terça-feira, 12 de junho de 2012

"Projeto de Regulamento das Bibliotecas: Os livros a quem os quer ler e necessita deles"

«Estimado Sr. Vice-Reitor Rui Vieira de Castro,
Caras/os Colegas,
Apesar de estar de baixa médica por motivos oncológicos graves, não me quero demitir desta tarefa de fornecer algumas ideias sobre o modo como os docentes (docentes-investigadores, se quiserem, considerando eu que outros utentes das Bibliotecas defenderão os seus interesses) deverão poder aceder aos livros das diversas Bibliotecas da UM. Para que não me digam um dia, enquanto existir, que não falei atempadamente, e porque sempre gostei muito de livros.
Para quem não estiver interessado em ler toda a minha argumentação a este respeito (ver o anexo: “Os livros a quem os quer ler e necessita deles”), deixo apenas a conclusão que se encontra no ponto 9:
“[...] peço que nos deixem na maior paz possível nesta questão dos livros (ao menos, nesta!). Responsabilizem directamente quem, por negligência ou mero azar, extraviou um livro, não o devolveu quando outra pessoa o queria ler, etc, o que já estava previsto desde que entrei para a UM [há quase 30 anos]. Mas não nos sobrecarreguem com mais tarefas de sociedade burocratizada, pois não se conseguem vislumbrar os benefícios da regulamentação pretendida e já temos regulamentações que cheguem. A meu ver, o regime anterior a este Regulamento (quer seja o da renovação a 14 ou 30 dias, permitam-me designá-los assim) mostrava-se perfeitamente adequado: numa primeira versão, tínhamos de mostrar/devolver os livros requisitados ao longo do ano lectivo, o que se fazia por Junho ou Julho, podendo requisitá-los imediatamente se não fossem necessários à Universidade ou a outra pessoa. Numa segunda versão, recebíamos, também por esses meses, uma folha com os livros requisitados, devendo devolver a folha devidamente assinada dentro de aproximadamente um mês. Este último é o regime que prefiro (não vou pormenorizá-lo mais, quase todos sabemos qual era o seu conteúdo, aqui incluindo o Sr. Vice-Reitor), por ser o que proporciona maior liberdade a quem lê e investiga. Se há um número desmedido de extravios - quod erat demonstrandum -, então que se passe para a tal fiscalização anual. Mas não nos perturbem o prazer da leitura e investigação quando o tempo já é tão pouco para elas, aplicando-lhes regras que fazem dos livros requisitados uma bomba a contra-relógio que pode explodir-nos nas mãos quando menos o esperamos”.

Saudações académicas 

Laura Ferreira dos Santos

Profª Associada

IE»


(reprodução do corpo principal de mensagem ontem distribuída universalmente na rede da UMinho pela colega identificada)

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