«O presidente da Associação Académica da Universidade do Minho defendeu hoje que os estudantes não devem "substituir o Estado", manifestando assim desagrado pelo provável aumento de 30 euros nas propinas para "fins sociais".
À margem de uma tertúlia com o objetivo de "sensibilizar" a população para as "dificuldades económicas" que os estudantes atravessam, Helder Castro admitiu ainda que os números de desistências na instituição minhota, por "insuficiência" económica, "é muito superior" ao que tem sido adiantado.
"Assim que termine o ano vamos entender verdadeiramente qual é a dimensão deste problema e vamos encontrar números bastante superiores a esses 700 que se fala", afirmou.
A Universidade do Minho (UMinho) ainda não fixou o valor da propina para o próximo ano letivo mas "em cima da mesa" está uma proposta de aumento em cerca de 30 euros justificada com "fins sociais".
"Não vamos fazer o papel do Estado no que toca a apoiar os estudantes, apesar de querermos encontrar formas de suportar e ajudar os estudantes. Substituir o Estado não será o caminho indicado", defendeu o responsável.
Segundo Helder Castro, "as famílias não têm capacidade para suportar" este aumento pelo que, apontou, "é preciso mais sensibilidade por parte das universidades".
O presidente da academia minhota deu ainda conta que "a situação que os estudantes atravessam é grave" e que "há estudantes que não fazem refeições para poderem tirar fotocópias".
Para este responsável "não há um sistema equilibrado que chegue às necessidades dos estudantes".
A tertúlia desta tarde junta as academias do Minho, Porto, Coimbra, Trás-os-Montes e Alto Douro.»
(reprodução de notícia PORTO CANAL, de 2012/06/19 - http://www.portocanal.pt/ler_ noticia/20032/)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]
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