sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A pretexto de procedimentos de qualidade: “Se eu mandasse, não faria nada disto!"

Numa altura em que a propósito de tudo e de nada se vem falando do chamado "Sistema Interno de Garantia da Qualidade da Universidade do Minho", parece-me fazer sentido “reproduzir" aqui as palavras de um membro de um conselho científico de uma UOEI da UMinho proferidas recentemente no quadro da discussão dos critérios a adoptar em concursos para recrutamento de professores da carreira docente da Universidade. Foram elas as seguintes:
“Se eu mandasse, não faria nada disto. Seguiria as melhores práticas!” (AR).
A meu ver, isto sim mereceria a atenção de quem foi mandato para “pensar” na problemática da qualidade do desempenho da Instituição, nomeadamente no contexto das reuniões periódicas que entretanto foram anunciadas (com publicidade inesperada, se mantidas presentes as práticas comuns de informação à academia).
Já agora: não ocorre aos ditos "encarregados de missão" que, mais importante para o sucesso de um efectivo sistema de qualidade que a Instituição queira adoptar que estabelecer um conjunto de procedimentos formais, burocráticos, será equacionar formas de comunicar com quem, de facto, dá corpo à missão da Universidade, e, consequentemente, configurar os procedimentos a implementar em função das realidades existentes e em estrita articulação com os agentes desse processo?
Porventura, será pedir demais, postas as mentes brilhantes que se anunciam por detrás dos "regulamentos" que vão sendo produzidos.

J. Cadima Ribeiro

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