A
reunião promovida pelo Reitor na última 4ª feira (no âmbito dos
encontros Forum UMinho) não se pode dizer que tenha trazido grandes
novidades a quem tem estado atento aos problemas internos da
universidade e ao modo como eles são resolvidos. Na mesa, além do
Reitor, estiveram presentes o vice-reitor Rui Vieira de Castro e a
Pró-reitora Cláudia Viana. Tendo feito uma breve, ou brevíssima
apresentação, das três temáticas propostas para debate, e abrindo
posteriormente o debate, podemos tirar algumas conclusões breves. Uma,
é que a universidade neste momento é sustentável, mas que pode deixar
de o estar a qualquer momento dado termos um governo 'muito dinâmico'
(palavras do Reitor), que altera fórmulas de financiamento e dotações
inesperadamente. A estratégia de desenvolvimento da
universidade assenta nesta permanente incerteza, sendo que a
sustentabilidade atual refere-se àquilo que é fundamental, e não a luxos, como reformar/melhorar campos físicos.
Face ao anúncio
governamental de despedimento de funcionários públicos, e interrrogado
se os primeiros a serem despedidos na UM seriam os docentes convidados,
o Reitor afirmou, com uma certa impaciência, que não tem dados sobre o
assunto, que apenas conhece as notícias do jornal. Considerou que o
CRUP tudo tem feito para defender os interesses das universidades mas
nem sempre tem conseguido ser ouvido tanto quanto quer. A pró-reitora
afirmou que a UM tem tido uma política de contratação o mais alargada
possível face aos convidados a tempo integral (cujo limite são quatro
anos), e lembrou que a lei é mais aberta quanto à contratação de
convidados a tempo parcial, onde não surge limite na lei. Esta questão
remeteu para um debate sobre o papel das Humanidades dentro da UM,
tendo o Reitor afirmado que sempre se posicionou como defensor da
inclusão igualitária do ILCH dentro da universidade, apesar de isso
ter implicações de gestão orçamental diferenciada, que nem sempre
agrada a quem 'produz' mais. O vice-reitor fez uma afirmação
assumidamente pessoal (e não como membro da equipa reitoral) na qual
considerou que no respeitante às Escolas/Institutos de Ciências Sociais
e Humanas, outras configurações são possíveis dentro da UM.
Outra questão bastante
debatida foi o financiamento da FCT, nomeadamente a definição de
critérios de financiamento de projetos e de bolsas de doutoramento. A
equipa reitoral afirmou que tudo quanto sabia sobre todos os assuntos
debatidos da reunião, incluindo este, tinham sido transmitidos na
íntegra aos presidentes de Escolas/Institutos (que, salvo erro, não se
encontrava nenhum presente, exatamente, quiçá, por já estarem a par de
tudo): tal como os docentes, a reitoria aguarda esclarecimento e
informação sobre as questões de financiamento, por parte da FCT. E que
ele tarda, e tarda.... Que estas situações colocam em causa o
funcionamento de pós-graduações, o Reitor tem disso consciência mas que
nada pode fazer senão aguardar. O vice-reitor falou então nas suas,
digamos, intuições, acerca deste assunto: que as candidaturas a
apresentar à A3ES devem vir de centros de excelência, em consórcios
europeus, preferencialmente. O Reitor disse que a competitividade dos
projetos europeus é muito grande, pelo que os projetos têm que ser
muito bons.
Por fim, falta lembrar que
nos foi dito que o número de alunos da UM deve crescer, sobretudo face
a parcerias internacionais, no nível do 1º ciclo, e que tem subido ao
nível do 3º ciclo»
Clara Costa Oliveira
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