segunda-feira, 18 de julho de 2011

À margem do CG: algumas notas soltas (49)

Mais uma volta, mais um dia, mais uma reunião do CG cheia de coisas curiosas. Como aperitivo de partida, sabia-se que a reunião contaria com a presença dos presidentes de Escola/Instituto da UMinho, na parte da tarde. Afinal, acabaram por aparecer para almoçar, o que deve ter defraudado alguns, que esperariam ter algo mais de substancial que um almoço para o qual foram convidados, pois foi reduzida a participação que lhes foi concedida na reunião da parte da tarde.
O pretexto para o convite aos presidentes das Escolas/Institutos para se juntarem ao Conselho era a inscrição na ordem de trabalhos de um ponto sobre os planos estratégicos das UOEI, o que não deixava de levantar perplexidade, sabendo-se que poucas presidências de Escola/Instituto tinham levado a sério ou entendido a solicitação que nesse sentido lhes tinha sido endereçada pelo reitor. Houve até quem não tivesse feito pura e simplesmente coisa alguma nesse âmbito, até à data, conforme foi expressamente assumido por um dos presentes. Recorde-se que a solicitação inicial da reitoria a esse respeito fará por esta altura um ano, mais coisa menos coisa. Acabou por se concluir que afinal as escolas não fizeram planeamento estratégico mas apenas um "exercício" de planeamento estratégico.
Terão saído da reunião frustrados já que o reitor, surpreendentemente, entendeu, ao invés, enunciar um conjunto de preocupações/perguntas de índole estratégica que, no seu dizer, importa que a UMinho e o seu CG considerem no futuro próximo, por forma a chegar-se, de facto, ao plano estratégico que a Universidade do Minho deve ter mas que o próprio, juntamente com muitos outros membros do órgão, defendiam, até há pouco tempo, que a instituição podia dispensar (porque havia o programa de candidatura do reitor, e o plano quadrianual que apresentou, e mais um não sei quantas desculpas de quem temia que se discutisse a UMinho e a respectiva falta de projecto estratégico).
Falei, a abrir, de curiosidades e entretanto deixei-me levar por outros (maus) caminhos. Que fiquem, de facto, as curiosidades maiores (algumas), a saber:
i) a notícia de que a A3S chumbou (bem, no dizer de quem deu a notícia) o projecto de criação de uma licenciatura em Serviço Social, proposta há algum tempo pelo ICS e pelo IE;
ii) a reclamação por parte do presidente da AAUM (também membro do CG e aluno de Comunicação Social) que fosse reintroduzida a censura (fica melhor dizer moderação) na circulação de correio electrónico na rede geral da UMinho, para evitar abusos como os que aconteceram (disse-se) por ocasião da recente “saga dos gelados” que a instituição viveu (note-se que não se diferenciava a circulação de mensagens provindas de endereços electrónicos anónimos, exteriores ao domínio UMinho, daqueles que são emitidos a partir de endereços da instituição);
iii) a apresentação no CG de proposta de criação de um centro de investigação que contemplava expressamente no seu regulamento a “designação” pelos seus órgãos dos directores dos cursos de 3º ciclo que viessem a ser criados ou a funcionar na área científica de trabalho do centro;
iv) a notícia da descoberta por parte da reitoria de um prestador de serviços na área da informática que irá resolver definitivamente e sem mácula o problema espinhoso da elaboração de horários. Pena foi que só o reitor tenha parecido convencido que tinha encontrado a solução milagrosa para o problema. Espera-se agora que se possam resolver, à “unha”, sem perdas de tempo excessivas, os buracos que a implementação daquele modelo de elaboração dos horários vier a pôr a nu; finalmente,
v) a enorme surpresa que foi a descoberta pelo reitor de que a instituição estava sem projecto estratégico e a remissão para o CG e para as suas Comissões, que ainda não há muito tempo apareciam como desnecessárias, da produção dos documentos orientadores.
Foi, como se lê, mais um dia em cheio, este do CG. Pena é que o órgão pareça ter uns quantos “conselheiros” padecendo de uma forma de doença que algumas vezes se usa chamar de raciocínio lento, aparte alguns problemas de memória. De outro modo recordar-se-iam do que em relação a essa matéria foi dito pelo signatário desta "nota informativa" (secundado por mais dois ou três outros membros do órgão) quando tomou posse do "seu" lugar no CG, em Novembro de 2009.

J. Cadima Ribeiro

(agradece-se a contribuição recebida do colega ACO para a "formatação" final deste texto; as limitações de que o texto continua a padecer são da minha inteira responsabilidade; o exercício da "escrita na hora" é sempre um de alto risco mas que continuo a entender merecer a pena ser assumido)

Sem comentários:

Enviar um comentário