«Caros colegas:
Desde já as minhas desculpas a quem este assunto não interessa.
De facto, quando começou aqui o curso de Psicologia e
Medicina mais tarde, eu pensei esperançada que ao menos estes não
iriam aceitar alinhar nesta vergonha .
Enganei-me bem enganada. Foi sol de pouca dura.
Para além de tudo o mais, o que me custa é depois
ter de dar aulas aos praxantes como se fosse normal. É como vermos
alguém a roubar na rua e depois irmos ao banco e sentarmos-nos com essa
pessoa vê-la e fazer de conta que não se passou
nada.
Há uns anos tivemos uma longa troca de mails sobre
este assunto e jovens colegas docentes achavam que estávamos a exagerar,
a praxe era boa e divertida.
Quando eles levarem uns encontros imediatos de 3º
grau com uns destes personagens a "integrarem" os vossos filhos, então
talvez pensem diferentemente. Mas provavelmente as queridas crianças até
estarão felizes por serem praxadas porque até
é divertido.
Já tive experiência de defender uma aluna praxada e
ela passou a ser a causadora do problema e não o contrário, quando o
assunto subiu ao Conselho Académico, onde tinham assento um número
considerável de alunos ( homens).
Envergonhada com esta história toda!
Filomena Louro»
(reprodução de mensagem, distribuída universalmente na rede da UMinho, que nos caiu entretanto na caixa de correio eletrónico)
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