«Instituição é a 330.ª melhor do mundo,
atrás da Universidade do Porto (323.ª). Reitores explicam oferta disponível
para os alunos
Poucos dias antes de
serem conhecidas as colocações no ensino superior, a consultora Quacquarelli
Symonds (QS) tornou público o Ranking Mundial das Universidades de 2015. Um dos
principais destaques é a subida de 151 lugares nesta tabela por parte da Universidade
de Lisboa, que é agora a 330.ª melhor do mundo, ainda assim atrás da
Universidade do Porto que continua a ser a instituição portuguesa melhor cotada
(323.º lugar). O top 3 das universidades portuguesas fica completo com a Nova
de Lisboa (366.º).
A principal explicação
para o salto qualitativo da Universidade de Lisboa, que em agosto no ranking de
Xangai era a melhor de Portugal, é a fusão com a Técnica, como reconhece o
vice-reitor João Barreiros. "A dimensão da ULisboa, que a coloca distintamente
como a maior e melhor universidade portuguesa, e a pluralidade e a
complementaridade das áreas de estudo e investigação, não escapam à análise dos
rankings internacionais", explica, desfiando depois o que os alunos podem
encontrar na universidade, a única nacional que melhorou o desempenho: "A
mais alta qualidade de ensino, uma preocupação de envolvimento numa cultura
científica que atravessa todas as áreas e um empenhamento de todos os
professores e funcionários na criação do melhor ambiente de estudo e aprendizagem.
Podem ainda esperar obter a sua formação numa universidade com elevado
reconhecimento internacional."
Quanto às ferramentas
que oferece, a ULisboa "apetrecha o estudante com os conhecimentos e as
competências que lhe permitem alcançar boas condições profissionais a nível
nacional e internacional".
Embora tenha descido 15
posições, a Universidade do Porto continua a ser a instituição portuguesa
melhor cotada no ranking QS. Ao DN, o reitor, Sebastião Feyo de Azevedo,
destacou a "oferta em todas as áreas de conhecimento, a qualidade dos
professores, instalações e equipa de apoio, bem como o facto de a universidade
estar inserida numa cidade com uma dimensão cultural que nunca teve". Além
de promover uma "boa preparação teórica, a UP garante também uma boa
preparação do ponto de vista da ligação às áreas profissionais".
Quase a conhecer as
colocações, o reitor da Universidade Nova de Lisboa, António Rendas, espera
"um preenchimento muito bom" no concurso. O número de candidaturas
para cada lugar que é preenchido é, para o reitor da Nova, um bom indicador da
preferência que é dada à instituição.
Destacando a grande
variedade de áreas que a universidade abrange, António Rendas frisa que "a
qualidade da formação é transversal" a todos os cursos. Mais do que falar
em empregabilidade, o reitor prefere falar nas "competências" que os
alunos têm "para ser recrutados nas múltiplas áreas". "Mais de
dois terços dos licenciados têm emprego 18 meses após o fim do curso. Nos
mestrados, o número é superior".
O ranking baseia-se na
análise de seis indicadores, entre os quais a reputação académica, a qualidade
da produção científica, estudantes e docentes internacionais e a reputação
entre os empregadores. Para Feyo de Azevedo, é de valorizar o facto de Portugal
estar "globalmente bem classificado". "Podíamos estar melhor,
mas era precisa outra dimensão global de investimento", afirma Feyo de
Azevedo, lembrando que "Portugal tem dificuldades intrínsecas, que não lhe
permitem estar nos cem primeiros lugares". Fala-nos, por exemplo, da
dificuldade em atrair docentes estrangeiros devido aos ordenados.
Existem outras duas
universidades portuguesas na lista: Coimbra, que passou do lugar 367 para o
451, e Universidade Católica Portuguesa (abaixo do 701).»
(reprodução de notícia DIÁRIO DE NOTÍCIAS online, de 7 de setembro de 2016)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]
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