quarta-feira, 29 de julho de 2009

Prestação de Contas (13)

O que mais impressiona, na recentíssima auditoria do Tribunal de Contas à Universidade do Minho, não são os comentários nem as conclusões, são os factos nela revelados.
Alguns deles constituem ilegalidades que, se tivessem sido cometidas, por mera hipótese, por um docente ou por um funcionário, teriam consequências bem desagradáveis.
Era de esperar, por isso, que, perante os factos publicamente divulgados, o Reitor se dirigisse à Academia, dando as explicações que a esta são devidas.
Não o fez ainda e, pelo que se soube, entendeu dar na passada segunda-feira explicações a um órgão em vias de extinção (o Senado Universitário).
A meu ver, esse órgão até já está extinto, e só o facto de a Universidade estar sem rumo há vários meses (ver, neste blogue, o texto de 15 de Junho de 2009) explica que não exista uma normalidade de funcionamento na UM de acordo com os novos estatutos.
Neste momento, ainda não é possível saber, por exemplo, quando estará constituído o Senado Académico para o qual houve eleições em 30 de Abril, continuando os membros eleitos sem tomar posse. A constituição final deste órgão chegou a estar prevista, no calendário inicial, para 5 de Junho!
Seguramente que se o Reitor tivesse saído, como devia, quando o movimento “Novos Desafios, Novos Rumos” propôs (16 de Março de 2009), a situação da UM seria outra: teríamos já um Reitor a trabalhar em pleno e motivado, o que manifestamente não sucede actualmente.
Quem fica prejudicada com tudo isto é a Universidade do Minho!

António Cândido de Oliveira

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