«Faculdade lisboeta é a melhor colocada entre as oito instituições nacionais no ranking Times Higher Education, que passa a incluir 800 universidades mundiais.
O Instituto Superior Técnico (IST) é a instituição portuguesa de ensino superior mais bem classificada na nova edição do ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), que esta quarta-feira foi divulgado. A situação causou estranheza uma vez que a faculdade faz parte da Universidade de Lisboa (UL), que surge quase 200 lugares a baixo. Ao todo são sete as representantes nacionais numa lista que tem, este ano, novos critérios.
O IST surge na lista do THE entre as posições 351 a 400 (neste ranking, as universidades a partir do lugar 200 surgem elencadas por grandes intervalos) e é a melhor representante portuguesa. Por seu turno, a UL está no intervalo 501-600. Com a fusão das universidades Clássica e Técnica de Lisboa, concluída em 2013, o IST, que fazia parte desta última, passou a integrar a orgânica da UL. Por isso, os seus indicadores científicos e académicos têm sido considerados noutros rankings internacionai
Contactado pelo PÚBLICO, o editor deste ranking, Phil Baty, garante que a decisão de isolar o trabalho do IST relativamente ao do conjunto da universidade é da responsabilidade das próprias instituições, que enviaram “duas submissões de dados em separado”: “Nós levamos isto como o seu consentimento claro de ser tratadas como entidades separadas para os fins doranking”. Já o reitor daquela universidade, António Cruz Serra, que já foi presidente do Técnico, entende que a situação se deveu a um erro da THE. “Não fizemos submissão nenhuma. O que houve foi um pedido de informação da parte da editora dos rankings que foi respondido”, assegura. A UTL respondeu à solicitação na expectativa de que sejam considerados os seus dados para as listas especializadas de engenharia.
O ranking THE sofreu este ano várias alterações na sua metodologia. Em lugar de 400 universidades, a lista deste ano é composta pelo dobro. Também a base de dados de publicações científicas a partir do qual é preenchido um dos critérios de avaliação das universidades foi alterada: a da Thomson Reuters, usada até ao ano passado, foi substituída pela da Scopus. As mudanças provocaram uma alteração completa na representação nacional nesta lista.
A Universidade do Minho e a Universidade de Lisboa, que no ano passado eram as únicas nacionais na lista das 400 melhores do mundo (entre os lugares 351 e 400), são agora as piores colocadas entre as oito instituições nacionais na lista, surgindo no intervalo 501-600. Além do IST, que está entre os lugares 351 e 400, as restantes quatro universidades nacionais desteranking (Aveiro, Coimbra, Nova de Lisboa e Porto) surgem entre a posição 401 e 500.
“É uma boa notícia para Portugal fazer parte da lista das melhores universidades do mundo”, avalia o Phil Baty, sublinhando que o país é um dos 70 representados num ranking onde consta apenas “uma elite de 4% das universidades do mundo”. O reitor da Universidade de Aveiro, Manuel Assunção, defende que estes resultados têm sempre um “efeito positivo” na forma como os estudantes estrangeiros e as instituições internacionais parcerias da universidade percepcionam o trabalho que é feito.
As novas regras desta 12.ª edição do ranking THE também tiveram impacto nos primeiros do ranking. Apesar de o California Institute of Technology manter a liderança pelo quinto ano consecutivo, a Universidade de Harvard, que no ano passado era a 2.ª colocada, desceu para 6.º lugar. Na vice-liderança está agora a Universidade de Oxford, seguida de Stanford e Cambridge. Os primeiros lugares continuam a ser dominados, ainda assim, por instituições dos EUA e Reino Unido. A única excepção no top-10 é o ETH Zürich da Suíça.»
(reprodução de notícia Público online, de 30/09/2015)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]
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