terça-feira, 24 de novembro de 2009

À margem do CG: algumas notas soltas (4)

(ecos da reunião de 16 de Nov. 2009, ainda)

No quadro dos debates mantidos em sede dos órgãos, há coisas que se dizem. A pergunta que deixo é: escrevem-se?
Exemplos:
1. A propósito da acta que importava aprovar na reunião de 16 de Nov. pp., a dado passo, alguém terá dito alguma coisa do género: “Fomos longe de mais em matéria de transcrição de posições para a acta”. Pergunto: alguma vez se vai longe de mais nessa matéria? Ou o problema é outro; a saber: a delicadeza das matérias que podem estar em apreciação e, talvez, a inconveniência de que a comunidade académica se inteire de certas posições assumidas no recato do Largo do Paço? Admito que há circunstâncias…
2. Bem intencionada, a iniciativa de criar a figura do “provedor do estudante”, como a do provedor de outras coisas, suscitou a dúvida sobre se a acção de tal agente não “pode tornar a vida impossível” de qualquer agente ou estrutura do processo de ensino. Pode? Eventualmente, pode, se falhar o bom-senso e se faltar à personalidade que possa ser escolhida o “perfil de provedor”.
3. “Estamos ainda na fase da depressão pós-parto do CG”? Porventura sim, tanto mais que o nasciturno teria, talvez, uma cabeça desmesurada, o que deu desde logo um período de gravidez agitado. Pode, ainda, adquirir conformações comuns, razoavelmente ajustadas à espessura e fragilidade da vida que importa estimular nos campi? Talvez, se o cirurgião plástico se esmerar.
4. Interpretando o que se espera do respectivo mandato, alguns membros do CG têm feito chegar ao órgão as respectivas questões e preocupações sobre aspectos diversos da vida da Instituição, das quintas que foram dos peões, à bagunça que subsiste nos campi, por falta de limpeza e falta de autoridade de quem deveria regular práticas que alguns chamam de praxe académica (ainda hoje, 24 de Nov.). Face ao que se ouviu na sessão a propósito, pergunta-se: depois de enunciadas, as questões não ficam vertidas em registo escrito (nas actas, por exemplo)? Ou é preciso assegurar que o “papel azul” continue a ter escoamento?
Desgraças de académicos bem intencionados, ou mais ou menos.

J. Cadima Ribeiro

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