quarta-feira, 24 de novembro de 2010

À margem do CG: algumas notas soltas (29)

Deixei ontem imediatamente abaixo, uma ligação activa para uma notícia publicada no Correio do Minho sobre a reunião de 2ª feira pp. do CG da UMinho, que foi aberta ao público e que mereceu a atenção (pouca) de alguns órgãos da comunicação social. A falta de qualidade da cobertura jornalística que esteve na origem da notícia publicada mereceu-me um breve comentário, mais chamada de atenção que outra coisa.
Ora, acontece que a notícia publicada na mesma data no Diário do Minho é ainda mais infeliz porque dá como aprovada pelo órgão a constituição formal como sub-unidade orgânica da Instituição do "centro" de investigação que é identificado (CITCEM). Entretanto, isso questiona apenas a qualidade do jornalismo que se faz.
Muito mais grave é, no entanto, encontrar na mesma notícia afirmações, com aspas, imputadas ao Presidente do Conselho Geral, de aberta propaganda ao modelo fundacional, quando o órgão a que preside não tomou qualquer posição sobre a matéria, tendo-se limitado a tomar formalmente conhecimento da proposta do reitor e a clarificar alguns contornos do que estaria em causa e algumas dúvidas suscitadas pelo texto distribuído. A gravidade que invoco neste caso nem se refere à qualidade da cobertura jornalística mas à ousadia (que transparece) e falta de legitimidade da intervenção pública (a confirmar-se) do Engº. Luis Braga da Cruz, que tem (a confirmar-se, insisto) que lamentar-se.
A confirmar-se ter produzido as ditas declarações, defender-se-á aquele, porventura, dizendo que o fez a título pessoal. O problema é que, naquele contexto, ninguém lhe distinguirá a legitimidade de ter uma opinião pessoal sobre o assunto da ilegitimidade de produzir declarações a partir da sua condição de Presidente do CG para as quais não recebeu mandato de quem quer que fosse.
Inconveniente sou eu, que vou dizendo que o rei vai nu!

J. Cadima Ribeiro

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