sábado, 21 de dezembro de 2013

"Universidades com mais cursos fechados... do que politécnicos"

«Apesar de o ministro da Educação ter, pelo menos aparentemente, tecido críticas aos cursos de Educação nos institutos politécnicos, a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) fechou, em 2012, 15 cursos de formação de docentes, novo dos quais em universidades e apenas seis em politécnicos, avança hoje o Diário de Notícias.
O ministro da Educação criticou, em declarações que deu esta semana à RTP, a existência de “critérios de exigência muito diferentes” nos institutos politécnicos e nas universidades no que respeita aos cursos de Educação.
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As afirmações que justificam a existência da prova de avaliação de docentes não foram bem aceites pelos responsáveis pelos institutos, que se defenderam justificando que, em 2012, a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) mandou fechar 15 cursos de professores, nove dos quais em universidades e apenas seis em politécnicos, segundo avança o Diário de Notícias.
Apesar de Nuno Crato ter mais tarde vindo afirmar que não foram feitos “juízos de qualidade que distinguissem as escolas politécnicas por um lado e as universidades por outro”, o descontentamento mantém-se.
“Não foi assim que [as declarações] foram entendidas. (…) Criou-se a imagem de que há uma menoridade das escolas superiores de educação relativamente ao ensino universitário”, ressalvou o presidente do Intuito Politécnico do Porto, Paulo Pereira.
 O presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, Joaquim Mourato, esclareceu: “não existe absolutamente nada que possa fundamentar a dúvida do ministro em relação à qualidade destes cursos”.
Ao Diário de Notícias, o presidente da A3ES reconheceu que “obviamente que há problemas no sistema de ensino, quer no público, quer no privado, quer nas universidades, quer nos politécnicos”, mas que se “está a trabalhar desde 2010 nos cursos para a habilitação para a docência, tendo analisado cerca de metade e fechado 15, nove dos quais em universidades e seis em politécnicos”.
Assim, o mesmo entende que a prova só fará sentido “como uma espécie de concurso”. “Como prova para definir se é bom ou mau docente tenho algumas dúvidas”, esclareceu.»

(reprodução de notícia NOTÍCIAS AO MINUTO, de 20-12-2013)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

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