«Caros colegas
estive no campus na noite da tragédia até às 23h, com os alunos. Fui até ao local, depois de retirados os corpos (antes não nos deixavam passar) e falei com os alunos de Medicina (uns 15). Tenho uma aluna que vive no prédio em cima e que viu tudo.
Posso garantir-vos o seguinte: foi praxe, sim, mas não violenta. Os alunos estavam a cantar aos despique (LEI e medicina), e os 3 de LEI que subiram para o muro não foram obrigados a fazê-lo, mas sim por impulso. Tenho este testemunho de uma aluna que não é de nenhum destes cursos. A situação é pois diferente da do MECO.
Pessoalmente, considero que só há algo a fazer: o Parlamento tem que aprovar uma lei que não dê privilégios de cidadania especial às praxes académicas e que qualquer cidadão seja obrigado a denunciar situações de violência e humilhação, tal como nos casos de violência doméstica. Quando é fora das academias, só essa me parece ser uma solução possível.
Cumprimentos
Clara Costa Oliveira
Prof. Associada com Agregação - IE - CEH- UM
Coordenadora de Mestrado em Educação de Adultos e Intervenção Comunitária
Coordenadora de Mestrado em Educação para a Saúde»
(reprodução de mensagem entretanto distribuída pela sua autora a uma lista de colegas da UMinho - lista eletrónica de elaboração própria)
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