«Caros estudantes, caros colegas
Ontem, quando aconteceu a tragédia, estavam os alunos do 1º ano de Educação a fazer avaliação contínua na minha uc Filosofia da Educação.O tema era a dor, o sofrimento e como ajudar os outros nestas situações. Começaram os telefones a tocar, e os alunos a reponderem, fora da aula. Mas tornavam a entrar. Concentraram-se e fizeram o memorando de aprendizagem, que não podia estar mais contextualizado tematicamente. Fomos interrompidos por um guarda que me disse que éramos a única turma a funcionar no cp2. Eu disse que íamos continuar e que os alunos estavam a fazer avaliação. Pediu desculpa e foi-se embora, perguntando ainda por uma aluna que os pais estavam a tentar contactar. Era do 2º ano.
Apareceram também à porta (sem interromper a aula) alunos do 3º ano e um de mestrado em EAIC. Fui ter com eles e pediram para encaminhar os alunos, após o memorando, para o Prometeu, e pediram-me que eu também fosse. Assim fizemos. E ali estivemos; mais tarde apareceu o Carlos Gomes. Falou-se, exprimiram-se emoções, abraçamo-nos, confortando-nos.
Isto foi um exemplo de uma praxe digna.
Manifesto aqui o meu orgulho (apesar do imenso cansaço que sinto após uma noite mal dormida) pelos alunos de Educação, pelo exemplo de auto-disciplina e de interajuda que uns e outros demonstraram. É de homens e mulheres assim que este país tanto precisa!
Um Bem-Hajam a tod@s eles!
Clara Costa Oliveira»
(reprodução de mensagem entretanto distribuída universalmente no Instituto de Educação, UMinho)
Comentário entretanto recebido, via correio eletrónico:
Obrigado, Clara!
Só que a meu ver isso não foi "praxe digna".
Foi comportamento digno/exemplar de alunos e professora.
Abraço,
António Cândido
Comentário entretanto recebido, via correio eletrónico:
Obrigado, Clara!
Só que a meu ver isso não foi "praxe digna".
Foi comportamento digno/exemplar de alunos e professora.
Abraço,
António Cândido
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