sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

À margem do CG: algumas notas soltas (37)

Sintomaticamente, as últimas notas que tomei da reunião do CG realizada no final de Novembro pp. rezam assim: “formulação de um convite à Academia para que participe no processo de discussão sobre a eventual transformação da Instituição numa fundação”. Essa frase (proposta) aparece complementada por outra que sublinha a importância de ser estimulado um processo de “reflexão sobre as mudanças que são necessárias” para que a UMinho cumpra melhor a sua missão, frase esta que não tem que ser lida em directa associação com a problemática tratada na primeira.
Desfolhando essas notas nesta altura, confesso-vos que reconheço toda a acuidade no que é proposto, quer dizer, acho que, de facto, escasseia reflexão na UMinho sobre os caminhos que importa percorrer, e considero profundamente lamentável se a proposta do reitor não servir de pretexto para que, pelo menos, a Academia abandone a apatia em que parece viver, como se o que se passa fora dos gabinetes de trabalho de cada um só dissesse respeito aos outros.
Sem ambiguidade, digo-vos que não acredito em Universidades que vivem paralisadas pelo medo do futuro e/ou cujos agentes mantêm posturas reverenciais perante os ocasionais detentores do poder. O futuro é já ali, mas constrói-se. Não nos cai, mansamente, no regaço.

J. Cadima Ribeiro

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