sábado, 31 de janeiro de 2009

A Universidade ao serviço da sociedade: 1ª parte - ensino

A qualidade do serviço da Universidade deverá, entre outros aspectos, medir-se pela utilidade desse serviço a favor da sociedade envolvente. Desde logo, ao nível da formação de profissionais qualificados que coloca efectivamente no mercado, da investigação que pratica e dos serviços de natureza técnica e/ou científica que presta à comunidade.
Nas diversas avaliações externas independentes a que tem sido sujeita, a nossa Universidade tem, de modo geral, sido bem avaliada, nas várias componentes atrás mencionadas. O que, sendo motivo de satisfação, não nos deve impedir de realizar uma reflexão crítica sobre a utilidade que, de facto, temos tido, para a sociedade. Por forma a encontrar pontos onde, eventualmente, possamos melhorar ainda a nossa capacidade de servir. Vejamos então alguns tópicos que me parecem com alguma relevância para o tema:

Ensino
Parece evidente que o ensino deverá estar adaptado às reais necessidades do mercado de trabalho, começando pela escala local (a que mais óbvia capacidade empregadora tem) e indo até à escala europeia. Para tal, as ofertas de ensino deverão estar ajustadas ao mercado. Nem sempre tem sido assim, não tendo havido sempre essa preocupação. O que levou ao desaparecimento precoce de algumas ofertas a que estavam associados níveis de procura e de empregabilidade reduzidos. As recentes reformulações para adapatar o nosso ensino aos compromissos de Bolonha deveriam, por isso, ter constituído uma oportunidade para repensar estes aspectos. Todavia, a forma precipitada e algo ligeira com que o processo foi encarado pelos nossos dirigentes, e que culminou com algumas “imposições” e pouco debate, consagrou o desperdício dessa oportunidade que estava aberta, pelo menos nalgumas das Escolas. A título de exemplo, pergunto que utilidade tem para o mercado (e para os nossos alunos) que, em determinados projectos de ensino de Engenharia, o primeiro ciclo conduza a licenciaturas designadas de “Licenciatura em Ciência da Engenharia de ...”. Esse primeiro ciclo deveria, segundo o princípio de Bolonha, preparar profissionais qualificados para entrar no mercado de trabalho. O que, na minha opinião, não parece estar garantido desde logo. Há, por isso, no meu entender, aspectos que devem ser repensados, de forma o mais participada possível. Esses processos só são possíveis com uma estrutura dirigente da Universidade que aposte na participação efectiva dos seus membros na definição dos assuntos importantes. E muito dificilmente o serão se assentes no modelo centralista que foi instituído internamente nos últimos anos.

(continua em breve: 2ª parte – Investigação)

Fernando Castro
(Departamento de Engenharia Mecânica, EEng.)

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Diário de Campanha (32)

Lista Plural e Liberdade de Crítica

A lista B, em que estou inserido, nas eleições para o Conselho Geral da UM é uma lista plural. Une-nos, é certo, a vontade de contribuir para uma universidade do Minho que vá cada vez mais longe na leccionação, na investigação e na ligação com a comunidade em que se insere. Une-nos também o desconforto com a situação actual da UM e estamos essencialmente de acordo com os rumos que esta deve tomar. A partir daqui cada um tem o seu modo de exprimir os seus pontos de vista e pensa pela sua cabeça.

Pelo que me toca, tenho um modo de ser que procura respeitar muito as pessoas (dificilmente me verão a dizer mal de uma pessoa enquanto tal, procurando antes compreendê-la até ao limite) sem deixar de criticar os seus actos ou a sua actuação sempre que no meu entender o mereçam. Problema diferente é saber se temos um ambiente acolhedor da crítica como deveríamos. E deixo uma pergunta: Há um clima de liberdade de opinião crítica dentro da Universidade do Minho?

António Cândido de Oliveira

Transformar a cultura institucional da UMinho

Já vai no adro o processo eleitoral com vista à constituição do Conselho Geral, órgão da mais alta importância no futuro da UM. Todavia o processo democrático em curso não deverá focar-se apenas na discussão sobre o entendimento de cada lista quanto às funções do CG e o modo como se articulam com os restantes órgãos de poder. É importante, é necessário que neste processo democrático se debata a Universidade, em que órgãos e pessoas exercem poderes. E uma parte importante desse debate incide em questões como:
- Que concepção de poder defendemos na Universidade?
- Que cultura institucional subjaz ao exercício do poder nesta Universidade?
- De que “maturidade democrática” se fala? A dos sujeitos suficientemente “maduros” para serem eleitos ou a da instituição?
1. A concepção do poder académico nos diversos níveis hierárquicos e órgãos, é uma dimensão fundamental da cultura universitária. Aí se decide se a Universidade se caracteriza por uma cultura democrática ou por uma cultura autoritária. Aí se decide se a cidadania e o humanismo são apenas figuras de retórica, ou se têm um significado substantivo, vivido em sentimentos de satisfação e bem-estar, no quotidiano das pessoas.
Numa sociedade democrática, alicerçada no Estado de Direito, a todas as formas de poder está cometida a nobre função de promoção do bem comum, exercendo-se sempre no pleno respeito pela dignidade humana.
Os exemplos em que os poderes perseguem interesses pessoais e de grupo, tendem a promover um clima de opressão, de violação dos legítimos direitos das pessoas e de privação da liberdade de expressão. Nesse contexto institucional a criatividade definha, a inovação e a capacidade empreendedora das pessoas dão lugar à passividade, instalam-se a desconfiança e as estratégias individuais de sobrevivência, as relações interpessoais degradam-se e deixa de haver espaço para saudáveis dinâmicas de trabalho em equipa. Não é pois legítimo invocar-se valores de participação democrática olhando para cima, fincando bem as botas em cima dos que estão por baixo.
Questionemo-nos então, como eleitores, quem, pela sua vivência e conduta académica, é merecedor de confiança para a promoção de uma concepção de poder ao serviço do bem-comum e para a promoção de uma cultura universitária democrática por oposição à cultura autoritária em que vivemos.
2. O exercício do poder académico democrático não estabelece linhas de balcanização que colocam de um lado os que lhe são “próximos” e de outro os que assumem a liberdade de uma postura independente. Isso é frequente entre nós, e não raras vezes se tomam os primeiros como paladinos do bem da instituição e os últimos como os inimigos da instituição. Esta forma de maniqueísmo perversa precisa de ser erradicada da Universidade do Minho. Questionemo-nos então, como eleitores, quem nos oferece, por actos e não por palavras, as melhores garantias de promover uma cultura democrática de equidade e de justiça na forma como o poder se relaciona com os membros da Academia, quaisquer que eles sejam.
3. Só um poder académico de cultura democrática se subordina à Lei e ao Estado de Direito. Não pode haver dúvidas quanto à garantia da legalidade dentro da UM. Se assim não for alastra a todo o tecido institucional a ideia de ausência de um poder arbitral, isento e independente, que actue em conformidade. Instalam-se por diversos recantos da instituição poderes discricionários que impunemente actuam à margem da Lei. Questionemo-nos então, como eleitores, quem nos oferece, pelo exemplo da sua conduta académica, a garantia de promover uma cultura institucional de absoluto respeito pela legalidade e de garantia dos direitos legalmente protegidos a todos sem excepção.
4. O engrandecimento da Universidade do Minho é indissociável de uma transformação da sua cultura institucional. Torna-se então necessário trabalhar no sentido de dotar a Universidade do Minho de um conjunto de valores de integridade académica, de mecanismos de auto-regulação eficazes e de instâncias de recurso, com indiscutíveis garantias de isenção e imparcialidade.
5. Há muitos anos defendo empenhadamente valores e princípios que tornaram a minha vida académica particularmente difícil e penosa. Não há nisso nenhum especial mérito meu pois limitei-me a acções que a minha legítima defesa impunha. Partilho agora do espaço de discussão, de reflexão e intervenção académica que é o Movimento Novos Rumos, Novos Desafios. Este Movimento apresenta uma lista ao Conselho Geral apenas como uma das suas formas de intervenção académica. Aí estarei, não para delegar nos eleitos ao CG a defesa de ideias, projectos e princípios, mas para com eles dialogar na construção e definição dos mesmos. Nesse Movimento continuarei para além das eleições no propósito de contribuir para a transformação de um cultura académica autoritária numa cultura académica democrática, que pense no bem-estar das pessoas. E só assim seremos verdadeiramente criativos, produtivos e engrandeceremos a Universidade do Minho.

Joaquim Sá


(reprodução integral de texto distribuído universalmente na rede da UMinho, pelo autor, ontem)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A Autonomia das Escolas

Os novos estatutos da UM não contemplam a autonomia financeira das Escolas. É caso para perguntar: porque não? Quando temos pelo menos uma Escola, a de Engenharia, que tem receitas que o justificariam, e eventualmente outras Escolas que, mesmo que não se justificasse em termos de receitas, teriam muito a ganhar com a descentralização da Divisão Financeira. Nos estatutos há institutos minúsculos que gozarão de autonomia financeira, designados por unidades diferenciadas (artº 108), sem que seja explicado o que são. Só há duas, uma delas sendo o Instituto Confúcio, que divulga a língua Chinesa. E o Instituto de Letras e Ciências Humanas não divulga línguas? É caso para perguntar: poderia o ILCH ser considerado uma unidade diferenciada e gozar de autonomia financeira? Quais são os critérios?
Há casos de espera de vários meses para pagamentos de facturas ou reembolsos pela Universidade. Os recursos são exíguos, pelos vistos, tanto na Divisão Financeira como na Tesouraria. No entanto, temos espalhados pelas unidades funcionários que poderiam fazer esse serviço aliviando estes dois serviços centrais. Houvesse autonomia de outras unidades, que poderiam ser também diferenciadas, pela sua especificidade, como a de Engenharia, e os prazos encurtariam de que maneira. Isto não quer dizer que obrigatoriamente não houvesse um acordo em que uma percentagem das receitas das unidades com autonomia financeira não continuasse a ser transferida para a UM, como sejam, os "overheads" dos projectos financiados e dos serviços prestados ao exterior. Por uma questão de coesão. Com o papão da Fundação, muitos conseguem os seus objectivos do controlo centralizado no Largo do Paço. Não se trata de fazer uma Fundação, mas sim de agilizar o fluxo das verbas e os pagamentos.
Ganhávamos todos com esta mudança, creio, mas mudança é algo que não se vislumbra nestes estatutos e neste aspecto, o da autonomia financeira, também não há excepções.

Jaime Rocha Gomes

Diário de Campanha (33)

Um diário com estas características tem o conteúdo que os acontecimentos obrigam e assim se explica que só hoje dê conhecimento de alguns elementos, que conseguimos obter junto dos respectivos serviços, sobre a Universidade do Minho que nos parecem de todo o interesse e que a grande maioria de nós desconhece no seu detalhe. São dados referidos a 31.12.2008.
1. O número total de alunos da UM é de 15.934.
Destes, 12.038 inscritos em licenciaturas e mestrados integrados; 2.743 em cursos de mestrado e especializações e 1.153 inscritos em doutoramento.
2. O número total de docentes é de 1.146 (incluindo 19 monitores).
Destes docentes, 830 são doutorados e 52 são investigadores ( 50 com o grau de doutor).
3. O número total de funcionários é de 678.
Este número não inclui os trabalhadores dos Serviços de Acção Social
Temos uma Universidade que é uma das primeiras do país e que tem possibilidade de ir mais além no ensino, na investigação e no serviço à comunidade em que se insere. É para isso que devemos trabalhar.

António Cândido de Oliveira
*
PS - A Universidade do Minho, através da Comissão Eleitoral que a representa, combinando uma interpretação duvidosa do regulamento eleitoral com um formalismo manifestamente excessivo e inaceitável, confirmou a exclusão das eleições para o Conselho Geral de uma lista concorrente e, ao mesmo tempo, fechou a porta à participação dos mandatários na reunião que efectuou no dia 28.

Lista B - “Novos desafios, Novos Rumos”

Cara(o) Colega:
Com a aceitação definitiva das listas dos professores e investigadores estabilizou-se o quadro das candidaturas destes ao Conselho Geral da Universidade do Minho, que ficou assim definido:
Lista A, que concorre com o lema “Universidade Cidadã” e tem como cabeça de lista o Colega Licínio Lima; Lista B, que concorre com o lema “Novos desafios, Novos Rumos” e tem como cabeça de lista a Colega Eduarda Coquet; e Lista C, com o lema “Uma Universidade com futuro” e que tem como cabeça de lista o Colega António Cunha. A ordem das listas resultou de sorteio.
O processo eleitoral está assim em curso, decorrendo agora um período de pré-campanha. O acto eleitoral propriamente dito terá lugar no dia 2 de Março de 2009.
Nesse dia serão escolhidos 17 dos 23 membros do Conselho Geral, órgão máximo de governo da UM e que tem por missão nomeadamente escolher o Reitor. Desses 17 membros, 12 serão representantes dos professores e investigadores; 4 serão representantes dos estudantes e 1 dos funcionários, todos escolhidos pelos respectivos pares.
Estes 17 membros cooptarão, em seguida, 6 elementos externos (personalidades de reconhecido mérito) para completar a composição do órgão.
Para colher mais informações sobre estas eleições e sobre os pontos de vista da lista B poderá a(o) colega consultar o sítio http://um-novosdesafios.net/ e o blogue nele incluído que terão sempre informação actualizada.
Ao longo destas semanas esperamos ter a possibilidade de o contactar de uma forma mais pessoal, esperando que a Universidade coloque ao nosso dispor os meios necessários para o efeito.
Com as melhores saudações,
Maria Eduarda Ferreira Coquet
Primeira candidata efectiva da Lista B
UM-novos desafios,novos rumos
*
(comunicado distribuído universalmente na rede eletrónica da UMinho nesta data)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Diário de Campanha (34)

A Universidade do Minho, através da Comissão Eleitoral que a representa, excluiu das eleições para o Conselho Geral uma lista candidata representante dos estudantes.
Porque procedeu assim a Universidade do Minho?
Porque a lista não tinha candidatos? Não, ela tinha o número de candidatos efectivos e suplentes exigidos.
Porque não tinha subscritores? Não, ela tinha o número de subscritores regulamentarmente necessários.
Porque não tinha mandatário? Não, ela indicou o mandatário.
Então porquê, se a lista tinha o que é essencial?
Apenas porque o mandatário não teria assinado em devido tempo um papel que ela entendeu como indispensável e que nem sequer o regulamento eleitoral refere!
Assim trata (mal) a UM os seus membros. Foi uma lista de estudantes, mas poderia ser de professores ou funcionários.

António Cândido de Oliveira

Informação sobre a concorrência

Vista a mensagem electrónica distribuída hoje na rede da UMinho e assinada pelo respectivo cabeça-de-lista, ficámos, finalmente, a conhecer o endereço do sítio da lista C, candidata às eleições para o Conselho Geral da Instituição, que se apresenta sob o "slogan" para uma universidade com futuro! Porque prezamos a concorrência e o debate sobre os caminhos a trilhar pela Instituição, deixamos de seguida o respectivo endereço; a saber: http://www.futuro-uminho.org/.
Entrando no sítio, aparte a foto de família que o emoldura, e um ou outro primor técnico, fica a escapar-nos a razão da demora na sua divulgação. Obviamente, será preciso descontar a dificuldade de juntar todos aqueles colegas, mesmo porque alguns terão dificuldade em cumprimentar-se.
Já agora, lembramos que o endereço electrónico da concorrente sorteado como lista A é o seguinte: http://www.universidadecidada.blogspot.com/.
Dada a notícia e enunciada a saudação que é devida aos concorrentes, ficamos agora a aguardar que a campanha "comece" e revele elevação e qualidade. Será talvez pedir demasiado. Pedir não custa, no entanto.
*

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Diário de Campanha (35)

Mandatário sofre…

Diz o Regulamento Eleitoral para as Eleições do Conselho Geral da UM no seu artigo 5.º que a “A Comissão Eleitoral integra ainda um representante de cada lista candidata, os quais participam nos trabalhos, sem direito a voto, podendo lavrar protestos em acta” (n.º 3) e diz mais que compete à Comissão “decidir sobre a admissibilidade das listas” (n.º 4). Ora a Comissão Eleitoral resolveu reunir no passado dia 23 e tomar deliberações sem que nessa reunião participassem os representantes das listas como deviam (não foram notificados para participarem).
Nessa mesma reunião foi excluída uma lista (ver acta transcrita neste blogue) sem que ela se pudesse defender e com base em argumentos excessivamente formais e muito pobres.
A Comissão Eleitoral não pode esquecer que, na dúvida, deve aproveitar-se uma lista e que só erros graves podem determinar a sua exclusão. É jurisprudência dos tribunais.
Invoca-se a simples falta de uma assinatura do mandatário da lista em devido tempo, sendo que nem sequer está previsto no regulamento que ela seja obrigatória (artigo 7.º, n.º 2)!

António Cândido de Oliveira

Lista B - candidatura ao Conselho Geral: breve nota biográfica da colega cabeça-de-lista

NOTA BIOGRÁFICA
MARIA EDUARDA FERREIRA COQUET:
Professora Associada de nomeação definitiva do Departamento de Expressões Artísticas e Educação Física do Instituto de Educação; Artista Plástica.

- QUALIFICAÇÕES ACADÉMICAS:
Licenciada em Artes Plástica, Mestre em Literatura e Cultura Portuguesas pela Universidade Nova de Lisboa e doutorada em Arquitectura – Comunicação Visual pela Universidade Técnica de Lisboa.
- QUALIFICAÇÕES PROFISSIONAIS:
Foi docente efectiva do 2º e 3º ciclo do Ensino Básico, do Ensino Secundário (liceal e técnico), e é docente da Universidade do Minho desde 1989.
- PRINCIPAIS CARGOS E FUNÇÕES:
Coordenadora do Grupo Disciplinar de Expressões Artísticas (desde 1995)
Directora do Departamento de Expressões Artísticas e Educação Física (2004 – 2008)
Directora dos Cursos:
A nível de licenciatura:
1) CESE em Educação Infantil e Básica, ramo Educação Visual;
2) Curso de Complemento de Formação Científica e Pedagógica em Educação e Expressão Físico-Mototra, Musical, Dramática e Plástica;
3) Curso de Complemento de Formação Científica e Pedagógica em Educação Visual e Tecnológica, Educação Visual e Artes Visuais;
A nível de Mestrado:
. Curso de Mestrado em Estudos da Criança, especialização em Comunicação Visual e Expressão Plástica.
Membro da Comissão directiva dos mestrados:
Cursos de Mestrados em Estudos da Criança das especializações em Educação Musical e em Educação Física e Lazer
Membro da Comissão Directiva do Centro de Investigação em Estudos da Criança – CESC (1996 - 2000)
Coordenadora da Linha de Investigação em Expressões Artísticas (1996 - 2000)
Vice-Presidente do Instituto de Estudos da Criança (1998 - 2002 e desde 2008)
Coordenadora de um grupo de Especialistas da Área Artística da Direcção Geral do Ensino Superior.
- PRODUÇÃO INTELECTUAL E ARTÍSTICA:
Autora e Co-autora de umas dezenas de livros, capítulos de livros e artigos e com cerca de uma dezena de Exposições Públicas, individuais e colectivas, entre Porto, Braga, Tibães e Madrid.
*
UM-novos desafios, novos rumos

Diário de Campanha (37) e (36)

Terminei o último diário dizendo que apresentaria uma proposta que poupasse a realização de eleições. A “proposta”, inspirada na abertura de uma lista de apoiantes por parte da Lista A, é, em traços gerais, simples. Em vez de eleições, cada lista recolhia o nome dos eleitores seus apoiantes e apresentava-os num dia a combinar ao presidente da comissão eleitoral e esta só teria de os contar e aplicar o método d’Hondt. Poupava-se o período de informação, esclarecimento e debate. Também não seria preciso ir às mesas de voto e muito menos fazer fila…

António Cândido de Oliveira

(25.1.09)

sábado, 24 de janeiro de 2009

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Diário de Campanha (38)

O facto de os membros que compõem a Reitoria não estarem em nenhum lista, nem mesmo como subscritores, não pode passar despercebido.
É, desde logo, estranho, pois uma equipa que está na Reitoria deixa sementes e procura que o seu trabalho frutifique. O acto eleitoral para o órgão máximo da Universidade não lhe pode ser indiferente.
Uma pergunta possível é esta: em que lista estariam se não tivessem ficado de fora?
Se os próprios nada disserem, teremos de especular.

António Cândido de Oliveira

PS: Tomei ontem conhecimento de que uma lista que se apresenta a eleições entendeu pôr a correr uma “lista” de apoiantes (ver http://www.universidadecidada.blogspot.com/). E se todas fizessem o mesmo? Talvez se pudesse poupar a realização de eleições, tornando tudo muito mais simples. Apresentarei uma proposta.
*

Calendário Eleitoral para o Conselho Geral

Calendário Eleitoral para o Conselho Geral
(com aditamento provisório da nossa responsabilidade, em itálico)

Nomeação da Comissão Eleitoral: 18 de Dezembro de 2008
Afixação dos Cadernos eleitorais Provisórios: 19 de Dezembro de 2008
Reclamações sobre os Cadernos Eleitorais Provisórios: 8 a 12 de Janeiro de 2009
Decisão sobre reclamações sobre os Cadernos Eleitorais: 13 e 14 de Janeiro de 2009
Afixação dos Cadernos Eleitorais Definitivos: 15 de Janeiro de 2009
Apresentação das Listas de Candidatos: 16 a 19 de Janeiro de 2009
Verificação das Listas e notificação de irregularidades: 20 de Janeiro de 2009
Regularização das Listas de Candidatos: 21 a 22 de Janeiro de 2009
Aceitação provisória de Listas: 23 de Janeiro de 2009
Reclamações sobre a aceitação de Listas: 26 de Janeiro de 2009
Aceitação das Listas Definitivas: 27 a 28 de Janeiro de 2009
--------
Período de pré-campanha eleitoral: 29 de Janeiro a 22 de Fevereiro
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Período de Campanha Eleitoral: 23 a 27 de Fevereiro de 2009
Acto Eleitoral: 2 de Março de 2009
Decisão sobre eventuais reclamações e envio dos resultados para homologação: 3 de Março de 2009
Homologação dos Resultados Eleitorais: 6 de Março de 2009
Reunião dos eleitos para Cooptação dos Externos: 17 de Março de 2009
Posse dos Membros Externos Cooptados: 4 de Maio de 2009
*
UM-novos desafios, novos rumos

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Diário de Campanha (39)

Poderão estranhar que o número dois do "Diário de Campanha" seja o 39. Há, porém, uma boa razão: faltam 39 dias para a eleição do Conselho Geral.
O "DdeC" terá assim uma numeração decrescente com a finalidade de chamar a atenção dos eleitores para o cumprimento do dever de votar.
Até lá muito caminho há a percorrer: informação, esclarecimento, crítica, debate e, finalmente, apelo directo ao voto.
Sobre informação gostaria de dar hoje alguma sobre o número de alunos, professores e funcionários da Universidade do Minho. Tenho de esperar pois estes dados não estão facilmente acessíveis nomeadamente na página da Universidade. E deveriam estar...

António Cândido de Oliveira

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Diário de Campanha

Entrei nas eleições para o Conselho Geral da Universidade do Minho por convite de um Colega.
Comecei a participar em reuniões preparatórias e entendi que era meu dever participar.
Esquecemos muitas vezes esse dever. Achamos que devemos meter-nos no nosso canto e os outros que decidam. Não me agrada.
Formar a lista deu trabalho mas o objectivo foi conseguido. É uma das três que concorrem ao acto eleitoral de 2 de Março sob o lema “Novos desafios, Novos rumos”.
Temos muito trabalho pela frente, pois as outras duas listas são de certo modo repetentes e esta surge de novo.

António Cândido de Oliveira

Eleições para o Conselho Geral: acta nº2 da Comissão Eleitoral

Actas da Comissão Eleitoral:
Acta nº2/ 09, 20 de Janeiro de 2009 »»
*

Eleições para o Conselho Geral: acta nº1 da Comissão Eleitoral

Actas da Comissão Eleitoral:
Acta nº1/ 09, 14 de Janeiro de 2009 »»
*

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A universidade empreendedora

O desenvolvimento da capacidade empreendedora da Universidade é um desafio importante. É importante porque o seu sucesso depende largamente dessa capacidade. Empreender na Universidade implica uma postura que reconheça o conhecimento como um bem que se cria, desenvolve e transmite. Convencionalmente, a transmissão pode ser feita para os alunos, mas pode também envolver a comercialização de serviços e produtos no mercado. Se isto é verdade nas universidades das sociedades mais desenvolvidas mais verdade o é num contexto de escassez de financiamento público e pressão para gerar receitas próprias. Simultaneamente, as transformações em curso no mercado de trabalho obrigam ao fomento do espírito empreendedor do aluno, não só pela crescente instabilidade e insegurança dos percursos profissionais, mas também pela incapacidade das empresas instaladas absorverem toda a mão-de-obra disponível. O desenvolvimento duma Universidade empreendedora pode ser alcançado por três vias que não são substitutas mas sim complementares.

Numa dessas vias, desenvolver o empreendedorismo na Universidade implica, em primeiro lugar, criar uma cultura de risco, procura e descoberta. Fomentar essa cultura passa, por exemplo, pela inovação nos métodos de ensino e de aprendizagem. Quando esses métodos incentivam o aluno a ser autónomo, independente e a procurar mais activamente respostas, estão a contribuir para fomentar o espírito empreendedor, não só do aluno, mas também do docente que tem assim que recorrer a métodos diferentes que envolvem mais experimentação e risco. Uma Universidade pode assim criar um círculo virtuoso em que a exigência dos docentes orientada para ensinar num ambiente criativo e empreendedor fomenta a exigência dos alunos para aprender nesse ambiente. Esta via para tornar a Universidade empreendedora é importante mas não suficiente.

É também necessário que uma cultura empreendedora seja incentivada por programas de formação sobre criação de empresas e lançamento de novos negócios. A formação em empreendedorismo é hoje tão necessária a um aluno de gestão ou de economia, como a um aluno de engenharia ou letras. Em últimas instâncias, empreender contribui para ganhos de natureza económica como a criação de riqueza, assegurar rendimentos ou ocupação profissional, mas também ganhos de natureza socio-psicológica frequentemente associados a estilos de vida, realização pessoal, autonomia ou altruísmo. Os programas de empreendedorismo deverão estar claramente vocacionados para fornecer enquadramentos e ferramentas que facilitem a criação de condições para o sucesso empresarial.

Finalmente, a terceira via obriga a que a Universidade como organização seja também ela empreendedora, não só nos seus programas de formação, mas também na sua forma de actuação. A Universidade deve, por exemplo, ser capaz de comercializar muitos dos seus serviços e empresarializar algumas das suas estruturas. Na verdade, o mercado ajuda a testar o valor de alguns serviços da Universidade. Pelo menos assim tem sido e não parece haver forma de inverter esta tendência. Sem por em causa a sua missão, a Universidade precisa de repensar a sua oferta e os seus mercados. Muitos dos mercados e serviços em que a Universidade não está ainda presente requerem novas estruturas, sistemas e estratégias. Requerem uma abordagem empreendedora que incentive a inovação e compense o esforço.

As três vias para desenvolver uma Universidade empreendedora são importantes. Nenhuma substitui as outras duas. Elas complementam-se.


Artigo publicado originalmente no umjornal, ano 2, n.º 11, 1 de Abril de 2004, p. 2.

Vasco Eiriz

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Eleições para o Conselho Geral: sorteio das listas

Caros(as) colegas,
Realizou-se hoje, no Largo do Paço, o sorteio das listas candidatas às eleições para o Conselho Geral da Universidade do Minho, com o seguinte resultado provisório:
- lista A: “Universidade Cidadã”
- lista B: “Novos Desafios, Novos Rumos”
- lista C: “uma universidade com futuro!”
A lista B saúda vivamente as demais listas concorrentes e deseja que, a partir de agora, ocorra um bom debate na Universidade que, nomeadamente, proporcione uma forte participação nas eleições do dia 2 de Março p.f. e um voto esclarecido e fundamentado.

O mandatário da lista B,

António Cândido de Oliveira
(Professor catedrático da Escola de Direito)

Nota: para mais informações sobre a lista B, consulte este blogue e o sítio de apoio (http://www.um-novosdesafios.net/)


domingo, 18 de janeiro de 2009

Eleições para o Conselho Geral: lista de candidatos

Conforme tinhamos anunciado nesta sede, na véspera, foi entregue na passada 6ª feira, dia 16, pelas 11 horas, no Largo do Paço, a lista que se apresenta às eleições para o Conselho Geral da Universidade do Minho sob o lema "Novos Desafios, Novos Rumos".
A lista dos candidatos, efectivos e suplentes, tem a composição que segue abaixo. Também se indica a lista dos 25 colegas professores e investigadores formalmente consituídos como subscritores e o nome do mandatário.
*
i) Candidatos Efectivos
1 Maria Eduarda Ferreira Coquet
2 António Cândido Oliveira
3 José A. Cadima Ribeiro
4 Jaime I. N. Rocha Gomes
5 José Manuel P. Vieira
6 Ivo Manuel Pontes Domingues
7 Maria Clara F. Costa Oliveira
8 Vasco D. Eiriz Sousa
9 Fernando A. P. Sousa Castro
10 Maria Manuela S. P. Silva
11 Nuno Manuel Pinto Oliveira
12 Rui António R. Ramos
*
ii) Candidatos Suplentes
1 Joaquim José S. Esteves Neves
2 Joaquim Gomes Sá
3 António Costa Marques Pinho
4 José Alberto Gomes Precioso
5 José Luís Barroso Aguiar
6 Carlos Alberto C. M. Couto
7 Carolina F. S. Cunha Machado
8 Maria Cândida L. G. Vilarinho
9 Maria Filomena P. Antunes Brás
10 José C. Fernandes Teixeira
11 Graça M. Barbosa Soares
12 Francisco Carballo Cruz
*
iii) Subscritores
1 António Sérgio Pouzada
2 António Vasco Amaral Nunes
3 Artur Jorge P. Rodrigues
4 Fátima Maria Bezerra Barbosa
5 Fernanda Leopoldina P. Viana
6 Jorge Gomes Santos
7 José Filipe Bizarro Meireles
8 José Joaquim C. Barbosa
9 Luís F. G. D. Aguiar Conraria
10 Maria Lurdes Dias Carvalho
11 Manuel E. Cardoso Ferreira
12 Natália Maria C. Barbosa
13 Nuno Ricardo Maia Peixinho
14 Pedro A. M. Lobarinhas
15 Teresa M. P. R. M. Miranda
16 António A. L. Sampaio Duarte
17 Daniel Souto Rodrigues
18 Francisco José C. Veiga
19 Jorge Manuel G. Branco
20 José Luís Silva Pinho
21 Lígia Maria M. O. T. Silva
22 Maria Manuela C. L. Lima
23 Nelson M. P.B. Costa Areal
24 Paulo Jorge R. Pernagorda
25 Rosa Branca S.V-B. Esteves
*
iv) Mandatário da lista
António Cândido Oliveira
*
A muito breve prazo, encontrarão mais informação sobre os candidatos e ideário da lista, entre outras informações, no sítio da candidatura, a anunciar.
.
UM-novos desafios, novos rumos

sábado, 17 de janeiro de 2009

Um manifesto alternativo em tempo de reforma do Ensino Superior

Os tempos de mudança (económica, tecnológica, institucional) são tempos de desafio, e como tal devem ser percebidos por aqueles que, em cada caso, são mais directamente interpelados. Ser capaz de transformar ameaças em oportunidades é o que faz a diferença entre perdedores e ganhadores. É a esta luz que deve ser equacionada a reforma da Ensino Superior Português, precipitada pela implementação da Declaração de Bolonha e pelo novo enquadramento legal ditado pela Lei nº 62/2007 (Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior).
Tirar partido da Lei nº 62/2007 significa dotar cada instituição de Ensino Superior de um modelo de organização e de governo, [...], que a torne mais ágil, mais inovadora, mais eficaz na prossecução da sua missão, que importa também reequacionar. Reequacionar a missão, significa instituir novos mecanismos de inter-acção com o território e assumir a gestão estratégica como princípio basilar de acção, na oferta de ensino, no desenvolvimento da investigação, na prestação de serviços à sociedade.
Liderança estratégica, agilidade de decisão, responsabilização de decisores não têm que significar alheamento e desmobilização da comunidade académica, antes pelo contrário. O envolvimento, a mobilização da comunidade académica, por sua vez, reclamam a institucionalização de mecanismos lubrificados de diálogo e de concertação interna.
Sabido que as Universidade e os Institutos Politécnicos são muito mais e mesmo, sobretudo, as suas Escolas, Unidades de Investigação, e Unidades Culturais e de Serviço, a necessidade da redefinição estratégica e organizacional estende-se a estas, tal qual a exigência de culturas de diálogo e de responsabilidade.
Não há que pressupor que todos partilharão os mesmos conceitos e valores, nem isso seria saudável em termos de capacidade das instituições de se recriarem e afirmarem face às Escolas e Unidades de Investigação congéneres. A coesão das instituições tem que fazer-se através da assumpção de princípios comuns e da concertação e coordenação activamente promovidas, dentro de quadros referenciais que serão os das Escolas e Unidades Científicas singulares, dotadas de autonomia orgânica e de meios, humanos, físicos e financeiros adequados ao desenvolvimento das respectivas missões. Tendo-se caminhado muito pouco nesta dimensão nos derradeiros anos, o exercício afigura-se mais exigente e necessário.
A [reforma] que [...] se avizinha não deve, assim, ser entendida apenas como um exercício de acomodação dos Estatutos à lei mas, antes, como uma oportunidade para realizar o debate sobre o Ensino Superior que queremos ter, com expressão na produção de conhecimento, na formação de técnicos e de cidadãos e na sua afirmação como espaço de liberdade e de invenção social. Dizendo de outro modo, o desafio que temos pela frente reside em trabalhar para que a nossa Universidade e o nosso Politécnico tenham futuro.
Avançando brevemente na explicitação dos princípios defendidos, como contributo para os manifestos que vão emergir ou para a revisão dos que foram produzidos, enumeram-se de seguida algumas linhas programáticas:
i) constituição de um Conselho Geral que se assuma como órgão estratégico da Instituição, em detrimento da sua configuração como pequeno parlamento;
ii) [...];
iii) [...];
iv) [...];
v) lançamento de uma reflexão sobre a racionalidade da organização científica/departamental das Escolas, avaliando a oportunidade de promover a criação de estruturas orgânicas cientificamente mais consistentes e melhor dimensionadas;
vi) lançamento de uma reflexão sobre a adequação da oferta educativa da Instituição às necessidades sociais e aos recursos disponíveis nas Escolas/Departamentos;
vii) lançamento de uma reflexão sobre os canais/estruturas existentes de interacção com o meio e de prestação de serviços à comunidade, e respectiva eficácia.
São princípios que se me oferecem basilares na construção de um Ensino Superior nacional com futuro. Obviamente, carecem de ser interpretados à luz da realidade de cada instituição.
J. Cadima Ribeiro
(reprodução parcial [adaptada] de texto de opinião originalmente publicado no Jornal de Leiria, em 07/11/15, com o título "Um projecto de manifesto alternativo em tempo de reforma estatutária do Ensino Superior")

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Formalização da candidatura ao Conselho Geral

A candidatura ao Conselho Geral da Universidade do Minho "Novos Desafios, Novos Rumos" entrega esta sexta-feira, dia 16 de Janeiro, na reitoria da Universidade do Minho, a lista de candidatos efectivos e suplentes (24 nomes) e de subscritores (25 nomes), que formalmente a deve acompanhar.
A entrega das listas decorre até dia 19 de Janeiro.

À procura do Orçamento de 2009 da UM

Não foi fácil encontrar o Orçamento da Universidade do Minho para 2009. Procurei-o na página electrónica da Universidade mas em vão. Perguntei nos serviços do Senado, órgão que tem importantes competências nestas área, e nem assim.
Tentei saber no início da última reunião do Senado (ontem dia 12 de Janeiro) se podia ter acesso ao orçamento mas o Senhor Reitor entendeu com uma resposta breve e terminante que não era momento oportuno para dar resposta.
Tentei de novo e acabei por receber mesmo ontem documentos relativos ao Orçamento.
Não recebi um orçamento de fácil legibilidade para um leigo como é, pelo contrário, o designado “Orçamento Privativo 2007” que foi apresentado numa reunião da Comissão de Planeamento e Gestão do Senado em 22 de Dezembro de 2008 com as receitas e despesas lado a lado e um resumo discriminado logo na página de abertura. Por este “orçamento” que afinal é um documento de contas fiquei a saber que, em 2007, a Universidade obteve receitas no total de 123.078.243,51 euros, tendo transitado para o ano seguinte um saldo positivo de 14.320.504,89.
No que toca a 2009, foi-me entregue um conjunto de 5 folhas uma das quais com as receitas que totalizam 91.951.282 euros e as quatro restantes com indicação das despesas que atingem igual montante.
Gostaria de receber um orçamento mais elaborado e mais facilmente legível devidamente acompanhado de um texto justificativo mas isso não consegui e julgo que não há.
Não me cabe aqui analisar o orçamento para 2009 (não é a minha especialidade) mas seguramente é bom que ele seja divulgado e apreciado. Temos o direito e o dever de saber em pormenor a situação e a política financeira da nossa Universidade e para isso nada melhor, julgamos, que a leitura e análise do orçamento.

António Cândido de Oliveira

Diálogo com a Academia

Interpelação de colega que se identificou:
«*3. Transparência**.* A Universidade promove procedimentos e padrões de conduta desejáveis, claros e de todos conhecidos, bem como a equidade e impessoalidade das regras organizadoras da conduta de estudantes, docentes, funcionários e chefias.

Quem deseja os "padrões de conduta desejáveis"?
Como é possível tratar com equidade as pessoas através da "equidade ... das regras organizadoras da conduta...", se as pessoas são todas diferentes?
Como é possível tratar humanamente com pessoas humanas através da " impessoalidade das regras organizadoras da conduta"?
Deve estar a escapar-me qualquer coisa...
[...]»
-
Resposta UM-novos desafios, novos rumos:
3. Transparência. A Universidade promove procedimentos e padrões de conduta desejáveis, claros e de todos conhecidos, bem como a equidade e impessoalidade das regras organizadoras da conduta de estudantes, docentes, funcionários e chefias.

Um país, não é um amontoado de cidades e lugares, mas sim o conjunto das pessoas que vivem debaixo da mesma naturalidade e consequentemente, debaixo da mesma Constituição que é, um conjunto ordenado e lógico de regras desejáveis (quem definiu? as pessoas eleitas livremente pelo conjunto de todos os cidadãos), válidas de forma igual para cada cidadão.

Uma Universidade não é um edifício, mas sim um conjunto (que deve ser) coeso de pessoas, com vários graus e níveis de competências e operacionalidades, mas todas elas com direitos e deveres. Quanto mais equidade e impessoalidade houver nas regras que informam a conduta dessas pessoas, mais possibilidades haverá de, em situação de conflito ou de divergências de interesses, olhar para cada um dos indivíduos e resolver os problemas tendo em conta a individualidade de cada um.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Carta de valores e princípios e de integridade académica

Caros(as) Colegas
Professores(as) e Investigadores(as) da Universidade do Minho:
Após termos tornado pública a nossa intenção de nos apresentarmos às eleições para os órgãos de governo da Universidade, através de mensagem que dirigimos à Academia no passado dia 4 de Janeiro, é a ocasião de vos apresentarmos a “carta de valores e princípios e de integridade académica” que informa o nosso Movimento, que passamos a transcrever:

UMinho: NOVOS DESAFIOS, NOVOS RUMOS
- carta de valores e princípios e de integridade académica

O Movimento ´UMinho: Novos Desafios, Novos Rumos`, orienta-se pelo ideal de uma universidade alicerçada na integridade académica[1], entendida como comprometimento com os seguintes valores fundamentais: Honestidade, Confiança, Transparência, Respeito e Responsabilidade. Deste conjunto de valores derivam princípios orientadores da conduta pessoal e colectiva, congruente com a nobre missão da universidade.

1. Honestidade. A Universidade promove a busca da verdade e do conhecimento por caminhos indissociáveis da probidade pessoal nos diversos domínios: na aprendizagem, no ensino, na investigação e nos serviços.

2. Confiança. A Universidade promove relações profissionais que beneficiem de recíproco conhecimento e crença na lealdade dos membros da comunidade académica, favorável à livre troca de ideias e pontos de vista, permitindo a cada um a mais elevada realização do seu potencial humano e profissional.

3. Transparência. A Universidade promove procedimentos e padrões de conduta desejáveis, claros e de todos conhecidos, bem como a equidade e impessoalidade das regras organizadoras da conduta de estudantes, docentes, funcionários e chefias.

4. Respeito. A Universidade promove a participação apreciada e deferente entre os membros da comunidade académica, o reconhecimento da natureza participativa do processo de aprendizagem e a valorização da diversidade e pluralidade de ideias e opiniões.

5. Responsabilidade. A Universidade promove a determinação de direitos e deveres dos seus membros e confia na sua capacidade de agir para prevenir e corrigir erros e superar dificuldades.

À luz dos princípios enunciados, a UM carece de enfrentar este desafio - a renovação da sua cultura institucional. Contribuir para essa renovação cultural será um dos rumos fundamentais do Movimento, pois acreditamos que promoverá mais elevados desempenhos organizacionais e pessoais, rentabilizará potencial criativo e produtivo existente.

Aproveitamos igualmente a oportunidade para vos informar que este e outros documentos e informações sobre o nosso Movimento e respectivo ideário estão já disponíveis em http://um-novosdesafios.blogspot.com, e ficarão também acessíveis, a breve prazo, num sítio cujo endereço vos indicaremos oportunamente.
Saudações académicas,

Signatários (por ordem alfabética)
António Cândido de Oliveira
António Costa Marques Pinho
Carlos Alberto C. M. Couto
Carolina Machado
Fernando Sousa Castro
Francisco Carballo Cruz
Graça M. Barbosa Soares
Ivo Domingues
Jaime Rocha Gomes
Joaquim Gomes Sá
Joaquim José S. Esteves Neves
José Alberto Gomes Precioso
José António Cadima Ribeiro
José C. Fernandes Teixeira
José Manuel Vieira
José Luís Barroso Aguiar
Maria Cândida L. G. Vilarinho
Maria Clara Costa Oliveira
Maria Eduarda Coquet
Maria Filomena P Antunes Brás
Maria Manuela S. P. Silva
Nuno Pinto Oliveira
Rui António Ramos
Vasco Eiriz Sousa
---
[1] The Center for Academic Integrity (1990). The Fundamental Values of Academic Integrity. Duke University Durham, North Carolina. The Center for Academic Integrity (CAI) is a consortium of over 360 institutions who share with peers and colleagues the Center's collective experience, expertise, and creative energy.
*
(reprodução integral de texto distribuído universalmente na rede electrónica da UMinho nesta data)

sábado, 10 de janeiro de 2009

Mais Uma Etapa

A candidatura ao Conselho Geral da Universidade do Minho "Novos Desafios, Novos Rumos" fechou esta semana (dia 8), em reunião geral, a elaboração da lista de candidatos efectivos e suplentes (24 nomes) e dos subscritores (25 nomes).
Tal sucede oito dias antes do início do prazo de entrega das listas, correndo agora o trabalho burocrático de recolha total de assinaturas.
Regista-se, com muito agrado, o facto de não ter ocorrido a chamada "corrida aos lugares", tendo todos aceite aqueles que foram atribuídos de acordo com a metodologia e critérios definidos nas reuniões que foram ocorrendo.
Entra-se agora num período de apresentação do programa que será posto a debate no devido momento e aberto às contribuições que lhe forem dadas.
Ao longo deste período que decorrerá até fins de Fevereiro a candidatura procurará difundir as suas ideias com clareza e frontalidade. Sabe que será alvo de críticas muitas vezes feitas a coberto do anonimato mas a estas não responde nem responderá.
Espera antes um debate leal e enriquecedor com as listas que seguramente surgirão, demonstrando a vitalidade e pluralidade da nossa Universidade.
Interessa-nos contribuir para uma Universidade do Minho cada vez mais forte , atenta aos desafios que se colocam nestes tempos bem difíceis e disposta a trilhar os rumos que resultam do debate adequado dos problemas existentes e das soluções mais adequadas para os resolver.

António Cândido de Oliveira
(Mandatário da Candidatura)

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Notícia publicada no Diário do Minho





[Atenção:
O facto de ser o primeiro por ordem alfabética não significa que seja o primeiro na lista e não sou como é sabido. Gostaria que o blog não induzisse em erro.
O que mais interessa é que haja na UMinho uma forte participação na escolha do Conselho Geral.
A existência de três listas é um facto que a suceder deve ser visto como muito positivo.
António Cândido de Oliveira]

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Participação no Governo da Universidade

1. É minha convicção que a grande maioria dos colegas (docentes e/ou investigadores) pouca atenção dedica ao governo da Universidade a que pertence (no caso a Universidade do Minho).

2. Tal sucede, a meu ver, porque a maior parte de nós estamos já tão preocupados com o estudo das matérias que dizem respeito à docência e investigação que fazemos (e com as burocracias que lhe estão ligadas) que pouco tempo sobra para o resto. E, no entanto, esse resto é muito importante exactamente para a docência e investigação que nos ocupa e preocupa.

3. É muito importante pois do (bom) governo da Universidade depende, em muito, não só a qualidade da docência e da investigação como a possibilidade de concretizar uma e outra. Não é preciso dizer mais sobre esta matéria para convencer quem lê este texto.

4. Mas se assim é, então o governo da Universidade deve interessar-nos e muito.
É nessa linha que se deve compreender a necessária participação de todos nós nas eleições para o Conselho Geral da Universidade do Minho. Elas são uma excelente oportunidade para conhecer melhor e ter uma opinião sobre os problemas do governo da Universidade.

5. Eles pedem-nos, no entanto, um esforço. O de procurar conhecer os problemas efectivos, o de os debater e depois os de ter opinião fundamentada. Sem esse esforço nada feito.

6. Pela nossa parte tentaremos através deste blog e de um “sítio” (a funcionar dentro em breve) ajudar a obter informação e a proporcionar o necessário debate. Assim fazendo cumprimos um dever.

Universidade do Minho, 6 de Janeiro de 2009

António Cândido de Oliveira
Membro do Senado Eleito
Escola de Direito da UM

domingo, 4 de janeiro de 2009

Eleições para Órgãos da Universidade - Novos Desafios, Novos Rumos

Caros(as) Colegas
Professores(as) e Investigadores(as) da Universidade do Minho:

Ao longo do ano agora acabado de surgir, certamente receberá milhares de mensagens enviadas por este canal, as quais receberão diversos tratamentos. Cremos que a mensagem que segue merecerá a sua melhor atenção. Porque tem a ver com a nossa Universidade.
Saudações Académicas
do movimento 'Novos Desafios, Novos Rumos'

NOVOS DESAFIOS, NOVOS RUMOS
A vida é feita de desafios e o olhar é feito de rumos. Por isso, lhe dirigimos este documento, na expectativa de que em si encontre leitor sensível aos grandes desafios da nossa universidade.
O grupo de professores e investigadores que se apresenta à Universidade do Minho com vista às eleições para o Conselho Geral e para o Senado Académico, acredita ser movido por genuíno interesse no sucesso da nossa organização e animado por convicto olhar sobre a realidade da nossa casa.
Inspiramos este anúncio na sábia proposta de Saramago: “Se puderes olhar, vê. Se puderes ver, repara”. O que lhe queremos propor são, assim o desejamos, formas de ver que permitam identificar riscos e oportunidades reveladas em velhos e novos desafios que exigem mais ousados rumos. Porque acreditamos que no desafio está o ganho e que ignorar desafios é comprometer o futuro.
Este grupo não aparece agora, ele tem já uma história. Muitos de nós acompanhámos os trabalhos da Assembleia Estatutária da UM e promovemos ou participámos em debates sobre a situação da Universidade em geral e os seus reflexos na UM. O que nos uniu foi a preocupação em potenciar a nossa universidade e em desbravar caminhos que reforcem a sua capacidade de investigação e formação e, ao mesmo tempo, que sustentem a sua autonomia e ancorem a realização da sua comprometida responsabilidade social.
Este movimento de reflexão que anima a ideia de universidade que aqui se anuncia está aberto a quem quiser partilhar a análise de desafios e a equacionação de rumos. Adopta programa de acção que será posto à discussão e aberto a contribuições que o possam enriquecer. Convicto da generosidade e da utilidade das suas ideias, apresentar-se-á a eleições para o Conselho Geral e para o Senado Académico da nossa Universidade.
O nosso desafio é redescobrir os sentidos de palavras gastas por vazio uso e, nos renovados sentidos sobre a realidade, alargar os limites do desafio para neles plantar ideias claras sobre o nosso destino comum, encontrar o rumo colectivo que torne o distante próximo e o impossível realizado.
Queremos marcar encontro com o futuro por si participado.
Queremos ouvir todos aqueles que querem fazer da Universidade em geral e da Universidade do Minho em particular um lugar de procura da excelência num ambiente de profundo respeito pelas pessoas, de pesquisa de rumos ambiciosos que permitam realizar o futuro da academia e sustentar o desenvolvimento do país.
Se este enunciado toca o seu olhar, então já nos encontrámos no modo de ver. E, quem sabe, também nos poderemos encontrar no modo de fazer.

Saudações académicas e votos de Bom Ano Novo

António Cândido de Oliveira
Carlos Alberto C. M. Couto
Carolina Machado
Fernando Sousa Castro
Ivo Domingues
Jaime Rocha Gomes
Joaquim Gomes Sá
Joaquim José S. Esteves Neves
José Alberto Gomes Precioso
José Cadima Ribeiro
José Manuel Vieira
Maria Clara Costa Oliveira
Maria Eduarda Coquet
Nuno Pinto Oliveira
Rui António Ramos
Vasco Eiriz Sousa
.
(reprodução integral de texto distribuído universalmente na rede electrónica da UMinho nesta data)

A Construção da Autonomia na Aprendizagem no Ensino Superior

A filosofia de ensino e aprendizagem preconizadas pelo processo de Bolonha, há muito vem sendo defendida, no plano teórico, para diferentes níveis de ensino, porém, tem sido muito reduzida a sua expressão prática. O que se anuncia como o “novo paradigma” é sem dúvida algo complexo e de muito difícil concretização nas instituições de Ensino Superior.
Aos docentes e alunos exigem-se novas práticas, novos hábitos de trabalho e novas formas de relacionamento no processo de ensino-aprendizagem. Mas a questão central que tem que ser encarada é seguinte: os novos papéis a assumir pelos alunos só poderão ocorrer se forem induzidos pelos docentes. A aprendizagem centrada no aluno não é algo que possa tornar-se realidade por via da concessão de mais tempo de estudo e mais espaço de participação, esperando-se que desse modo o aluno assuma maior protagonismo. A aprendizagem centrada no aluno e a autonomia são construções complexas de que o docente é um obreiro da maior importância. Entre outros factores, de facto “obrigam a um maior acompanhamento dos alunos por parte dos professores”.
- É isso possível?
- Vai acontecer?
A minha experiência permite destacar alguns aspectos da realidade sobre os quais é necessário intervir, tendo em vista a aproximação à filosofia preconizada pelo processo de Bolonha.
É necessário:
1. Promover uma ética de rigor, disciplina e responsabilidade, com vista a um trabalho quotidiano, metódico e organizado. Essa mentalidade precisa ser incutida desde o 1º ano e a manter de forma consistente ao longo de todo o curso. É no quadro desses valores que se promove o construtivismo na aprendizagem, sejam os alunos crianças ou adultos. Não tenhamos medo das palavras: só uma acção disciplinadora permitirá operar mudanças significativas nos hábitos profundamente arreigados dos alunos. A assinatura de trabalhos nos quais não se teve efectiva participação, o jogo de falsificações de assinaturas nas folhas de registo de frequência às aulas, o abandono da sala a meio das aulas, sem justificação, são algumas das práticas, entre outras, que não são compatíveis com uma ética de responsabilidade.
2. Promover hábitos de estudo regular, no acompanhamento das matérias, que facilitem o processo de transferência de conhecimentos de uma aula para a seguinte, bem como a possibilidade de esclarecimento e aprofundamento das questões, em tempo real, à medida que vão surgindo. Isso implica o recurso a tarefas concretas, mesmo que limitadas, das quais os alunos devam prestar contas com regularidade.
3. Premiar de forma mais rigorosa o mérito de quem estuda e trabalha e penalizar quem é displicente ou tenta viver de forma parasitária à sombra de quem trabalha, nas várias actividades de grupo. As classificações devem distribuir-se por um espectro largo, discriminando de forma justa os diferentes níveis de mérito.
4. Sacudir a passividade e a atitude de reduzida disponibilidade para o esforço mental, conduzindo as aulas de forma a questionar os alunos, promovendo hábitos de pensamento e de participação: preparar questões-chave para as aulas, chamar alunos individualmente para exporem ideias/conhecimentos à turma. Nos trabalhos de grupo, nas aulas presenciais, é necessário questionar e interpelar de forma directa alunos que se apresentam alheados ou na mera expectativa do trabalho dos outros.
5. Contrariar uma orientação de estudo e de preparação para os momentos de avaliação, baseado na memorização em detrimento da compreensão, da análise, da síntese e da avaliação crítica. Isso requer a educação dos alunos para o valor do pensamento genuíno, bem como do conhecimento expresso em palavras próprias, e, por outro lado, a desvalorização das manifestações de memorização mecanicista sem discurso nem reflexão próprios.
6. Exigir nas várias situações de ensino-aprendizagem, qualquer que seja a unidade curricular, um esforço regular de comunicação oral e escrita adequadas, promovendo-se a linguagem como ferramenta de expressão e construção do pensamento, de ideias e de argumentos. Trata-se de modificar a situação actual de grande parte dos nossos alunos que apresentam um discurso oral muito pobre, sincopado, feito de proposições rudimentares e inacabadas e, por outro lado, um discurso escrito que se baseia na cópia das fontes disponíveis.
7. Promover competências de utilização mais criteriosa e com sentido crítico das novas tecnologias. Na utilização das novas tecnologias pelos nossos alunos há uma acentuada tendência para se tomar a forma como substituto do conteúdo. Vêem-se trabalhos, de conteúdo pobre e inaceitável, com uma apresentação muito sofisticada, dos quais se depreende estar subjacente a crença de que a qualidade reside essencialmente no grafismo, nas cores, nos pictogramas, nas imagens, nos efeitos especiais de movimento, etc.
8. Repensar sobre o papel da Internet na formação. O fenómeno de utilização da Internet como um importante recurso ao serviço do copy-paste, sendo transcritos, de forma desgarrada e desconexa, conteúdos que os alunos não compreendem nem se dão ao trabalho de compreender, não tem nada de formativo.
Os aspectos atrás referidos consubstanciam-se em quatro dimensões transversais de um currículo de formação renovado dos nossos alunos:
a) promover uma ética de rigor, disciplina e responsabilidade;
b) promover o hábito de pensar, pelo questionamento;
c) promover as competências de comunicação oral e escrita;
d) promover competências de pesquisa e de análise crítica da informação.

Joaquim Sá

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

As eleições para o Conselho Geral: o nosso papel

Neste período em que vamos entrar, o do novo RJIES, há muitos colegas que se interrogam sobre o seu papel nesta nova estrutura universitária. Pois bem, aqui vai a minha opinião.
Em breve, aparecerão listas para o Conselho Geral. De que forma podemos participar nesta fase? Penso que depende da vontade de cada um; nada mais.
1) Se o colega for doutorado, que na grande maioria é esse o caso, pode até fazer parte das listas e participar activamente na defesa dos interesses da instituição, segundo a perspectiva da lista em que se vier a inserir. Ainda há tempo para aderir a alguma das propostas que vão ser referendadas, pelo menos àquela que estou a ajudar a construir.
Eu já há algum tempo que ponderei esta hipótese e, como decorre do que acabo de assinalar, encontro-me num movimento que se propõe constituir uma lista, e que já mostrou o seu interesse e dinamismo ao discutir, em tertúlias, reuniões e outras formas de contacto com a Academia, questões relacionadas com o RJIES, tais como a autonomia das Escolas e o que seria a constituição eventual de uma Fundação, e as próprias tomadas de posição da Assembleia Estatutária. Esta, com se recordará, integrou, em situação de paridade, elementos resultantes das anteriores listas A e B.
2) Outros poderão subscrever as listas a candidatar sem delas fazerem parte. O número de elementos nas listas é limitado e haverá elementos que farão parte delas e outros que, simplesmente, as apoiarão para efeitos formais ou comungando do "projecto". Alguns, poucos, serão eleitos (o Conselho Geral só tem 12 docentes).
3) Outros, ainda, reservarão a sua tomada de posição para o momento do voto.

Seja como for, todos são importantes.
Todas as listas prometerão (estou em crer) uma nova instituição, e maior participação de todos nos destinos da instituição. No entanto, o colega saberá distinguir, até pela composição das listas, aqueles que cumprirão e aqueles que tiveram já ocasião de cumprir e não o fizeram.

Vamos participar! Não deixe que sejam os outros a decidir por si neste momento tão difícil mas, sem dúvida, potencialmente renovador para o seu Centro/Departamento, a sua Escola, a sua/nossa Universidade, a sua/nossa região e até o País.

Jaime Rocha Gomes

(texto originalmente datado de Setembro pp., entretanto sujeito a pequeno trabalho de edição para lhe renovar a actualidade)