quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

"Universidade do Minho vai sofrer corte de 1,2% na dotação do Estado"

«O Orçamento da Universidade do Minho (UMinho) para 2015, aprovado ontem no Conselho Geral da academia, vai sofrer um corte efectivo da dotação do Estado de 1,2 por cento. Os dados foram revelados pelo reitor da UMinho, António Cunha, afirmando também que este orçamento foi construído na base do compromisso assumido pelo governo de que as universidades serão ressarcidas do aumento salariais da função pública, que no caso da academia minhota, significa um montante que ronda os 4 milhões de euros. António Cunha lembra que apesar deste valor não estar inscrito no Orçamento de Estado, “é absolutamente essencial que isso aconteça e esperamos que não haja problemas com essa situação”.
O reitor da UMinho afirma que o orçamento da universidade minhota para o próximo ano rondará os 108 milhões de euros, valor que acresce mais 8 milhões de euros dos Serviços de Acção Social, “isto sem contar com os saldos transitados”, prossegue.
António Cunha classifica este como um orçamento “de grande contenção” à imagem de anos anteriores”, resultado de cortes “muito significativos” da dotação do Estado que “nos provoca restrições de toda a ordem”.
Para fazer face a estes cortes, o reitor diz que a UMinho vai continuar a procurar receitas adicionais, assim como continuar a política de contenção de despesas, nomeadamente na manutenção dos seus edifícios. Neste domínio específico, António Cunha afirma que a UMinho está há vários anos a faz
er uma política de contenção no que diz respeito à manutenção de edifícios, facto que levou à origem “de situações críticas onde temos que reagir, não havendo, no entanto, verbas para isso”.
Ainda no que diz respeito ao edificado, o responsável diz que a academia vai, nos próximos cinco anos, fazer um “grande esforço” ao nível da construção de novas estruturas através de candidaturas a fundos do novo quadro comunitário.
António Cunha: “O financiamento externo é de enorme importância para a universidade”
Ainda no que diz respeito ao financiamento, o reitor da Universidade do Minho frisou, no decurso dos trabalhos da manhã do Conselho Geral que o financiamento externo “é de enorme importância” e, nesse sentido, “a universidade deve empenhar-se de um modo activo e proactivo na captação de financiamentos externos”.
Não obstante, António Cunha sustenta ainda que a sociedade civil e política deve “pugnar para que as universidades sejam adequadamente financiadas pelo Estado para poderem cumprir a missão que lhes está atribuída”, medida que deve ser acompan-hada também por um nível crescente de responsabilização.
António Cunha falou ainda do novo quadro comunitário e das perspectivas que o mesmo apresenta à universidade em termos de investimento, nomeadamente para a construção de edifícios novos, o mesmo não acontecendo em termos de verbas para a manutenção dos actuais edifícios.»
(reprodução de notícia CORREIO DO MINHO online, de 2014-12-16)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

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