sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Forum UMinho: nota sobre a reunião realizada 4ª feira pp.

A reunião promovida pelo Reitor na última 4ª feira (no âmbito dos encontros Forum UMinho) não se pode dizer que tenha trazido grandes novidades a quem tem estado atento aos problemas internos da universidade e ao modo como eles são resolvidos. Na mesa, além do Reitor, estiveram presentes o vice-reitor Rui Vieira de Castro e a Pró-reitora Cláudia Viana. Tendo feito uma breve, ou brevíssima apresentação, das três temáticas propostas para debate, e abrindo posteriormente o debate, podemos tirar algumas conclusões breves. Uma, é que a universidade neste momento é sustentável, mas que pode deixar de o estar a qualquer momento dado termos um governo 'muito dinâmico' (palavras do Reitor), que altera fórmulas de financiamento e dotações inesperadamente. A estratégia de desenvolvimento da universidade assenta nesta permanente incerteza, sendo que a sustentabilidade atual refere-se àquilo que é fundamental, e não a luxos, como reformar/melhorar campos físicos.
Face ao anúncio governamental de despedimento de funcionários públicos, e interrrogado se os primeiros a serem despedidos na UM seriam os docentes convidados, o Reitor afirmou, com uma certa impaciência, que não tem dados sobre o assunto, que apenas conhece as notícias do jornal. Considerou que o CRUP tudo tem feito para defender os interesses das universidades mas nem sempre tem conseguido ser ouvido tanto quanto quer. A pró-reitora afirmou que a UM tem tido uma política de contratação o mais alargada possível face aos convidados a tempo integral (cujo limite são quatro anos), e lembrou que a lei é mais aberta quanto à contratação de convidados a tempo parcial, onde não surge limite na lei. Esta questão remeteu para um debate sobre o papel das Humanidades dentro da UM, tendo o Reitor afirmado que sempre se posicionou como defensor da inclusão  igualitária do ILCH dentro  da universidade, apesar de isso ter implicações de gestão orçamental diferenciada, que nem sempre agrada a quem 'produz' mais. O vice-reitor fez uma afirmação assumidamente pessoal (e não como membro da equipa reitoral) na qual considerou que no respeitante às Escolas/Institutos de Ciências Sociais e Humanas, outras configurações são possíveis dentro da UM.
Outra questão bastante debatida foi o financiamento da FCT, nomeadamente a definição de critérios de financiamento de projetos e de bolsas de doutoramento. A equipa reitoral afirmou que tudo quanto sabia sobre todos os assuntos debatidos da reunião, incluindo este, tinham sido transmitidos na íntegra aos presidentes de Escolas/Institutos (que, salvo erro, não se encontrava nenhum presente, exatamente, quiçá, por já estarem a par de tudo): tal como os docentes, a reitoria aguarda esclarecimento e informação sobre as questões de financiamento, por parte da FCT. E que ele tarda, e tarda.... Que estas situações colocam em causa o funcionamento de pós-graduações, o Reitor tem disso consciência mas que nada pode fazer senão aguardar. O vice-reitor falou então nas suas, digamos, intuições, acerca deste assunto: que as candidaturas a apresentar à A3ES devem vir de centros de excelência, em consórcios europeus, preferencialmente. O Reitor disse que a competitividade dos projetos europeus é muito grande, pelo que os projetos têm que ser muito bons.
Por fim, falta lembrar que nos foi dito que o número de alunos da UM deve crescer, sobretudo face a parcerias internacionais, no nível do 1º ciclo, e que tem subido ao nível do 3º ciclo»

Clara Costa Oliveira

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