«Não tendo havido disponibilidade para
uma reunião presencial, o Memorando foi efetuado com base na troca de e-mails
entre os membros da Comissão Especializada de
Planeamento e Assuntos Financeiros, que analisaram o seguinte assunto:
Ponto Único: Apreciação do Plano de
Atividades e Orçamento da UMinho – 2014
A Comissão Especializada de Planeamentos e Assuntos
Financeiros começou por manifestar a sua preocupação com o facto de o governo
ter reduzido de forma tão significativa o valor do financiamento à Universidade,
podendo vir a comprometer o seu desempenho, e obrigando a um controlo rigoroso
das despesas, assim como a um esforço suplementar para a captação de receitas
próprias. Mais uma vez, os membros da Comissão lamentam a desorçamentação do
ensino público superior e reconheceram que a preparação e elaboração do plano
de atividades e orçamento, nestas circunstâncias, não é um exercício simples
nem definitivo, tornando praticamente inviável qualquer planeamento que se
pretenda efetuar.
Os membros da Comissão tomaram conhecimento, através
de mensagem enviada pelo Sr. Reitor, de que o documento em análise é provisório
e que nomeadamente o Plano de Atividades não se encontra terminado. Desta forma,
este memorando centra-se basicamente na análise ao orçamento, deixando para
mais tarde uma apreciação mais detalhada ao Plano de Atividades.
Numa apreciação mais global ao
documento em apreço, particularmente ao Orçamento, a Comissão considerou que
estando lacrado na plataforma da Direção Geral do Orçamento (DGO), e não sendo
autorizadas por esta entidade quaisquer alterações, neste momento, exceto as
que decorreram de votações na Assembleia da República ou determinadas pelo
governo, não adianta fazer qualquer proposta de alteração.
Nesse sentido,
propõe-se que o documento seja ratificado tal como está. Contudo, as boas
práticas determinam que o Conselho Geral tenha a capacidade de analisar e
sugerir alterações, o que significa que, logo que haja retificações ao
documento, elas devem ser novamente apreciadas pelo Conselho Geral, antes de
serem lacradas na plataforma da DGO.
Este ano, num quadro de maior exigência no controlo
das despesas, a DGO exigiu que os Fiscais Únicos dessem um parecer acerca dos
pressupostos com que foi elaborado o orçamento. Dada a responsabilidade
partilhada do Conselho Geral, que tem o dever de aprovar o orçamento, a
Comissão acredita que esse parecer deverá ser conhecido por todos os seus
membros.
A Comissão gostaria ainda de subscrever o ponto de
vista da Reitoria, que tem vindo também a ser expresso em anteriores relatórios
desta Comissão, nomeadamente:
Ø a necessidade de implementação
contínua de regras e procedimentos que melhorem a accountability no que se refere ao orçamento e à sua execução,
promovendo uma cultura de transparência e rigor;
Ø a necessidade de avançar no
processo de contabilidade analítica, bem como uma visão integrada dos custos,
que permitam um aumento da eficiência e da eficácia, tão necessária nos tempos
difíceis que estamos a viver.
Como aspetos positivos do Orçamento em análise, a
Comissão gostaria de salientar o seguinte:
Ø O Orçamento foi desagregado este
ano por naturezas de despesas e receitas, apresentando os pressupostos usados
nos cálculos efetuados; contudo, falta avançar para a repartição do orçamento
pelas principais atividades da Universidade. Esse avanço só poderá ser feito
com rigor com a ajuda da contabilidade analítica;
Ø Há ainda a destacar como positivo,
por ser uma boa prática, o facto de o orçamento e o plano de atividades ter
sido articulado com as UOEI (que embora tendo desenvolvido os seus planos de
atividades no quadro da sua autonomia, o fizeram em estreita articulação com a
reitoria e tendo por referência o exercício de planeamento estratégico em curso).
A Comissão entendeu expressar algumas preocupações:
- Apesar
da necessidade de se avançar com a contabilidade analítica ser agora mais
claramente reconhecida pela Reitoria neste documento, os membros desta Comissão
gostariam de saber se já há uma data para o início da sua implementação;
- Revelar
a sua preocupação relativamente ao objetivo da Universidade limitar o número de
concursos de pessoal docente e da importância em conseguir manter os melhores
académicos e trabalhadores, principalmente quando as Universidades não estão
proibidas de o fazer. O capital intelectual é sem dúvida o maior ativo das
Universidades;
- A
Comissão, considera importante que os valores orçamentados fiquem próximos dos
valores reais (ou seja, importa obter a chamada r a “imagem verdadeira e
apropriada”) e, por isso, considera positivo que os valores orçamentados das
receitas relativas a projetos estejam mais próximos do valor real. Contudo,
dado o aumento no valor previsto para o próximo ano, relativamente a 2013, a
Comissão entende perguntar qual o pressuposto em que este aumento se baseia;
- Atendendo a que o aumento da receita
prevista ao nível de projetos se deve às rubricas “União Europeia (direta) ” e
“Outros (ON2)”, a Comissão pretendia saber se tal facto se deve a projetos,
cujo financiamento está já aprovado, ou se os valores inscritos se baseiam em
expectativas.
Correção menor: a Tabela 5 é interessante, mas está
incompleta.
Finalmente, a Comissão entendeu
reafirmar a posição assumida anteriormente, particularmente importante num
contexto de crise acentuada, de que seria útil que a Reitoria prestasse
informações periódicas ao Conselho Geral sobre a retificação do orçamento e a execução
orçamental.
Os membros da Comissão
estranharam que não tenha sido apresentada pelo menos uma proposta, ainda que
provisória, do Plano de Atividades e Orçamento dos SASUM para 2014 e gostariam
de saber as razões.»
(reprodução de memorando da Comissão Especializada de Planeamentos e Assuntos Financeiros do Conselho Geral da UMinho)
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