quarta-feira, 1 de julho de 2009

Prestação de Contas (11)

Reuniu ontem o Conselho Geral da UM, tendo aprovado o Regulamento Eleitoral e marcado a data de eleições para o Reitor (7 de Outubro de 2009).
(Para mais informações sobre este assunto consultar o blogue "Universidade Cidadã" e a nota informativa do Conselho Geral.)
Logo no início da reunião foi feita uma chamada de atenção para o facto de a página Web da UM estar desactualizada, não dando informação correcta e bem destacada, como devia, aos novos órgãos e nomeadamente ao Conselho Geral. O Presidente do órgão informou que fez já diligências no sentido de resolver esse problema. Sobre este aspecto basta comparar a página da UM e a das outras principais universidades para ver a diferença.
Um outro problema que mereceu a atenção do Conselho, para ser resolvido do melhor modo possível, foi o que decorre da ausência de formalização escrita da decisão do Reitor de deixar o cargo. O CG assumiu que se tratou de uma renúncia ao cumprimento integral do mandato com a consequência de desencadear de imediato eleições. Até à posse do novo Reitor o actual manter-se-á em funções e assegurará, estou certo, a transição da melhor forma, pois assim o exige o interesse da instituição.
Na marcação das eleições ponderou-se, por um lado, a necessidade de não atropelar prazos, tendo em conta ainda que Agosto é um mês de pouca actividade (não diria que é um mês de férias pois a Universidade não tem férias, quem as tem são os seus membros) e, por outro, que é urgente que tome posse um novo Reitor bem motivado para exercer as suas funções no actual quadro normativo. Este é muito exigente para o Reitor, pois implica que este preste contas regularmente perante o Conselho e, através dele, perante a academia. Não há lugar para um exercício solitário do cargo.
Acresce que a UM precisa de resolver rapidamente os sérios problemas de organização e funcionamento que actualmente existem e que a todos preocupam. A este propósito: é de admitir que a UM continue sem um Administrador qualificado? É de admitir que não se encontre na UM uma informação completa, global e constantemente actualizada sobre a sua situação financeira?
A UM precisa, além disso, de um Reitor que esteja próximo da Academia e entusiasme (ou pelo menos motive) os seus docentes, investigadores, alunos e funcionários dentro de um plano bem estruturado de acção a médio e longo prazo.
Ainda, o novo Reitor deve ter uma acção ao mesmo tempo diplomática e combativa na defesa dos interesses da Universidade, criticando os poderes públicos sempre que necessário, mas não se contentando com a mera crítica. Agir é preciso.
É tempo, por isso, de preparar candidaturas. Candidaturas à altura das necessidades e problemas de uma das maiores universidades portuguesas. Estou certo que elas surgirão seguramente dentro da Universidade e as que surgirem de fora serão bem acolhidas desde que provem ser melhores do que as internas.
Queremos o melhor para a UM num momento que é muito difícil e esse melhor não se compadece com candidaturas menores.
O desafio está lançado!

António Cândido de Oliveira

2 comentários:

  1. É possível que a decisão sobre o regulamento eleitoral e o edital para eleição do reitor seja tomada por potenciais candidatos que auto-definem as condições e o tempo em causa própria? É possível?

    É possível que os membros do conselho geral apenas se representem a si próprios e os seus interesses? Afinal o perfil que definiram para o reitor serve a qual deles? É possível?

    É muito bom este modelo de governação. Nesta altura os colegas já devem ter percebido que já não têm mais nada a dizer sobre a universidade. Não há actas nem declarações de voto. Transparência? Vejam o caso das outras Universidades. Assim é (im)possível?

    Até parece que a selecção reitoral vai ser escolhida de dentro do conselho geral em convergência das listas. Apenas comércio.
    É possível?

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  2. Caro(a) Colega,
    Independentemente da pertinência (discutível) de algumas das dúvidas que suscita, a sua mensagem peca numa dimensão insanável: por um lado, reclama transparência; por outro, não dá a cara.
    Por isso, nos termos da nota editorial disponível neste blogue, a divulgação do seu comentário deverá ser tida a título excepcional.
    Teremos todo o gosto em publicar comentários ou reflexões que nos faça chegar uma vez que resolva a contradição que assinalo.
    Essa prática será aplicada com zelo doravante, para evitar mal-entendidos.
    Cordiais cumprimentos,

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