestas coisas a utilizar palavras bonitas (“encantatórias”) do que factos. Tentámos, pelo que nos toca (Lista B) fazer descer a conversa à terra, mas ainda muita ficou por lavrar…
DEBATE – Por isso, o debate deve continuar. O debate com base em factos e números enriquece. A UM precisa dele dentro e fora do período de eleições.

António Cândido de Oliveira

Informação: mesas de voto

«Ultima da hora: REITOR INDEFERE RECURSO DOS TRABALHADORES

Recurso da Lista A

Informação do Presidente da Comissão Eleitoral

Posição da Lista A relativa indeferimento »


(reprodução de caixa/destaque constante nesta data da página de abertura do sítio dos "funcionários não-docentes e não-investigadores" da Universidade do Minho - UM para todos)

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O protagonismo oratório evidenciado nos debates pela lista A

A candidatura ao Conselho Geral trouxe ao de cima o melhor e o lado menos bom da natureza humana, em particular nas listas A e C.
O melhor foi, a meu ver, o voluntarismo de todos os que se empenharam neste processo eleitoral sacrificando muito do seu tempo a bem de todos. O pior, a meu ver, terá sido a procura de protagonismo.
Na nossa lista, a B, sempre nos pautámos por não haver líderes mas sim uma espécie de troika que uma vez no Conselho Geral actuaria em grupo para defender o seu ideário.
Assim, quando foi a hora dos debates, não nos incomodou particularmente o facto da nossa cabeça-de-lista estar ausente, nos Açores, e por isso não poder participar neles. De acordo com esta nossa postura, foi solicitado que fossemos representados por três elementos das posições cimeiras da lista. Tal não foi aceite, mas havendo quase um consenso na aceitação de dois elementos por parte de duas listas, a lista A continuou a insistir em ser representada por um só elemento na mesa, o cabeça de lista Prof. Licínio Lima.
Para uma lista que se diz representante da cidadania dentro da Universidade, da democracia plena, da participação de todos nos destinos da UM, é estranho esta procura de protagonismo e, sendo aceite pelos outros membros da lista, que ela se transforme numa espécie de culto da personalidade por parte dos outros membros da lista.
O Professor Licínio Lima, como tivemos ocasião de verificar, é um bom orador, se bem que, amiúde, falte conteúdo ao seu discurso. Mas será o debate para o Conselho Geral uma questão de oratória ou antes uma forma de comunicar com outros intervenientes e com a assistência e tentar dar resposta às questões que hoje mais preocupam os professores e investigadores universitários, fornecendo-lhes informação útil? O que se verificou foi mais um "discurso tipo comício", em que numa atitude professoral e de postura antagónica, mais do que colaborante com o seu interlocutor, se atiraram chavões em vez de respostas.
Ora, o que o Professor e Investigador quer não são chavões, mas respostas! A única proposta concreta que se ouviu no debate por parte da lista A foi aquela em que se reclamou que se alargasse a plateia para o orador, desta vez em sede do Conselho Geral, ao sugerir que as reuniões fossem abertas a todos os que a elas quisessem assistir!

Jaime Rocha Gomes

Quem dera que os limites da realidade fossem os limites do imaginário

Quem dera que os grupos fossem equipas, que em funções fossem respeitadas promessas, que os cargos fossem exercício real de sensatez, que a gestão fosse libertadora de possibilidades. Quem dera que a responsabilidade não fosse acidente da liberdade e que a liberdade não fosse oportunidade para a irresponsabilidade. Quem dera que todos e cada um pudessem encontrar na universidade oportunidade para questionar o mundo e melhorar a vida e no mundo pudessem redescobrir a universidade. Quem dera que a universidade fosse organização cidadã que exemplarmente cumpre a sua responsabilidade social, que respeita e valoriza as pessoas como fontes de possibilidades. Quem dera que os limites da realidade fossem os limites do imaginário.
Certamente, todas as listas integram pessoas que partilham destas preocupações. A minha participação na lista B permitiu-me experienciá-las, senti-las como denominador comum.
Cordiais saudações.

Ivo Domingues

(mensagem distribuída na rede electrónica do ICS/UMinho, hoje)

As eleições para o Conselho Geral como oportunidade

Caros(as colegas,
Encontram de seguida um excerto de um texto onde o respectivo autor (Nuno Oliveira, da Escola de Direito) escreve “Sobre as Diferenças entre as Três Listas nas Eleições para o Conselho Geral”; em concreto, diz:
«Quando li os primeiros comunicados das listas A e C, fiquei com a impressão de que concordavam em desvalorizar as eleições para o Conselho Geral da Universidade do Minho. A primeira afastava explicitamente a concepção das eleições para o Conselho Geral como “eleições primárias” para o Reitor da Universidade do Minho, porventura por não querer enfrentar agora o problema; a segunda afasta-a implicitamente, porventura por não querer enfrentá-lo nem agora, nem nunca. Em diferentes palavras, todavia insistindo no mesmo pensamento: para a lista A, parece que não é esta a altura em que deva pôr-se em causa o actual Reitor; para a lista C, parece que não há nenhuma altura em que deva pôr-se em causa o actual Reitor. Nem esta, nem nenhuma outra.
A lista B é a única que concebe as eleições para o Conselho Geral como aquilo que realmente são: como uma oportunidade para a participação de todos os docentes e investigadores na eleição do Reitor [art. 82.º, n.º 1, al. c), do RJIES] e na determinação dos planos de actividades e de desenvolvimento estratégico da Universidade do Minho [art.82.º, n.º 2, do RJIES].».
Gostaríamos de convidá-lo a ler integralmente o texto em:
isto é, no sítio de apoio da candidatura da Lista B. Encontrará aí motivos adicionais para ir votar no dia 2 de Março pf. e para votar na Lista B, que fez a diferença no processo eleitoral que agora se apresta para encerrar e conta fazer a diferença, doravante, em sede de Conselho Geral da Universidade do Minho.
Encontra, também, muita outra informação sobre o nosso projecto e sobre o processo eleitoral em:
Contamos consigo!
Juntos, podemos mudar a UM!
Lista B
*
(reprodução de mensagem/comunicado entretanto distribuída/o universalmente na rede da UMinho)

Diário de Campanha (3)(2)

GUALTAR – O debate de Gualtar(dia 26) decorreu com mais animação e mais presenças. De qualquer modo menos do que seria de esperar. À volta de 150 pessoas para um anfiteatro que pode albergar cerca de 400. Quanto ao conteúdo uma repetição, em grande parte, dos temas de Guimarães.
BREVES NOTAS – Gostaria de fazer um resumo, se tivesse tempo. Mas não tenho e por isso brevíssimas notas marginais. A moderação esteve a cargo do Colega Sousa Miranda que executou a sua difícil tarefa com agrado de todos. Os intervenientes da mesa colegas Licínio, Cunha, Cadima e Vieira (estes últimos pela lista B) estiveram à altura da tarefa que lhes cabia desempenhar. A sessão decorreu com elevação.
BREVE APRECIAÇÃO – Não fazendo resumo, pretendo deixar a minha impressão sobre as listas que concorrem. Impressão que parte de quem tomou partido.
LISTA A – Uma lista que procura manter o espaço que conquistou nas eleições para a assembleia estatutária da UM, tendo por base o modelo mais tradicional de universidade, mas tentando adaptar-se às novas realidades jurídicas, incluindo a do conselho geral. Fundação é que não!
LISTA C – Uma lista com forte peso institucional, procurando com dificuldade desligar-se da Reitoria, mostrando-se aberta (só agora) a novos modelos de organização da UM, inclusive o da fundação, e muito a pensar na ligação com o exterior.
LISTA B - Uma lista que veio quebrar o duopólio existente, procurando lutar por um novo ciclo na vida da UM. Apresenta-se, pois, como uma lista diferente que procura estar atenta aos novos desafios que se apresentam às universidades e que não quer deixar a renovação da UM a meio. E uma lista que deseja que os eleitores não sejam esquecidos depois das eleições de 2 de Março.
SÍTIOS – Mas uma perspectiva das listas vista pelo lado das mesmas só consultando os seus sítios e blogues.
NET – A “rede”, aliás, marcou estas eleições. Duvido que tenha sido um bom meio. As pessoas sentem-se afogadas em mensagens e apagam-nas com muita rapidez e facilidade. Mas também não sei se o método da Lista B de privilegiar um menor uso da net e apostando em boletins semanais foi a melhor escolha. Os resultados o dirão.

António Cândido de Oliveira

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A realidade não é a duas cores


A realidade não é a duas cores - o preto e o branco - demasiado restritiva e só usadas em efeitos especiais, quando se quer valorizar a forma face ao conteúdo. A vida quotidiana é a cores, portadoras de significados e de promessas, carecidas do contributo que lhes quiser emprestar. Nas eleições para o Conselho geral, dê cor à realidade e cumpra a promessa de universidade.

Vote Lista B.

Debate de Gualtar: texto da intervenção final da lista B

Caras colegas, caros colegas,
A Lista B tem feito um grande esforço para afirmar a sua forma distintiva de assumir a representação do corpo de professores e investigadores. Eis algumas das suas propostas fundamentais e concretas para o futuro governo da UM.
I – Eleger um novo reitor, sem estar à espera que o actual cumpra até ao fim o seu mandato
A UM não pode perder mais tempo para iniciar um novo ciclo. O actual Reitor, que não se pode recandidatar nem reúne, aparentemente, apoios das listas candidatas ao Conselho Geral, embora esteja dentro da legalidade jurídico-administrativa para concluir o seu mandato, deve permitir o início de um novo ciclo legitimado por este acto eleitoral.
II – Definir o perfil do novo reitor
Não se pode, nem deve, avançar com nomes para Reitor antes de completar o Conselho Geral com a cooptação de elementos externos. O que importa é definir o que deve ser o novo reitor da UM. Entendemos que deve ser uma pessoa com visão estratégica do futuro da Universidade, mais preocupada em incentivar as unidades orgânicas (escolas, centros de investigação e outras) e em conceder-lhes os meios possíveis para atingir objectivos devidamente integrados numa política da UM do que em controlá-las, sujeitando-as às ordens da Reitoria.
III – O Reitor é importante, mas mais importante é a UM e a sua Academia. As grandes decisões devem ser tomadas pelo Conselho Geral, mas este, antes de decidir, deve consultar os corpos da academia através de meios de fácil utilização
Se o Reitor não é, nem deve ser, o dono da UM então a Academia não só deve estar informada (bem informada) como deve emitir opinião sobre as questões que interessam à Universidade, cabendo ao Conselho Geral auscultar regularmente a vontade da Instituição e actuar tendo em devida conta essa auscultação.
IV – A Universidade deve fazer circular a informação sobre os assuntos de interesse de forma clara e a mais completa possível. Deve debater os seus principais problemas de forma aberta. Deve tomar decisões e depois deve executá-las de acordo com a vontade da maioria
A Universidade deve ser uma "escola de democracia" e provar que a democracia permite encontrar as melhores soluções e aumentar a eficácia. Nada pior do que uma Universidade dominada por um grupo de poder que se arvora em intérprete da vontade da Universidade.
V – O diálogo frutuoso dentro do Conselho Geral e não o confronto pelo confronto deve ser o ambiente do Conselho Geral e a Academia deve estar a par do que lá se passa
É preciso dar importância aos eleitores e não só no tempo de eleições. Os membros do Conselho Geral são representantes dos corpos da academia e não donos deles. Por isso, depois de empossados devem prestar contas aos seus eleitores e não ignorá-los até às próximas eleições.
VI – A sustentabilidade ambiental dos espaços e lugares dos Campi da UM é fundamental para se criarem as melhores condições para a investigação, inovação e transferência de conhecimento
A comunidade académica distingue-se por conter, dentro de si própria, a essência da abertura ao conhecimento e da criatividade. Um campus inovador deve proporcionar os melhores serviços, grande satisfação social e espaços de lazer, de forma a potenciar um trabalho interactivo de equipas de estudantes e investigadores e banalizar a formação de equipas mistas com a comunidade e as empresas.
VII – Levaremos a debate problemas importantes da Universidade que forem surgindo, convocando os eleitores para participar nessa discussão
Não podemos ignorar problemas que possam afectar, por acção ou omissão, a nossa Universidade. Três exemplos apenas:
1. Propomo-nos abrir, de forma frontal, a discussão do modelo Fundacional, procurando saber detalhadamente as vantagens e inconvenientes deste modelo de organização e queremos que todos tenham uma opinião fundamentada sobre este assunto.
2. Queremos contribuir para definição das políticas institucionais de inserção regional da Universidade e as suas relações estratégicas com as outras Instituições de Ensino Superior Público (Universidades e Politécnicos) da Região Norte.
3. Procuraremos promover o aprofundamento de programas de acção inovadores que visem a atracção de financiamento, de investigadores e de novos talentos, através de investigação de excelência, elevada qualidade dos projectos pedagógicos, transferência de conhecimentos exemplar, abertura com a indústria, cultura interdisciplinar, elevada empregabilidade dos diplomados e internacionalização em todos os aspectos, com particular enfoque para os países lusófonos.
Vamos para o Conselho Geral não para impor a nossa opinião mas para formar, ao longo destes próximos 4 anos, uma vontade da UM, ouvindo os seus professores e investigadores.
Contamos consigo!
Vote na Lista B - Vote numa lista diferente!
Juntos, podemos mudar a UM!

Diário de Campanha (6)(5)(4)

DIA 24.2.09 – DIA DE CARNAVAL – Estamos a 6 dias das eleições, dos quais apenas 3 para campanha (25, 26 e 27). Sábado e Domingo são dias de reflexão e 2ª feira (dia 2) é dia de voto. Muito pouco tempo, pois.
DEBATE I – Ocorreu ontem (dia 25), em Azurém, o primeiro dos dois debates entre as listas. À volta de 50 pessoas num auditório de 500 lugares. Os debates não motivam as pessoas.
DEBATE II - Isso pode dever-se ao formato dos debates (demasiado regulamentado), à convicção já formada dos eleitores ou ao pouco interesse que as listas suscitam. A participação no dia das eleições o dirá.
DEBATE III – Algumas breves (brevíssimas, pessoais e incompletas) notas sobre o debate, pois outros trabalhos me esperam. A figura da “fundação” esteve na discussão para ser repelida, tal como existe agora, pela lista A e para ser assunto a debater pelas listas B e C.
DEBATE IV - O Reitor esteve “presente”. Para a lista B, a única com uma posição clara sobre este assunto, ele não deve completar o mandato e deve, antes, permitir que a renovação se faça por completo, com um Conselho Geral e um novo Reitor. As listas A e C refugiam-se no facto de a lei permitir que ele continue o mandato e não arriscam uma opinião sobre este assunto.
DEBATE V – Os elementos externos são objecto de consenso mas só de princípio. Eles devem enriquecer o órgão e devem participar nas reuniões. Pelo que foi dito, na assembleia estatutária houve um elemento externo que nunca compareceu às reuniões.
DEBATE VI – A correcção foi também uma marca positiva do debate.
DEBATE VII - As posições das diferentes listas foram devidamente defendidas mas vieram ao de cima as incomodidades de cada uma. A Lista B veio perturbar a tranquilidade das duas listas já instaladas.
GUALTAR – Há muito mais expectativa para o debate de hoje em Gualtar. Na minha convicção, porém, os debates tal como estão formatados e datados acabam por ser uma “pregação a convertidos”.

António Cândido de Oliveira

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Vá aos debates! Vote numa lista diferente!

Caros(as) colegas
No dia de amanhã, em Azurém, e no dia seguinte, em Gualtar, vão ter lugar dois debates entre as listas concorrentes ao Conselho Geral, como foi oportunamente anunciado pela Comissão Eleitoral.
O que está em jogo é muito importante para poder ser ignorado. O Conselho Geral, como já foi amplamente divulgado, é o órgão máximo de governo da Universidade. Tem, entre outras funções, a de eleger o Reitor e a de sancionar a estratégia e o plano de actividades do reitor-eleito. Tem por isso uma grande influência na política seguida pelo Reitor, apesar de não ser um órgão executivo.
A lista B tem um programa que foca todas as áreas relevantes do funcionamento da Universidade: o ensino, a investigação, as actividades de extensão com o meio envolvente, a internacionalização, entre outros. Para melhorarmos em todas estas áreas, temos todos que fazer um esforço conjunto. Temos igualmente de fazer um grande esforço para fazer da UM um lugar de satisfação pessoal e de realização profissional para todos quantos nela trabalham. Propomos um novo ciclo na vida da academia.
As outras listas, a A e a C, terão muitos colegas como membros e subscritores que farão parte deste esforço conjunto. No entanto as correntes de pensamento dessas listas estiveram representadas na Assembleia Estatutária e escreveram os Estatutos, enquanto os membros e apoiantes da lista B não estiveram.
A nosso ver, este esforço conjunto já está condicionado pelo facto de haver outros modelos de gestão da Universidade que estão fechados no quadro dos actuais Estatutos da UM. Um desses condicionamentos reside no facto dos Estatutos impedirem que a Universidade assuma o estatuto de Fundação, pelo menos nos próximos 4 anos.
Por outro lado, separa-nos das outras listas o facto de defendermos um novo ciclo de vida para a UM envolvendo todos os seus órgãos de direcção e gestão. Uma nova política para a UM precisa de um Conselho Geral para 4 anos e precisa igualmente de um novo Reitor para 4 anos.
Temos uma palavra a dizer sobre o futuro e queremos promover o envolvimento de toda a comunidade académica, na sua construção. Por isso, desta vez, candidatamo-nos ao Conselho Geral. Não confiamos que outros que decidam por nós, nem aceitamos que os órgãos de governo da UM se esqueçam da academia depois de cada eleição.

Vá aos debates!

VOTE lista B!
(comunicado distribuído entretanto, universalmente, na rede electrónica da UMinho)

A “sondagem”.

Caros(as) colegas,
Fiquei muito surpreendido com a questão da “sondagem”. Estou habituado a acompanhar as sondagens que aparecem na comunicação social e esta parece-me muito esquisita. É usual identificar-se quem encomenda a sondagem. No e-mail que recebi falta esse dado importante. Depois, numa sondagem escolhe-se uma amostra dos eleitores que são interrogados e de seguida extrapola-se para o total. Neste caso, será que enviaram o e-mail a todos os eleitores? Se isso aconteceu resolveram antecipar as eleições e fazê-las através de e-mail assinado. Tudo isto parece-me muito mal e para bem da Universidade do Minho tem que ser esclarecido e desmascarado pela Comissão Eleitoral. Está em causa a democraticidade do acto eleitoral.
Um abraço,

J. Barroso Aguiar

Diário de Campanha (9)(8)(7)

DIA 21.2.09 – Sábado de Carnaval. Esta ideia de fazer coincidir a semana eleitoral com a semana de carnaval foi muito infeliz. Acresce ainda que a UM já ao longo desta semana esteve praticamente deserta.
CARNAVAL - Isto quer dizer que no momento em que o debate de ideias deveria estar em crescimento há uma paragem para o Carnaval.
COMUNICAÇÃO – Ao longo desta campanha notou-se de forma exuberante o vazio de comunicação dentro da UM. Não se publicou até agora um jornal (mas a verdade também é que não existe um jornal independente) e a imprensa da região também não se nota.
DIA 23.2.09 – Estamos a uma semana das eleições (vota-se no dia 2 de Março) e as manifestações mais relevantes de campanha deste dia foram um texto da Lista B apresentando compromissos da lista sobre a cooptação de elementos externos para o Conselho Geral, sobre a política do governo em sede de ensino superior e sobre as finanças da Universidade e um texto jocoso de Moisés Martins, apoiante da Lista A.
ESCARAMUÇAS – Este texto deu origem a pequenas escaramuças entre as listas A e C que nada acrescentaram de novo. Claramente que a estratégia das listas A e B foi cada uma falar para o eleitorado, ignorando as concorrentes.
DEBATE POBRE – Daqui tem resultado um debate pobre (pobríssimo) que nem sequer os debates que se aproximam vai alterar. Debates a dois dias de eleições são mais para cada lista dizer que é melhor que a outra e tentar convencer os convencidos.
DEMOCRACIA POBRE – Daqui resultou também uma prática democrática pobre. Mas foi essa prática democrática pobre na UM que em grande medida fez surgir a Lista B. Veremos como reage a Academia.
SEGUNDA-FEIRA – Nesta segunda-feira de Carnaval em que teoricamente começaram as aulas o Campus de Gualtar continuou praticamente deserto de professores e de alunos.

António Cândido de Oliveira

Sondagem

Caros Colegas:
Entrou esta noite nas nossas caixas de correio uma "sondagem encomendada".
Por informações que obtive, junto dos mandatários, nenhuma das listas a encomendou, causando espanto. Ela deve merecer por parte dos colegas uma única atitude que é o silêncio.
Importa também esclarecer devidamente as circunstâncias que rodearam esta tentativa de sondagem.
Saudações académicas,

António Cândido de Oliveira

Mandatário da Lista B
(reprodução de mensagem distribuída universalmente na rede da UMinho na noite de 23 para 24 de Fevereiro)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Um Novo Ciclo de Vida na UM! Devolver a esperança à academia

Em conferência de imprensa, no passado dia 12 de Fevereiro, a Lista B de professores e investigadores, tornou pública a sua posição de que é "insustentável o adiamento da renovação completa do governo da Universidade", na sequência das eleições de 2 de Março. Preconiza assim um novo ciclo na vida da academia que envolve e renovação de todos os órgãos de governo da UM, incluindo o Reitor. Foi igualmente dito na conferência de imprensa que a lista B não apoiará o actual Reitor no caso de ele decidir permanecer em funções.

Estamos pois perante uma incontornável linha de fractura que arruma as três listas candidatas ao Conselho Geral da UM em dois campos completamente distintos:

a) de um lado as listas A e C que, por tudo quanto já disseram, entendem que o actual Reitor deve permanecer em funções, quaisquer que sejam os resultados eleitorais e,

b) por outro lado, a lista B que pretende promover o início de um novo ciclo, em que a necessária legitimidade do novo Reitor emergirá da legitimidade democrática no novo Conselho Geral. Porque é ao Conselho Geral que compete eleger o Reitor.

Na recente tomada de posição da lista B, dirigida à Academia em 20 de Fevereiro lê-se:

A UM não pode perder mais tempo para iniciar um novo ciclo. Do actual Reitor, que não se pode recandidatar nem reúne, aparentemente, apoios das listas candidatas ao Conselho Geral, só poderemos esperar que resolva o problema financeiro para pagar o salário ao fim de cada mês a professores e funcionários. Ora, isso é muito pouco e, dadas as actuais relações existentes com a tutela, nem isso estará totalmente garantido.

A separação das águas é pois muito clara: a real possibilidade de mudança está nas mãos da Academia.

Uma coisa é a possibilidade legal de o Reitor, por decisão pessoal, poder manter-se em funções. Outra bem diferente é a da legitimidade dessa decisão pessoal perante o interesse geral da Academia, no quadro do novo órgão colegial máximo de direcção da Universidade que é o Conselho Geral.

Sobre esta matéria sejamos claros: só um novo ciclo de vida na UM pode devolver a esperança e o orgulho ferido à academia, perante o ostracismo a quem vem sendo sujeita pela comunicação social e pelo governo. O interesse geral da UM passa por aí. O contrário disso será o desperdiçar de uma oportunidade que não tem retorno.

Joaquim Sá

Lista B em reuniões de trabalho

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LISTA B – Novos Desafios, Novos Rumos. NOVAS PROPOSTAS

VOTE E EXIJA!
No dia 2 de Março de 2009 vote! Vote Lista B (era uma prova de confiança que nos agradaria) ou vote numa das outras duas listas, se for essa a sua vontade. Mas vote!

Vote e exija!
Exija que os eleitos lhe prestem contas do que farão no Conselho Geral. Este direito de exigir que os eleitos prestem contas não tem sido prática habitual. O habitual é eleger representantes e depois estes, uma vez empossados, ignorarem os eleitores até próximas eleições.
Veja o que se passou nas últimas eleições para a Assembleia Estatutária da UM. Elegemos representantes para elaborar e aprovar os Estatutos. Nessa aprovação estava em causa nomeadamente manter o sistema matricial (ou não), optar pela Fundação (ou não), descentralizar financeiramente (ou não) a estrutura da UM. Ora, era natural que os eleitos consultassem os eleitores sobre esses e outros assuntos mais importantes antes de decidir.
Isso até teria sido fácil e bastaria, por exemplo, utilizar um fórum ou um meio electrónico como este e fazer perguntas claras para auscultar a vontade das pessoas. Ora, os representantes eleitos para a Assembleia Estatutária e que estão agora bem representados nas listas A e C, nada disso fizeram. Não por acaso, essa tarefa foi feita, ainda que com relativa visibilidade, em sessões organizadas pelo grupo que deu origem a esta Lista B.
Entendemos que não deve ser assim. Entendemos que, depois de eleitos, temos o dever de consultar os eleitores e por isso fazemos as seguintes propostas que são compromissos nossos e ao mesmo tempo desafios às restantes listas.

ELEMENTOS EXTERNOS – Como a primeira tarefa dos eleitos no dia 2 de Março de 2009 para o Conselho Geral é cooptar os elementos externos que deverão completar o órgão, então auscultaremos os eleitores sobre o perfil dos elementos externos que vamos escolher. Justificação – Os elementos externos são muito importantes, pois são 6 dos 23 membros do Conselho Geral. Sabemos que temos de lidar com muito cuidado nesta matéria. Por isso, para não “queimar” nomes, perguntaremos apenas quem gostaria de ver no CG como membro externo. Não perguntaremos quem não gostaria de ver. Poderão surgir boas sugestões e devemos tê-las em conta.

POLÍTICA DO GOVERNO – Procuraremos estar atentos à política do Governo sobre as universidades e nomeadamente sobre a sua política financeira.
Justificação – O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e o Governo através dele não podem desconsiderar e tratar mal a UM sem o nosso firme protesto. Sempre que tal suceder, actuaremos com firmeza e saberemos tomar as atitudes mais adequadas à situação, ouvindo previamente os colegas.

PROBLEMAS IMPORTANTES – Levaremos a debate problemas importantes da Universidade que forem surgindo, convocando os eleitores para participar nessa discussão.
Justificação: Não podemos ignorar problemas que possam afectar, por acção ou omissão, a nossa Universidade. Dando um exemplo apenas: a Universidade do Porto e a Universidade de Aveiro, entre outras, passaram ou estão a pensar passar a Fundações. Propomo-nos abrir, de forma frontal, a discussão deste tema, procurando saber detalhadamente as vantagens e inconvenientes deste modelo de organização e queremos que todos tenham uma opinião fundamentada sobre este assunto.

SITUAÇÃO FINANCEIRA – Daremos a conhecer, detalhadamente, a actual situação financeira da Universidade do Minho.
Justificação: Uma Universidade que se queixa de não ter receitas para cobrir despesas mas que, ao mesmo tempo, não explica detalhadamente o seu orçamento total para 2009 nem o divulga, como devia, na página da net, não actua com a transparência devida. Temos o direito a uma informação completa.

Como daqui resulta, vamos para o Conselho Geral não para impor a nossa opinião mas para formar, ao longo destes próximos 4 anos, uma vontade da UM, ouvindo os seus professores e investigadores.

Contamos consigo!

Vote na Lista B - Novos Desafios, Novos Rumos. Vote numa lista diferente!

Juntos, podemos mudar a UM!
Universidade do Minho, 22 de Fevereiro de 2009
(reprodução de mensagem/comunicado distribuído/a universalmente na rede da UMinho na data que se assinala)

Uma lista com provas dadas

Clique para aumentar

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Eleições para o Conselho Geral: acta nº 7 da Comissão Eleitoral

Actas da Comissão Eleitoral
Acta nº7/ 09, 20 de Fevereiro de 2009 »»
*

Fórum: "De como um simples alerta se tornou em motivo de incómodo ..."

«Caro(a)s colegas,
Enviei hás alguns dias uma reflexão minha na forma de alerta apelando às listas candidatas ao Conselho Geral para que procurassem incluir na sua mensagem uma referência aos problemas mais prementes da academia, ainda que não sendo para propor soluções pelo menos para indicar linhas de preocupação e sensibilização para os mesmos.
As reacções foram muitas, a título individual, que os colegas me fizeram chegar. Dessas não vou aqui falar, mas sim da reacção exarada pelos canais oficiais/oficiosos de duas das listas candidatas onde me fizeram constar o seu incómodo/estranheza pelo alerta em si, argumentando relativamente às questões colocadas na minha mensagem (curiosamente um argumento comum), "que não era o momento nem a eleição para tratar desse tipo de problemas. Que tais problemas deveriam ser tratados no momento próprio aquando da eleição para o reitor. Ora não posso concordar de todo com este argumento, que se refugia no formalismo de não ser o conselho geral um órgão de gestão mas de governo.
Se não aproveitarmos todos os momentos, incluindo este, para discutir, analisar e esgrimir argumentos sobre modelos de universidade que passem também e sobretudo pela resolução dos problemas de fundo da academia, quando o faremos ?
Na eleição para reitor ? Não creio, porque nesta, mais que nunca, se instalará um claro distanciamento com a academia e tão somente porque esta não votará e em nada ou em muito pouco poderá influir na decisão do grémio eleitor - o conselho geral.
Penso, portanto, que tenho legitimidade para considerar, para encerrar este assunto, que quem pouca ou nenhuma sensibilidade demonstrar para os problemas reais da academia, agora, não será depois de eleito e confortavelmente instalado no conselho geral que irá, qual "paladino da defesa dos mais oprimidos", se bater pelos mesmos. Aí a lógica de poder será totalmente diferente e academia, em si, será em termos práticos, dispensável.
Penso que também devia esta reflexão à academia, que espero ser a última neste fórum.
Saudações,

Adérito Marcos»

(reprodução integral de mensagem distribuída universalmente na rede electrónica da UMinho em 09/02/20, pelo colega que se identifica, que reproduzimos aqui sob autorização do autor, dada nos seguintes termos: "Pode publicar com a ressalva da minha independência relativamente a qualquer lista. Saudações, Adérito Marcos")

A diferença da lista B

A LISTA B não considera a questão do Reitor um assunto tabu. Ela encara as eleições para o Conselho Geral tal como efectivamente são: uma oportunidade para a participação de todos os professores e investigadores na eleição do Reitor [art. 82.º, n.º 1, al. c), do RJIES] e ao mesmo tempo na determinação dos planos de actividades e de desenvolvimento estratégico da Universidade do Minho [art. 82.º, n.º 2, do RJIES].
Contra a desvalorização da capacidade fiscalizadora do Conselho Geral, a LISTA B compromete-se a contribuir para que o Conselho Geral exerça, com pleno rigor, a sua competência para apreciar os actos do Reitor e do Conselho de Gestão.
Contra a afirmação da centralidade da investigação ou a defesa da centralidade do ensino, a LISTA B considera que o problema da centralidade do ensino ou da Centralidade da investigação não deve sequer pôr-se, porque pressupõe que um deles seja mais importante que o outro e nenhum deles o é.
Contra as assimetrias entre as Escolas na prestação de serviços à comunidade, a LISTA B propõe o empenho do Conselho Geral para que toda a Universidade do Minho seja uma Universidade empreendedora.
Contra a resignação que nos diminui, a Lista B propõe-se contribuir para que se inicie um novo ciclo na vida da Universidade do Minho.
Lista B - Novos Desafios, Novos Rumos
Juntos, podemos mudar a UM!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

As Relações Humanas na Universidade do Minho

Saúde é viver com bem-estar em todas as dimensões humanas (fisiológica, psico-social, espiritual, ética, etc), incluindo nelas aqueles que connosco constroem mundos de sentido (Declaração de Alma Ata, 1978); esse bem-estar não pode ainda deixar de ter em conta o mundo no qual vivemos, e onde se encontram as outras pessoas. Assim, não é possível separar o bem-estar individual da responsabilização face às comunidades nas quais vivemos.
Todos nós passamos muito tempo na UMinho, pois o trabalho ocupa um papel importante na nossa vida. No entanto, cada vez mais dizemos uns aos outros que a única maneira de conseguirmos sobreviver é ‘envolvermo-nos o menos possível’ nas responsabilidades académicas. Queremos fazer a nossa investigação, dar as nossas aulas e os outros que cuidem da papelada e das chatices. É neste mal-estar generalizado que assenta a indiferença face às eleições para o Conselho Geral, por exemplo. Muitos dos colegas não acredita que algo possa ser mudado. Outros querem acreditar que nada irá mudar. Isto pode ser considerado positivo ou negativo, conforme o estatuto e as funções que desempenham na universidade, e sobretudo o modo como o fazem.
A UMinho tornou-se um local de mal-estar para muitos colegas, que se sentem injustiçados, por exemplo, com exigências de carreira por alguns daqueles a quem foi fácil chegar aos topos da hierarquia por falta de concorrência. Todos nós sentimos que há duas (ou mais) medidas de resolução dos problemas, conforme as pessoas a quem são imputados, outro exemplo. É-nos até difícil termos a percepção de constituirmos um grupo social, tão preocupados estamos com injustiças que vemos acontecer, connosco e com outros.
Temos clara noção de que este ambiente de trabalho nos afecta inclusivamente ao nível biológico, com problemas diagnosticados de vária índole. É algo inevitável, dado que nos seres humanos (em todos os seres vivos, aliás) ‘o todo é maior que a soma das partes’, sendo que muitas partes funcionando bem não garante que o todo não venha a ser afectado pelo disfuncionamento de uma das nossas áreas existenciais, as relações no local de trabalho, neste caso.
O que será que podemos fazer? Parece-nos só haver uma solução: assumirmos (todos aqueles que nos queixamos) as responsabilidades institucionais e tentarmos ser mais justos, mais dialogantes, mais atentos a quem se sente injustiçado. Há colegas que pedem respostas concretas, por parte das listas, para este tipo de problemas, que engendra uma verdadeira epidemia de desânimo e cinismo académico.
Certamente que a lista B não pode afirmar que irá resolver todas as injustiças, caso consigamos um bom resultado eleitoral, mas sem dúvida que nos comprometemos a exigir que os órgãos institucionais sob alçada do Conselho Geral actuem pelos valores aqui defendidos.
Uma medida muito simples será que alguém da equipa reitoral disponha de um dia por semana (com marcação prévia) para ouvir os docentes/investigadores da Universidade, com o compromisso de fazer chegar a informação ao senhor reitor (independentemente de a situação ter sido entretanto resolvida, ou não, pelo mencionado membro da equipa reitoral).
Se a descentralização (ou seja, a delegação de mais poderes nas escolas, nomeadamente ao nível financeiro) nos parece indispensável para um funcionamento mais célere e eficaz na academia, criar espaço para que as pessoas possam ser ouvidas individualmente não é menos importante!
VOTA LISTA B!

Clara Costa Oliveira

Eleições para o Conselho Geral: acta nº 6 da Comissão Eleitoral

Actas da Comissão Eleitoral:
Acta nº6/ 09, 16 de Fevereiro de 2009 »»
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Diário de Campanha (10)

CAMPANHA ELEITORAL – Na 5ª feira, dia 20 de Fevereiro, o Campus de Gualtar estava deserto. Muito poucos professores e muito menos alunos. Se era assim na 5ª feira, como seria na 6ª feira?
CARTAZES – Colocação de cartazes da Lista B em Gualtar e Azurém. Em Gualtar uma banca de estudantes devidamente acompanhada e outra ainda por ocupar.

Abriu na 5ª feira pp. a campanha eleitoral. A Lista A já tinha apresentado uma centena de apoiantes/votantes. Agora a Lista C fez o mesmo à meia-noite de 5ª feira. Veremos o que virá a seguir.
ESTILO ELEITORAL - Este estilo eleitoral faz lembrar o tempo em que cada lista juntava os seus e apresentava-se em fila perante a urna. Nessa altura até levavam o voto no bolso. É uma questão de propor isso à comissão eleitoral. Em vez de um boletim de voto com listas e lugares para pôr a cruz, fazia-se um boletim, dizendo “Lista A”, outro, dizendo” Lista B” e outro, “ Lista C”. Cada uma delas, dois dias antes das eleições, pedia o número dos boletins que precisava para os seus correligionários, entregava-os a estes e depois no dia das eleições era só colocar na urna. Não havia lugar a enganos (ou dúvida sobre a cruz) e era mais fácil contar. A Comissão Eleitoral agradecia.
BOLETIM INFORMATIVO – É preciso conhecer a UM. Será que a conhecemos bem? Não será isso privilégio de muito poucos? Onde está a preocupação dos responsáveis da UM de a dar a conhecer em textos simples e suficientemente completos?
600 PROJECTOS DE INVESTIGAÇÃO - Segundo informação que obtive os investigadores da UM (que na esmagadora maioria são também professores) acabam de apresentar 600 candidaturas à FCT. Prova de vitalidade? Sem dúvida. Mas não seria muito melhor apresentar muito menos projectos mas muito mais fortes? Para isso era preciso que houvesse coordenação e uma política de investigação da UM.
TEMPO – Dou comigo a perguntar porque é que em vez destas muitas horas gastas em campanha não estou a adiantar os projectos em que estou metido, nomeadamente os projectos de investigação e de publicação? Não é isso o que a grande maioria dos colegas faz? Não é isso o que, no fim, conta? Vale mesmo a pena lutar por uma melhor universidade?

António Cândido de Oliveira

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

LISTA B - Novos desafios, novos rumos. PROPOSTAS

Cara(o) Colega,

Vote na Lista B - Novos Desafios, Novos Rumos.
Vote numa lista diferente!
Juntos podemos mudar a UM!


PROPOSTAS DA LISTA BNovos Desafios, Novos Rumos

O próximo acto eleitoral para o Conselho Geral reveste-se de enorme importância para o futuro da UM. O Conselho Geral deve assumir todas as responsabilidades que lhe estão atribuídas estatutariamente. Tem-se falado muito e de muitas coisas. Mas, de concreto, pouco se tem visto das propostas que são apresentadas à Academia.

A Lista B tem feito um grande esforço para afirmar a sua forma distintiva de assumir a representação do corpo de professores e investigadores. Eis algumas das suas propostas fundamentais e concretas para o futuro governo da UM:

PROPOSTA I – Eleger um novo reitor, sem estar à espera que o actual cumpra até ao fim o seu mandato.
Justificação – A UM não pode perder mais tempo para iniciar um novo ciclo. Do actual Reitor, que não se pode recandidatar nem reúne, aparentemente, apoios das listas candidatas ao Conselho Geral, só poderemos esperar que resolva o problema financeiro para pagar o salário ao fim de cada mês a professores e funcionários. Ora, isso é muito pouco e, dadas as actuais relações existentes com a tutela, nem isso estará totalmente garantido.

PROPOSTA II – Definir o perfil do novo reitor
Justificação – Não se pode nem deve avançar com nomes para Reitor antes de completar o Conselho Geral com a cooptação de elementos externos. O que importa é definir o que deve ser o novo reitor da UM. Entendemos que deve ser uma pessoa com visão estratégica do futuro da Universidade, mais preocupada em incentivar as unidades orgânicas da UM (escolas, centros de investigação e outras) e em conceder-lhes os meios possíveis para atingir objectivos devidamente integrados numa política da UM do que em controlá-las, sujeitando-as às ordens da Reitoria. Precisamos de um Reitor que saiba coordenar e mobilizar a academia sem ser visto como um Rei (tor).

PROPOSTA III – O Reitor deve vir à Academia e não deve ser a Academia a ir ao Reitor, como sucede agora. Gualtar e Azurém deveriam ter vice-reitores sediados em cada um dos campi.
Justificação: O Reitor não pode estar distante da Academia. Esta não pode, nem deve, estar sempre a correr para o Paço (até parece o Terreiro do Paço!). A permanência de um vice-reitor em Gualtar e outro em Azurém, devidamente coordenados com o Reitor, colocava os Campi em igualdade e proporcionava mais governabilidade e presença, como é necessário.

PROPOSTA IV – O Reitor é importante, mas mais importante é a UM e a sua Academia. As grandes decisões devem ser tomadas pelo Conselho Geral, mas este, antes de decidir, deve consultar os corpos da academia através de meios de fácil utilização.
Justificação: Se o Reitor não é, nem deve ser, o dono da UM (quando o for os membros da academia serão dele súbditos) então a Academia não só deve estar informada (bem informada) como deve emitir opinião sobre as questões que interessam à Universidade, cabendo ao Conselho Geral auscultar regularmente a vontade da Instituição e actuar tendo em devida conta essa auscultação.

PROPOSTA V – A UM deve ter objectivos ambiciosos nos domínios do ensino, da investigação e da prestação de serviços, bem como no da afirmação a nível regional, nacional e internacional. Uma vez definidos, eles devem ser executados. O Reitor deverá, regularmente, prestar contas sobre as metas atingidas nesses domínios perante o Conselho Geral e este deverá prestar contas perante os seus representados (corpos da academia).
Justificação – Sem um plano de actividades, que a UM não tem, não é possível avaliar o que se pretendeu fazer e o que se fez efectivamente.

PROPOSTA VI – A Universidade deve fazer circular a informação sobre os assuntos de interesse de forma clara e a mais completa possível. Deve debater os seus principais problemas de forma aberta. Deve tomar decisões e depois deve executá-las de acordo com a vontade da maioria.
Justificação: A Universidade deve ser uma "escola de democracia" e provar que a democracia permite encontrar as melhores soluções e aumentar a eficácia. Nada pior de que uma Universidade dominada por um grupo de poder que se arvora em intérprete da vontade da UM.

PROPOSTA VII – O diálogo frutuoso dentro do Conselho Geral e não o confronto pelo confronto deve ser o ambiente do Conselho Geral e a Academia deve estar a par do que lá se passa. O Conselho Geral representante dos professores e investigadores, alunos e funcionários deve ter um boletim informativo digitalizado, de fácil leitura.
Justificação: É preciso dar importância aos eleitores e não só no tempo de eleições. Os membros do Conselho Geral são representantes dos corpos da academia e não donos deles.


Saudações académicas

José M. P. Vieira

Lista B - Novos desafios, novos rumos

http://www.um-novosdesafios.net/
http://um-novosdesafios.blogspot.com/
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(reprodução de mensagem/comunicado distribuída/o universalmente na rede da UMinho na tarde de hoje)

Boletim Informativo

«Vote numa lista diferente» é o título do texto de abertura do Boletim Informativo N.º 3 da Lista B - Novos Desafios, Novos Rumos. Entre outros motivos de interesse, este número destaca os Centros de Investigação da Universidade do Minho. Para ler, basta carregar aqui.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Diário de Campanha (11)

CAMPANHA ELEITORAL – Abriu hoje a campanha eleitoral. A Lista A já tinha apresentado uma centena de apoiantes/votantes. Agora a Lista C fez o mesmo à meia-noite. Veremos o que virá a seguir.
ESTILO ELEITORAL - Este estilo eleitoral faz lembrar o tempo em que cada lista juntava os seus e apresentava-se em fila perante a urna. Nessa altura até levavam o voto no bolso. É uma questão de propor isso à comissão eleitoral. Em vez de um boletim de voto com listas e lugares para pôr a cruz, fazia-se um boletim, dizendo "Lista A", outro, dizendo" Lista B" e outro, " Lista C". Cada uma delas, dois dias antes das eleições, pedia o número dos boletins que precisava para os seus correligionários, entregava-os a estes e depois no dia das eleições era só colocar na urna. Não havia lugar a enganos (ou dúvida sobre a cruz) e era mais fácil contar. A Comissão Eleitoral agradecia.
BOLETIM INFORMATIVO – É preciso conhecer a UM. Será que a conhecemos bem? Não será isso privilégio de muito poucos? Onde está a preocupação dos responsáveis da UM de a dar a conhecer em textos simples e suficientemente completos?
600 PROJECTOS DE INVESTIGAÇÃO - Segundo informação que obtive os investigadores da UM (que na esmagadora maioria são também professores) acabam de apresentar 600 candidaturas à FCT. Prova de vitalidade? Sem dúvida. Mas não seria muito melhor apresentar muito menos projectos mas muito mais fortes? Para isso era preciso que houvesse coordenação e uma outra política de investigação da UM.

António Cândido de Oliveira

Lista B - Novos Desafios, Novos Rumos

NOVO BOLETIM

Cara(o) Colega

Vote numa lista diferente!

No 1º dia de Campanha para a eleição do Conselho Geral, temos o gosto de lhe enviar o 3º Boletim Informativo da nossa Lista – novos desafios, novos rumos.

Vimos também informar que hoje, dia 19, durante a manhã e início da tarde, estaremos no Campus de Azurém, para visitar alguns Departamentos e conversar com os colegas de Guimarães.

Com os nossos mais cordiais cumprimentos,
(mensagem/comunicado hoje distribuído universalmente na rede electrónica da UMinho)

Vote numa lista diferente!

O Boletim Informativo n.º 3 da Lista B – “Novos Desafios, Novos Rumos” sai no dia da abertura da campanha eleitoral para o Conselho Geral da Universidade do Minho.
Dentro de poucos dias (2 de Março) seremos todos chamados a eleger representantes dos professores e investigadores que naquele órgão vão ter a tarefa de escolher o novo reitor e também a de tomar as principais decisões relativas à vida da Universidade. Estamos seguros de que os 881 eleitores chamados a votar terão em conta a importância deste acto.
Ao longo da pré-campanha tivemos o cuidado de não massacrar os colegas com mensagens electrónicas e aproveitamos os boletins semanais para dar informação útil. No primeiro, demos informação sobre as escolas; no segundo, informámos sobre os cursos de licenciatura
e de mestrado integrado e agora damos informação sobre os centros de investigação (com a classificação da FCT). Todos os boletins estão disponíveis na nossa página.
Na campanha curta que agora começa continuaremos a lutar pela mudança. A Universidade do Minho precisa de outro rumo.
Contamos consigo!

LISTA B

Novos Desafios, Novos Rumos
(nota de abertura do Boletim Informativo da lista, a distribuir a partir de hoje à academia)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

"De como uma campanha se pode distanciar da realidade...": um contributo para a resposta às questões colocadas

Foi difundida na rede da UM uma mensagem de interpelação às listas candidatas ao Conselho Geral com o título "De como uma campanha se pode distanciar da realidade...". Gostaria de, a título pessoal, comentar brevemente algumas das questões colocadas às listas nessa mensagem.
- Financiamento da Universidade
Este assunto, por muito que nos preocupe, não tem solução fácil e à vista. Se, por um lado, temos tido o nosso reitor muito activo a reclamar justiça na distribuição de verbas por parte do Ministério, por outro lado, temos assistido a actuações esporádicas e desastrosas deste para para tapar o buraco financeiro. Isso foi o que aconteceu no final de 2007, quando decidiu ir buscar aos projectos de ensino e de I&D verbas as verbas que estavam disponíveis. Note-se que nem sequer discutiu o assunto com os responsáveis pelos respectivos Centros de Custos (ver texto). Que sobre a matéria tem havido, de facto, um silêncio ensurdecedor por parte das listas candidatas, isso é um facto. A lista em que me integro, a lista B, já se pronunciou sobre este assunto, procurando trazê-lo para o debate. Fê-lo tanto na conferência de imprensa como nos seus sítio e blogue.
É certo que não apontou soluções, mas também é certo que com a continuação em funções do actual reitor na UM, também não será fácil ao Conselho Geral apresentar soluções inovadoras. O reitor tem um papel importante na definição da estratégia instituição. Embora a estratégia seja sancionada pelo Conselho Geral, a menos que se vislumbre um volte-face nas relações entre o Ministério e o actual reitor, core-se o risco de se assistir a uma situação de impasse.
Por estas e outra razões derivadas do legado do actual reitor, a lista B pede um Novo Ciclo a partir do dia em que o Conselho Geral entre em funções, com a sua saída voluntária e a entrada de um novo reitor que traga uma visão mais fresca e mais em consonância com a estratégia do que virá a ser o Conselho Geral eleito. Nas relações entre a Universidade e a tutela, a diplomacia é muito importante. Os responsáveis das outras Universidades têm sabido usá-la, mas ainda ontem se viu no dia da Universidade que esse não é o caminho escolhido pelo nosso reitor. Este tem escolhido, sim, a política do confronto, na continuação de outras acções como foi ter aproveitado a presença da líder da oposição em Braga para lhe fazer as suas queixas. A meu ver, a política, nesse sentido, não deveria ser para aqui chamada. Só complica!
2º- Como colmatar a deficiente máquina administrativa instalada na Academia?
Partilho esta sua opinião, aliás expressa num pequeno texto disponível no site da lista B. O problema é sempre o mesmo: será que mantendo-se o reitor em funções por mais ano e meio, vai mudar alguma coisa durante esse período? Já duas listas, pelo menos, se referiram à necessidade de operar uma descentralização na instituição: a lista B e a lista C. No entanto, a lista B quer mudanças já, e que não sejam só de cosmética Será que a outra também as quer já?
3º- Como implementar a "coesão" quando dentro da mesma academia co-existem diferentes exigências de qualidade e desempenho, geralmente em prejuízo daqueles a quem se impõem os maiores padrões de referência?
Bom, de facto tenho alguma dificuldade em responder a esta questão. Penso que quando algumas listas falam em coesão, não devem estar a pensar concretamente na questão quer coloca. Aliás, pode ser contraditório referir "descentralização" e "coesão" no mesmo texto, mas isso já nos leva a outro tipo de discussão. A meu ver este problema não tem solução fácil, porque em áreas diferentes os padrões de produção científica são necessariamente diferentes. Talvez esta questão e a outra que segue tenham uma mesma resposta.
4º- E como lidar com a tradição perniciosamente instalada na academia de desresponsabilizar ou mesmo desobrigar de exigência de qualidade e desempenho quem está no topo da carreira , mas, em contrapartida, demandar elevados níveis de resposta a quem está na base da carreira ou mesmo no início da profissão?
A resposta a que me refiro estará no próximo ECDU - Estatuto da Carreira Docente Universitária.Há elementos na lista B que participam activamente no acompanhamento dos esforços dos Sindicatos no sentido que se chegue a um ECDU justo. Para tanto, tem sido procurada a sensibilização e promovida a informação dos colegas via blogues, e-mails, etc. Eu tenho o que está ao meu alcance neste domínio.
5º- E como responder de forma concertada e eficaz a uma massa estudantil cada vez menos preparada para o raciocínio, para o estudo, imbuída de uma cultura de facilitismo, mas a quem, apesar de tudo, compete à universidade formar e preparar para o mercado de trabalho?
Não sendo a pessoa mais entendida neste assunto, remeto para textos de colegas meus da lista B, do IEC/IEP, que referem as mesmas preocupações e avançam algumas propostas. Enmtre essas proposta está, por exemplo:
Termino felicitando-o pela sua iniciativa, que espero que sirva de exemplo para outros e possa ser percebida como um contributo para que tenhamos um debate frutuoso sobre a universidade, especialmente nos dias de campanha que se aproximam.

Jaime Rocha Gomes

Missão, organização e sucesso

A universidade é portadora de missão comprometida com a viabilidade da nação e a realização de estilos de vida socialmente desejados e moralmente legitimados. No actual contexto, implica inovação e mudança, propiciadoras de ajustamentos a modos de fazer modelados por critérios de eficácia e eficiência. Estes são discutíveis mas, na medida em que integram carteira de competências organizacionais adoptada em centros de decisão que não controlamos e que definem as modas da gestão, não os podemos ignorar. Inovar metodologias, mudar processos e práticas tornou-se imperativo que assumiu forma de quase inquestionável racionalidade. Para o melhor e para o pior, passaram a constituir factores de excelência ou mesmo de sobrevivência organizacional. E este novo contexto exige novos conhecimentos e novas competências de direcção e gestão, exige novas formas e conteúdos de participação. Porém, aqui, talvez seja necessário lembrar: os limites da inovação e do desenvolvimento organizacional são os limites da imaginação construtiva e do imaginário partilhado pelos seus líderes e pelos seus membros.
Na construção do futuro, é preciso mais do que temos feito. Não basta convocar a missão formal, nos mais nobres documentos exibida e no quotidiano vivido omitida, é necessário adoptar novos critérios organizadores da conduta colectiva. A noção de eficácia e de eficiência não se compadece com formas de gestão autocráticas e afastadas da vida diária de quem faz a organização acontecer. Também não basta lembrar universais princípios democráticos, orientadores das relações funcionais e do trabalho quotidiano, quase esgotados na forma da participação e nos discursos de conveniência a cargo de auto-proclamados legitimadores. As práticas de gestão têm servido para muitas coisas, algumas louváveis e a adoptar como padrão de excelência, outras reprováveis à luz da sensatos valores de justiça e convivência, de eficácia e eficiência. Podemos lembrar a inexistência de plano estratégico discutido e partilhado, capaz de estimular a mobilização colectiva e de elevar a organização a admiráveis níveis de realização, podemos lembrar a iniquidade das condições de locomoção em segurança nos campi proporcionadas a pessoas afectadas por deficiências. Podemos lembrar a resistência passiva que colocou a reforma de Bolonha na galeria dos projectos desejáveis não realizados. Podemos lembrar os usos arbitrários do poder orgânico para reprimir a prometedora diferença e a desejável diversidade e promover a mediania padronizada.
Receio que não tenhamos razões para admirar a missão não actualizada nas práticas diárias porque esta pode ter sido mais usada como inspiradora em ritualizados momentos de dramatização institucional do que adoptada como critério da acção diária. Igualmente receio que também não tenhamos razões para comemorar a glória do uso que temos feito do modelo da gestão porque este é demasiadas vezes reduzido à forma da participação na tomada de decisões, sem equacionar nem os meios nem os fins da acção colectiva. Por isso, talvez seja necessário lembrar: a iniciativa organizada é mais promissora do que a participação espontânea e a responsabilidade não é um acidente da liberdade.
Creio que a maioria de nós deseja trabalhar numa organização que faça da participação organizada e da liberdade responsável seus inspiradores recursos éticos e operacionais. Isso talvez exija reaprender modos de ver e de fazer. Por isso, talvez seja necessário lembrar Almada Negreiros: “Nós não somos do século de inventar as palavras. As palavras já foram inventadas. Somos do tempo de inventar outra vez as palavras que já foram inventadas”. Porque é necessário valorizar os activos intangíveis da organização (conhecimento, criatividade, responsabilidade). Porque a excelência organizacional é compatível com a felicidade pessoal. Porque o futuro sempre chega. Silencioso e implacável. Por isso, eu acredito na promessa corporizada pela Lista B e a ela dei meu possível contributo.

Ivo Domingues

Instantâneos de uma conferência de imprensa


Instantâneos da conferência de imprensa em que a Lista B – Novos Desafios, Novos Rumos se apresentou à comunicação social, propondo um novo ciclo de governação para a Universidade do Minho. Pode ler os desenvolvimentos noticiosos, nos seguintes meios de comunicação: Correio do Minho, Diário do Minho, TV Braga.

"De como uma campanha se pode distanciar da realidade ...": uma interpelação pública feita às listas

«Caro(a)s colegas,
Faltam pouco dias para o acto eleitoral que vai configurar a constituição do órgão máximo de gestão da Universidade do Minho, aquele que definirá, para o bem e para o mal, o destino da academia minhota.
As várias listas têm vindo a apresentar os seus argumentos, em grande medida através de textos publicados em sítios da internet e divulgados pelo correio electrónico.
Em geral, as listas têm vindo a investir em textos ricos em adjectivos, alicerçados em frases procurando vincar fortes convicções sobre o destino, futuro, ideia da universidade. Fala-se da “universidade completa”, dos “projectos”, das “pessoas”, da “coesão”, da “inclusão”, etc. etc. mas pouco ou nada se diz acerca dos actuais problemas da academia e que soluções são propostas para os colmatar.
O que propõem as listas para resolver, por exemplo, o problema do financiamento da universidade ?
Ou para colmatar a deficiente máquina administrativa instalada na academia ?
E como corresponder às expectativas de carreira de uma massa silenciosa de colegas professores e investigadores, que apesar do mérito do seu trabalho e da sua dedicação à universidade, poucas ou nenhumas esperanças têm de progressão ? Como podemos estimular a excelência aqui ?
E como implementar “coesão” quando dentro da mesma academia co-existem diferentes exigências de qualidade e desempenho, geralmente em prejuízo daqueles a quem se impõem os maiores padrões de referência ?
E como lidar com a tradição perniciosamente instalada na academia de desresponsabilizar ou mesmo desobrigar de exigência de qualidade e desempenho quem está no topo da carreira , mas, em contrapartida, demandar elevados níveis de resposta a quem está na base da carreira ou mesmo no início da profissão ?
E como responder de forma concertada e eficaz a uma massa estudantil cada vez menos preparada para o raciocínio, para o estudo, imbuída de uma cultura de facilitismo, mas a quem, apesar de tudo, compete à universidade formar e preparar para o mercado de trabalho ?
E como vai a academia, de forma concertada e eficaz, desenvolver um plano de afirmação internacional num mundo cada vez mais dominado pela ciência e tecnologia de tradição anglo-saxónica, onde imperam as publicações ISI e menos os projectos de desenvolvimento ?
Etc. etc. etc.
Considero, que estas são algumas das linhas problemáticas que urge discutir, analisar e sobre as quais definir planos de resposta.
Apelo às listas candidatas para que o façam, voltando o seu discurso e esforço de reflexão paras estas questões mais imediatas, pois são elas que nos inquietam e que constrangerão o desenvolvimento da universidade nos tempos mais imediatos.
Não discutir estas matérias é estimular o divórcio entre a academia real e a campanha em curso, promovendo a abstenção ou até o voto de protesto, em branco, por exemplo.
Não discutir estas matérias é promover uma universidade a dois tempos … uma dos grandes discursos e planos estratégicos desprovidos de eco junto da realidade … e outra, a de todos os dias, dos problemas, incoerências, incompreensões, entregue a si própria e condenada ao desinteresse e descomprometimento.
Pensei que devia à academia esta breve reflexão em forma de alerta.
Saudações amigas,

Adérito Fernandes Marcos»
*
(reprodução integral de mensagem distribuída universalmente na rede electrónica da UMinho pelo colega que se identifica e que se reproduz aqui com autorização do autor, nos termos que o próprio assinala:
"Não vejo razões para que não seja publicado no fórum.
Pode publicar desde que me assegurem que o texto não venha a aparecer associado a uma ou outra lista candidata.
No actual estado da academia e das candidaturas, pauto-me por independente sem reservas.
Obrigado.
Adérito Marcos
")

Diário de Campanha (13) (12)

DIA DA UNIVERSIDADE – Na sessão solene do Dia da UM participaram à volta de 100 dos cerca de 900 professores que a universidade tem e que foram certamente convidados para esta cerimónia. Dá que pensar! Ou não dá?
INTERVENÇÕES – O Reitor insistiu nas críticas ao Governo e António José Seguro chamou a atenção para os "novos desafios" que se colocam às universidades. Nada de novo no que toca à UM.
PROBLEMAS - A UM precisa de rever muitas coisas na sua estrutura e acção. O problema da hiper-centralização é um deles (A Reitoria é o "sol" da Universidade). A transparência é outra (esta de haver um orçamento escondido, por exemplo, é inadmissível). A falta de informação empobrece a academia (precisa-se de uma publicação independente para debate de ideias e de problemas; Joaquim Fidalgo liderou um projecto promissor nesse âmbito, mas viu-se forçado a parar). E se fossem só estes os problemas…
ENSINO – O que mais interessa à UM? Um ensino de sucesso fácil e imediato expresso em notas ou um ensino de sucesso mais tardio mas confirmado na vida prática? O futuro dos licenciados é-nos indiferente?

António Cândido de Oliveira

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Novos Rumos, porquê? A necessidade de inovar!

As Universidades, pela sua importância cultural e socioeconómica, têm de se apetrechar para enfrentar novos desafios e solicitações, sob pena de se desvitalizarem. Assim, a adopção de políticas, de projectos e de modelos de planificação e gestão inovadores impõem-se como um requisito fundamental para robustecer a sua posição numa concorrência cada vez mais alargada e em que novas solicitações vão surgindo (Novos Desafios). Por outro lado, as Universidades, num cenário em que a competitividade para gerar e manter recursos é cada vez mais agressiva, devem perceber que a inovação se traduz na forma como se consegue alterar os modelos organizacionais (Novos Rumos), promovendo um maior valor acrescentado suportado pela vanguarda do conhecimento instalado na pluralidade dos seus membros.

No mundo contemporâneo, a questão da inovação tem vindo a ganhar força e a marcar a agenda política e económica, a vários níveis. Contudo, a aplicação desse conceito nem sempre tem sido devidamente fundamentada, podendo mesmo dizer-se que não existe uma definição consensual do mesmo. Mas, a inovação tornou-se um dos principais chavões nos discursos, o que tem também levado à sua banalização, pois é reconhecido que não se impõe só por ser proclamada.

Para surtir efeito, a inovação, deve estar suportada por um processo participativo, resultante do trabalho em equipas multidisciplinares, o que permite que seja alavancada pela vanguarda do conhecimento de uma forma articulada e cooperante. No contexto actual, apenas através da consciencialização e da mudança de paradigma se conseguirá adoptar um rumo que permita um maior envolvimento de todos, suportado por um verdadeiro movimento participado, e não de mera representatividade nos órgãos de governo da Universidade. Deste modo, pode referir-se que a inovação resulta da exploração bem sucedida de ideias que agregam em si mais valia para quem as promove e para os utilizadores (Novos Desafios, Novos Rumos).

Por fim, permitam-me um desafio: que a comunidade de Professores e Investigadores da UMinho consiga ser inovadora na forma de abordar o acto eleitoral para o Conselho Geral, já no próximo dia 2 de Março. Sejamos criativos, promovendo uma forte participação que dê um sinal para o exterior e exprima a nossa ligação ao rumo vindouro da instituição.

Para uma leitura do texto completo consulte o site
http://www.um-novosdesafios.net/forum.html.

Braga e Universidade do Minho, 17 de Fevereiro de 2009
Rui A. R. Ramos

Lista B - “Novos Desafios, Novos Rumos”

Diário de Campanha (15) (14)

PROGRAMA – O Senhor Reitor da UM (que muito respeito) disse em resposta a um jornalista que o questionou sobre o desafio lançado pela Lista B quanto à eleição de novo reitor que tem “alguma dificuldade em perceber o que é programático nessa candidatura”. A dificuldade do Senhor Reitor resolve-se muito facilmente: basta ir à página da lista e ver o que lá está na secção “Programa”. Acresce que iniciar um novo ciclo com novos órgãos (Conselho Geral e Reitor) é já uma marca do programa da Lista B.
RELATÓRIO E CONTAS de 2008 - No passado fim de semana, o Reitor da UM apresentou, em conferência de imprensa, devidamente anunciada, o relatório e contas de 2008. No dia seguinte, os maiores títulos da imprensa eram estes: “Orçamento da UM não chega para 2009” (CM); “Orçamento da UM para 2009 é insuficiente e vai obrigar a cortes” (DM).
ESPANTO! - Perante estes títulos o espanto é natural: a reunião com a imprensa foi para falar do relatório e contas ou do orçamento? E se foi para falar do orçamento onde é que ele está?
ONDE ESTÁ O ORÇAMENTO? - Não se sabe onde ele está e, pelo que se lê, existe algo que deve ser parecido com um orçamento e é um documento preocupante, pois a UM anuncia, desde já, que não está em condições de cumprir os seus compromissos.
DÚVIDA - Contudo a dúvida permanece. Como é que a UM, através do seu Reitor, afirma que não terá mesmo possibilidade de cumprir os seus compromissos se não apresenta o orçamento? Não é, pelo menos, estranho?
REUNIÕES – Reuniu hoje, segunda-feira, a Comissão Eleitoral (reunião sem grandes problemas) e reuniram os mandatários para preparar os debates entre as listas dos professores (nova reunião 4ª feira para tentar chegar a acordo).
DIA DA UNIVERSIDADE – Amanhã é o Dia da Universidade. Gostaria muito mais de ver como convidado especial um membro do Governo para (tentar) explicar perante a academia a política do ensino superior, nomeadamente a política de financiamento, do que um deputado por muito distinto que seja e por muito apreço que nos mereça. Esta solução de recurso facilita a vida ao Governo.

António Cândido de Oliveira

35º aniversário da UM

«Dia da Universidade do Minho

Parabéns à Academia!

Apesar dos problemas, apesar da crise,
continuaremos a lutar por um novo ciclo na vida da Universidade do Minho

Lista B
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Novos desafios, novos rumos
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(reprodução de mensagem/comunicado distribuida/o entretanto universalmente na rede electrónica da UMinho)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

QUO VADIS Universidade do Minho (2)

1.
Um dos mais exigentes desafios da próxima década, e por isso também mais aliciantes, prende-se com a construção do Espaço Europeu de ensino superior (decorrente do processo de Bolonha), para o qual as universidades devem preparar-se, aprofundando mecanismos de autoavaliação e de avaliação externa. A Universidade do Minho não deve ficar alheada deste movimento, antes pelo contrário, deve participar nele de forma activa e retirar daí o máximo benefício em proveito dos seus alunos, razão de ser da sua existência.

2.
No contexto nacional, a UM pode considerar-se duplamente periférica: na sua região de implantação (Norte de Portugal) e relativamente ao centro do poder político nacional de que muito depende a definição das suas políticas institucionais. O actual sistema de financiamento e a “tradicional” visão dos poderes nacionais e regionais têm confluído no estreitamento da sua margem de manobra, que só foi superada, no passado distante, com a compensação de um poder de influência política que se manifestou de forma desproporcionada relativamente a esta dupla periferia. Esta apreciação pode ser demonstrada à saciedade pela situação que se tem vivido nos anos mais recentes, onde a reduzida capacidade de influência política da actual reitoria se tem manifestado deficitária para garantir as suas políticas institucionais.

3.
Para atender a este tipo de desafios, há sempre várias abordagens possíveis: uma abordagem de “evolução na continuidade”, com grandiloquentes princípios de adaptação da situação actual com pequenos passos de aparente mudança, mas mantendo substancialmente tudo na mesma; uma visão edílica de como seria uma universidade “ideal” que nunca existirá e que tolda a visão dos decisores para uma efectiva adaptação à realidade em permanente evolução; uma outra ainda que, partindo da situação actual e adoptando uma visão estratégica de antecipação do futuro, propõe passos seguros de mudança numa política reformista, pragmática e de consolidação progressiva.
Perfilhamos esta última visão.

4.
A defesa intransigente dos interesses da UM junto da tutela, promovendo e exercendo influência política, deve ser o ponto de partida para a sua reconsideração como universidade de referência para as políticas institucionais do ensino superior público nacional.

5.
É crucial o aprofundamento de programas de acção inovadores que visem a atracção de financiamento, de investigadores e de novos talentos, através de investigação de excelência, elevada qualidade dos projectos pedagógicos, transferência de conhecimentos exemplar, abertura com a indústria, cultura interdisciplinar, elevada empregabilidade dos diplomados e internacionalização em todos os aspectos, com particular enfoque para os países lusófonos.

6.
A criação de ambientes de trabalho saudáveis e a estruturação de políticas sociais inclusivas para toda a Academia, mantendo uma relação estreita com os seus ex-alunos, devem constituir prioridades para, de forma consequente, transformar a Universidade numa comunidade de afectos.

José M. P. Vieira

Obs: uma versão mais desenvolvida deste texto está disponível no fórum do nosso sítio (isto é, da Lista B - Novos Desafios, Novos Rumos)

A segurança de expressar opinião

Em tempos de dificuldade e mudança como os que hoje vivemos, na Academia como na Vida, há duas atitudes que a maioria de nós equaciona de imediato: ficar quieto e deixar passar a “tormenta” ou agir para tentar correr à frente! Ainda que pareça intuitivamente que ficar numa massa indefinida e anónima, esperando para ver o que acontece, garante menos sobressaltos, a realidade é que a capacidade de intervir no rumo que outros definirem deixa de ser opção e tornando-nos, repentinamente, muito vulneráveis. Assumir e fazer saber aquilo que acreditamos, atrevermo-nos a discutir e contribuir para a construção da Academia que seremos, surge assim como uma possibilidade de tornar mais previsível o “caminho” e por isso mais seguro nos desafios e expectativas que permitirá atingir.
Porque acredito que precisamos de nos sentir seguros, hoje muito mais do que noutras alturas, para desempenhar, com a excelência que se exige, as tarefas que a profissão que escolhemos implica, desafio-os a ser previdentes e a ter opinião! As eleições que se avizinham são uma boa oportunidade!

Lista B, com todos seremos UM!

Graça Soares

Eleições para o Conselho Geral: alguns protagonistas




domingo, 15 de fevereiro de 2009

Diário de Campanha (18)(17)(16)

CONFERENCIA DE IMPRENSA – Decorreu com muita vivacidade e participação a conferência de imprensa do dia 12. Muitas perguntas directas e muitas respostas claras sobre a situação actual da Universidade, sobre a Reitoria, sobre o Conselho Geral e sobre o futuro próximo. Veremos o que diz a imprensa amanhã.
BOLETIM INFORMATIVO N-º2 - Quem não tem meios financeiros faz uma campanha barata. O nosso boletim é exemplo disso. Está em distribuição e no sítio da Lista B.
(12.2.09)
IMPRENSA – O Correio do Minho, o Diário do Minho e o Jornal de Notícias dão informação sobre a conferência de imprensa de ontem. No essencial está lá o que pensamos. Há sempre uma ou outra coisa que não exprime bem o que dissemos ou que não está devidamente. Contextualizada.
REITOR – Por exemplo, quando se lê em título” É prematuro falar na escolha de um reitor”, o que se pretendeu dizer é que é prematuro indicar agora o nome de um candidato a reitor. Já não é prematuro dizer que com as eleições para o conselho geral se inicia um novo ciclo e que ele implica a escolha de um novo reitor. Aliás, tem plena lógica.
TEXTO – Para ver bem o pensamento da lista B sobre este e outros assuntos existe o texto da conferência de imprensa divulgado no nosso sítio.
COMUNICAÇÃO SOCIAL – Não foi só a imprensa que esteve na CI. Também a rádio e a TV Braga. Os meios de comunicação deram uma boa cobertura a este acto.
RELATÓRIO DE ACTIVIDADES - A UM fez hoje a apresentação do relatório de actividades de 2008. Existe notícia na página da UM.
(13.2.09)
IMPRENSA – Os grandes títulos dos diários locais de hoje não são sobre o relatório de actividades mas sobre um orçamento que continua por publicar, julga-se. Títulos que metem medo!
NANOTECNOLOGIA –O reitor da Universidade do Minho (UM) afirmou ontem ser «muito estranho» que a instituição que dirige tenha sido colocada de fora da comissão instaladora do Instituto Ibérico de Nanotecnologia, que está a ser criado em Braga. Embora não o referindo expressamente, Guimarães Rodrigues deixou implícito que o estabelecimento está a pagar a factura por ter ousado enfrentar o Governo na questão do financiamento do ensino superior e por se recusar a entregar a sua autonomia nas mãos do poder político (Do Diário do Minho de 14.2.2009). Se isto foi assim, a UM não pode ficar calada. Tem de ser consequente. E tem de tomar uma posição firme e muito clara apoiada na Academia.
(14.2.09)

António Cândido de Oliveira

sábado, 14 de fevereiro de 2009

UMa UMinho Promotora de Saúde

Os estudos epidemiológicos revelam que muitas doenças transmissíveis como a SIDA e a tuberculose e não transmissíveis, como as doenças cardio e cerebrovasculares, alguns cancros (como os do pulmão, da mama, do estômago, do cólon e do útero), a diabetes mellitus, a doença obstrutiva crónica do pulmão, e muitas outras patologias e incapacidades, estão frequentemente relacionadas com o estilo de vida das pessoas. Entre os componentes do estilo de vida associados a essas doenças estão: o consumo de álcool e de tabaco, a alimentação desregrada, o excesso de peso e a obesidade, a insuficiente actividade física, a má gestão do stress, o abuso das drogas, e factores de natureza socioeconómica geradores de fenómenos de violência e exclusão social. Sabe-se que os comportamentos das pessoas estão relacionados com uma complexa constelação e interacção de factores biológicos, psicológicos, micro e macrossocias e ambientais. Inspirados no conceito de Escola Promotora de saúde, pensamos que a via considerada actualmente como mais promissora para Promover a Saúde e a Educação para a Saúde de toda a comunidade académica (dos alunos, dos professores e dos funcionários) e da comunidade envolvente, será através da criação de uma Universidade Promotora de Saúde (UPS). Uma UPS pode ser caracterizada como uma instituição que procura constantemente um estilo de vida, de aprendizagem e de trabalho propício ao desenvolvimento da saúde.

As Universidades Promotoras de Saúde

A principal finalidade da UPS é contribuir para o desenvolvimento da saúde e da educação para a saúde dos seus alunos e da comunidade onde se insere. A construção de uma UPS, apoia-se nas seguintes dimensões: Curricular, Psico-social, Ecológica, Comunitária e Organizacional (Navarro, 1999).
A Dimensão Curricular, diz respeito ao que formalmente é ensinado. É importante que tanto alunos como professores sejam capazes de ligar, cada vez mais e mais facilmente, os conteúdos das disciplinas à vida. No que à saúde diz respeito, devem proceder à “infusão” de temas de saúde em todo o currículo (qualquer UC pode e deve ligar os assuntos da sua disciplina à vida e à saúde). Outro contributo no domínio curricular que a Universidade pode e deve adoptar, no sentido da promoção da saúde, é a de criação de UC de Educação para a Saúde, (de âmbito facultativo para os alunos em geral e de carácter obrigatório para os alunos dos cursos de ensino, tal como recomenda o ME).
A Dimensão Ecológica, tem como objectivo a preservação e melhoria de todos os espaços onde se processa a vida escolar (salas de aula, espaços exteriores, casas de banho, instalações desportivas, cantinas, bufetes, etc.).
A Dimensão Comunitária, tem em vista a integração da Universidade na vida da comunidade de que faz parte (quer se queira, quer não) e o aproveitamento dos recursos para uma melhoria dos resultados. Implica intervenções em dois sentidos: da Universidade para a comunidade e vice-versa.
A Dimensão Psico-social, refere-se ao clima e à cultura da Universidade. Esta dimensão tem como objectivo aumentar o prazer de trabalhar na instituição e o sentimento de pertença a esta organização. É desejável o estabelecimento de um ambiente de solidariedade e entre-ajuda que possibilite evitar conflitos e sanar precocemente os que inevitavelmente surgirem.
A criação de uma UPS não é um processo fácil, mas todos juntos, podemos ajudar a fazer uma UMinho melhor.
José Precioso

Porque sou membro da Lista B

Sou uma das pessoas que votou em branco nas eleições para a Assembleia Estatutária. Fi-lo por conhecer razoavelmente bem várias das pessoas proeminentes das duas listas então existentes. Conhecia também as práticas efectivas de gestão de poder institucional por parte de essas mesmas figuras e não vislumbrava grandes diferenças entre as duas listas. Olhava para elas e pensava ‘quanto mais se muda, mais tudo fica na mesma’, expressão utilizada nos anos 60 por freiras católico-romanas face às promessas de ventos novos do Vaticano II.
Quando comecei a ver anunciados espaços livres de debate coordenados por alguns membros da actual lista B, decidi lá ir. Nunca havia muita gente, mas os debates eram profícuos e a presença de pessoas de outras universidades permitia vermos a realidade do RJIES de maneira diferente de quem vive na ilusão de a Universidade do Minho ser uma espécie de axis mundi, numa obsessão paranóica que tem prejudicado muitos de nós em jogos de poder completamente desproporcionados com aquilo que pode constituir mundos de sentido para pessoas que vivam como pessoas inteiras e não como monstros de trabalho bruto e de vontade de poder insaciável.
Algo que me agradou de imediato neste grupo de pessoas foi a capacidade de aliar a ironia sem humilhação de ninguém. É uma das características que ainda hoje reconheço nas pessoas que constituem a lista B. Não há espaço para ataques pessoais, mesmo que se tratem de nossos adversários políticos.
Outro aspecto de que me orgulho de falar é a total liberdade que encontramos dentro da lista. Qualquer pessoa pode discordar da maioria, e até das pessoas mais visíveis da lista. Pode dizer-se o que se pensa, seja qual for a posição académica que possuamos, seja qual for o assunto em questão.
Isto incentiva imenso trabalharmos em equipa; todos estamos sempre dispostos para contribuir naquilo que for necessário; caso alguém não possa fazer algo que lhe é pedido, nunca surge desconfiança, mas antes certeza de que, naquele momento, a pessoa em questão está demasiado ocupada. Acredita-se que quando for possível, se disponibilizará novamente. E assim tem sido.
Resumindo, com este grupo de pessoas (que é sempre alargado, pois temos o princípio de poder sempre ‘trazer um amigo’) encontrei um espaço de debate sério, livre e de cooperação que nunca encontrei em cerca de 20 anos a trabalhar na Universidade do Minho. Independentemente dos resultados que viermos a obter nestas eleições, tem sido uma lição de democracia muito estimulante.
Por fim, permitam-me um desabafo…é impensável qualquer um dos catedráticos envolvidos na lista B ameaçar colegas recém-doutorados por pertencerem a uma lista (a nossa), sem ‘terem pedido autorização prévia’…!!
Clara Costa Oliveira

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Recortes de imprensa 3


Conferência de Imprensa de 12 de Fev.pp.: texto distribuído à imprensa

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

Cara(o) Colega

Tenho o gosto de lhe enviar o texto que foi distribuído na nossa Conferência de Imprensa de ontem (dia 12).

Pel' A Lista B
Eduarda Coquet
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(reprodução de comunicado/mensagem distribuído/a universalmente na rede da UMinho esta tarde)
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Juntos, podemos mudar a UM!

Recortes de imprensa 2

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Recortes de imprensa 1


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