segunda-feira, 30 de novembro de 2015

"Restaurante da Universidade só para o bolso de professores"

«No dia em que a Universidade do Porto (UP) celebrou os 50 anos dos Serviços de Ação Social, foi inaugurado um restaurante na Faculdade de Medicina.
Espaço mais vocacionado para docentes e investigadores. Ainda assim, os estudantes não estão impedidos de lá fazerem as suas refeições. Porém, deixam de comer uma refeição completa na cantina por 2,45 euros e abrem os cordões à bolsa no restaurante, situado no piso de cima, onde o buffet custa 9,5 euros.
A opinião daqueles que ontem foram à inauguração do espaço foi unânime: "Há muito a UP necessitava de um espaço como este. Num ambiente diferente ao de uma cantina de faculdade, onde os profissionais de Saúde podem até, numa sala mais reservada, organizar um almoço de trabalho", contou, ao JN, Cristina Jacinto, diretora dos Serviços de Ação Social da Universidade do Porto (SASUP)
E as diferenças entre os dois espaços não ficam só pelo preço. Os menus também são distintos: na cantina comia-se ontem carne estufada, enquanto que no restaurante foi servido "folhado de salmão e lombinhos de vitela". Havia também quiches, cogumelos e tomates recheados como entradas. Já para não falar na variedade de frutas: do melão ao kiwi, passando pela papaia ou pelo ananás. Expostos estavam também os vinhos que podem acompanhar a refeição.
Um dos convidados da inauguração do novo restaurante foi Sebastião Feyo de Azevedo, reitor da UP, visivelmente agradado com o novo espaço de restauração: "Acima de tudo, este foi um excelente aproveitamento de uma estrutura que já aqui existia. Tem um aspeto ótimo e só espero que este restaurante seja muito promissor".
Radiante estava também Cristina Jacinto, pelo facto de ter sido no Porto que há 50 anos surgiu "o primeiro movimento de apoio aos estudantes", visto como "o embrião do serviço de ação social", que hoje em dia é representado pelo SASUP.
"Há 50 anos, a Universidade estava à frente do seu tempo, e acredito que essa estratégia ainda se mantém atualmente", concluiu.»

(reprodução de notícia JORNAL de NOTÍCIAS online, de 29 de novembro de 2015)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

sábado, 28 de novembro de 2015

"Universidades do Sul do país unem-se em consórcio sobre Estudos Mediterrânicos"

«Os Reitores das Universidades do Algarve, Évora e Nova de Lisboa apresentaram ontem, dia 26 de novembro, na Academia algarvia, a plataforma “Estudos Mediterrânicos, um consórcio universitário”, que visa promover iniciativas de cooperação com universidades, unidades de investigação e centros tecnológicos dos países e regiões do Mediterrâneo.

A plataforma “Estudos Mediterrânicos, consórcio universitário” foi criada pelas únicas três universidades públicas com campi a sul do Tejo e destina-se a promover a cooperação com as instituições universitárias e de I&D do Mediterrâneo. O Memorando de Entendimento foi formalizado na Universidade de Évora, no passado dia 31 de outubro, e, entre outras cláusulas, refere que a sua missão orientar-se-á para “o progresso do conhecimento, para a qualidade do ensino superior e para a qualificação das atividades de prestação de serviços no âmbito dos países do Mediterrâneo”. Acrescenta que “na prossecução dos seus objetivos, a plataforma promoverá o estabelecimento de atividades interdisciplinares, sempre com objetivos de promover o relacionamento próximo entre os atores que participam no processo de produção e difusão do conhecimento (académicos, empresários, investigadores, artistas) ”.
Para António Branco, reitor da UAlg, “esta aposta passa por encontrar massa crítica dentro das três instituições, sobretudo nos campos do Património, Recursos Hídricos e Energia, para nos associarmos em projetos que permitam candidaturas a fundos europeus com parceiros do Mediterrâneo, partilhando conhecimento, investigação e formação, e promovendo o espírito de cooperação e da paz”.
Por seu lado, Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora, considera que este projeto, abrangente, transversal e inovador, permitirá uma mais eficaz articulação aos níveis da investigação e educação, levando a uma maior ligação aos países do outro lado do Mediterrâneo. “No fundo, é reconhecer que estes mundos são um só e potenciar aquilo que nos une, articulando um projeto educativo e de investigação comum, que contribua para melhorar o relacionamento, não só entre as universidades envolvidas, mas também entre as regiões do Mediterrâneo”.
O reitor da Universidade Nova de Lisboa, António Rendas, realçou o facto de as três universidades estarem muito empenhadas em desenvolver o Sul do País, assumindo claramente este desígnio, que na sua opinião vai demorar algum tempo. Para António Rendas “as três universidades já estão sentadas à mesma mesa para identificar problemas e para conjuntamente fazer melhor do que aquilo que já fazem isoladamente”.
Em curso está a definição de áreas científicas prioritárias, no âmbito dos quais se pretende a criação de redes de instituições de ambas as margens do Mediterrâneo e a concretização de linhas sólidas de cooperação. Os projetos em análise integram a mobilidade de estudantes, professores e técnicos, a conceção de projetos conjuntos de I&D e a oferta de pós-graduações (mestrados e doutoramentos) organizadas em consórcio.
Esta plataforma está sediada no Campo Arqueológico de Mértola, que é o primeiro membro associado, representado pelo arqueólogo Cláudio Torres. Admitirá outras instituições como associadas, prevendo-se que se transforme num fórum ativo capaz de estruturar iniciativas conjuntas entra as instituições dos países do Mediterrâneo, sempre com o objetivo de “contribuir para o intercâmbio das comunidades mediterrâneas, para o desenvolvimento de um espirito de cooperação e desenvolvimento e para a garantia da paz” nesta região.»

(reprodução de notícia UNIVERSIDADE DE ÉVORA online)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

"Novo ministro quer recuperar confiança dos cientistas"

«Uma das prioridades de Manuel Heitor é o restabelecimento da confiança na Fundação para a Ciência e a Tecnologia, principal entidade de financiamento público da investigação científica em Portugal.

O novo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, assume como metas a recuperação da confiança da comunidade científica, o fim das “clivagens e fricções” entre universidades e o combate à precariedade laboral de docentes e investigadores.
Manuel Heitor, que toma posse esta quinta-feira, disse, em declarações à agência Lusa, que acolheu o novo cargo como “um desafio”: “Não estava na minha agenda voltar à política activa”, afirmou, acrescentando que pretende “continuar a contribuir de forma decisiva para que Portugal seja um país de ciência”.
“Acredito que não há mais alternativa para Portugal do que ser um país com base no conhecimento e na ciência”, sustentou o professor catedrático do Instituto Superior Técnico, em Lisboa, que foi secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, entre Março de 2005 e Junho de 2011, quando era ministro da tutela Mariano Gago, que morreu em Abril, e considerado por muitos o grande impulsionador da ciência em Portugal.
Manuel Heitor entende que se assistiu em Portugal “a uma deterioração do conhecimento como bem público”, a “clivagens e fricções” entre instituições, fruto de “políticas públicas mal informadas”. “Hoje, temos universidades do Norte contra as universidades do Sul, temos umas instituições contra as outras, face a uma política de divisão, e não de coesão”, advogou, propondo a criação de “um pacto para todo o sistema de produção e difusão do conhecimento, com objectivos comuns e sólidos”.
Como uma das prioridades, o novo ministro aponta o restabelecimento da confiança “no sistema de governança do sistema científico e tecnológico”, em particular na Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), principal entidade de financiamento público da investigação científica em Portugal. “Nos últimos anos, assistimos a uma orientação de pôr a FCT contra a comunidade científica”, afirmou, numa crítica ao mandato de Nuno Crato como ministro da Educação e Ciência, no primeiro governo PSD/CDS-PP de Pedro Passos Coelho.
Manuel Heitor propõe-se criar, com a comunidade científica, um grupo de trabalho de “alto nível” para identificar o que deve ser a liderança da FCT. Dessa avaliação “sairá certamente a futura direcção da FCT, que represente a comunidade científica”, adiantou.
A actual presidente da FCT, a investigadora Maria Arménia Carrondo, substituiu em Abril o médico e investigador Manuel Seabra, que se demitiu nesse mês e que tinha estado na mira da contestação de bolseiros de investigação (devido a cortes significativos no número de bolsas) e centros de investigação (devido a uma avaliação criticada por falta de qualidade, mudança de regras durante o processo e estabelecimento à partida de que cerca de metade dos centros “chumbaria”). Maria Arménia Carrondo foi mandatada para até final de Dezembro deste ano, para completar o mandato de Miguel Seabra, que terminaria nessa altura.
O novo ministro elege a precariedade laboral de docentes universitários e investigadores como “um desafio” que “tem de ser resolvido com as instituições, com o Governo” e defende uma “reforma progressiva dos modelos de ensino e aprendizagem e de integração no mercado de trabalho” como resposta ao desemprego entre jovens com formação superior.»

(reprodução de notícia Público online, de 26/11/2015)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

"Praxe suspensa após agressão com cinto"

«Direção do Instituto Politécnico do Cávado e Ave suspendeu os rituais de receção aos caloiros após aluno ser chicoteado com cinto.

As alegadas chicotadas sofridas por um caloiro durante o ritual do "julgamento" levou à proibição das praxes dentro do Campus do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA). O aluno terá sido chicoteado com um cinto por um elemento do Conselho de Veteranos.
Segundo uma testemunha presente no ritual e que prefere não ser identificado, o aluno, que durante a sessão estava proibido de rir e olhar para os "doutores", não conseguia parar de rir e erguer a cabeça. Terá sido então ameaçado de "levar com o cinto", caso não parasse. "Depois de o ameaçar uma segunda vez, o veterano disse que no final iria tratar dele. E assim foi: chamou-o à parte, falou com ele, mandou-o colocar-se com os joelhos e mãos no chão e deu-lhe com o cinto na zona lombar", conta.»

(reprodução de notícia JORNAL de NOTÍCIAS online, de 27 de novembro de 2015)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

"Docentes e investigadores aplaudem escolha de Manuel Heitor"

«Sindicato Nacional de Ensino Superior congratula-se pelo retorno de um ministério próprio para a Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

A escolha de Manuel Heitor para o Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior é apoiada pelos líderes do SNESup, António Vicente e Gonçalo Velho.
Em comunicado, o sindicato refere que nos últimos anos foi possível verificar a existência de abertura do novo ministro em relação a alguns temas fraturantes na gestão do anterior governo. O SNESup espera agora que possam ser resolvidos problemas em matérias cruciais para a Ciência e Ensino Superior, como o fim da precariedade laboral dos docentes e investigadores, a implementação de um regime próprio para professores e investigadores do Ensino Superior privado e recuperado o financiamento nestas áreas do conhecimento.
O regresso de um ministério próprio é também bem visto por cientistas e docentes universitários.»

(reprodução de notícia EXPRESSO online, de 24.11.2015)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

"Manuel Caldeira Cabral, um independente próximo do PS na Economia"

«Professor da Universidade do Minho foi assessor de Teixeira dos Santos e colabora com o PS há vários anos.

É um regresso a casa. Manuel Caldeira Cabral volta ao Ministério da Economia, já não como assessor, mas agora na qualidade de ministro, aos 47 anos.
Professor na Universidade do Minho, o economista esteve no grupo de peritos que elaboraram o cenário macroeconómico do PS antes das eleições. Mas a sua ligação ao PS é anterior a isso. Não só trabalhou com Manuel Pinho e de Fernando Teixeira dos Santos entre 2009 e 2011, como fez parte do grupo de conselheiros económicos de António José Seguro quando este era secretário-geral do PS.
Durante o último Governo de José Sócrates, pertenceu ao Conselho para a Promoção da Internacionalização e participou no grupo de acompanhamento da estratégia 2020. Não tem cartão de militante, mas a ligação ao PS manteve-se. Até Abril dividiu as aulas na Universidade do Minho com a elaboração do conjunto de propostas em matéria de economia e finanças que serviram de base ao programa eleitoral de Costa. E nas eleições de 4 de Outubro, foi o cabeça-de-lista, como independente, no círculo de Braga. Do grupo dos 12 economistas, Caldeira Cabral é um dos três que chegam a ministro (a par com Mário Centeno e Vieira da Silva).
No rescaldo das negociações do PS com os partidos à esquerda, apareceu a falar como putativo ministro, sublinhando recentemente à Antena 1 a convicção de que os investidores “sabem que o PS tem políticas macroeconómicas estáveis”.
Caldeira Cabral licenciou-se em 1992 em Economia na Universidade Nova de Lisboa, onde viria a fazer um mestrado em Economia Aplicada em 1996, e mais tarde concluiu o doutoramento na Universidade de Nottingham. Em 2004, precisamente o ano em que se doutorou, foi para Timor-Leste dar aulas na universidade, num projecto de cooperação da Fundação das Universidades Portuguesas. E três anos depois voltaria a Timor, de novo como professor.
Antes de se dedicar à carreira académica a partir de 1993, o economista chegou a trabalhar como assessor na Associação Portuguesa de Seguradores e, antes, como jornalista. Sempre com a economia em pano de fundo: escreveu no Diário Económico e no Semanário Económico.
No currículo tem vários projectos de investigação sobre comércio internacional e exportações. Um trabalho recente, elaborado com outros colegas da Universidade do Minho, centrou-se no tema Internacionalização do Sector da Saúde Nacional nos Mercados de Angola, Brasil, EUA e Alemanha

(reprodução de notícia Público online, de 24/11/2015)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

"Public spending on primary to tertiary educational institutions"


terça-feira, 24 de novembro de 2015

"Portugal lidera aumento do peso das despesas das famílias no ensino superior"

«Relatório Education at a Glance 2015 divulgado nesta terça-feira traça o retrato dos sistemas educativos em 46 países.

É um recorde pela negativa o que Portugal alcança no último retrato dos sistemas educativos apresentados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE): a percentagem da despesa dos privados, sobretudo das famílias, no ensino superior é a mais alta da União Europeia (UE) – 45,7%.
Segundo os dados apresentados no relatório Education at a Glance divulgado nesta terça-feira, acompanham-nos neste pódio, na UE, a Hungria (45,6%) e o Reino Unido (43,1%). A que se juntam nos 46 países analisados, 34 dos quais da OCDE, o Japão (67,7%), o Chile (65,4%) e os Estados Unidos (62,2%).
Em comum têm também o facto deste aumento da contribuição privada ser sobretudo alimentada pelas famílias. Da fatia de quase 46% respeitante a Portugal, 35% foi suportado pelas famílias. Em média este valor na UE foi de 14% e na OCDE de 21,7%.
Mas o contraste está também na comparação dos valores portugueses com as médias e tendências da OCDE e da UE. Enquanto em Portugal a despesa dos privados subiu, entre 2010 e 2012, de 31% para quase 46%, na OCDE a média destes gastos desceu de 31,6% para 30%, e na UE a queda foi de 23% para 22%.
Os dados relativos às despesas na educação neste relatório datam de 2012 e dão conta, sobretudo, do impacto da crise económica no sector. Mas também de situações anteriores e que se mantêm.
Em 2012, o valor anual das propinas no superior público rondava os 1000 euros, perto do actual, e no Reino Unido ultrapassava os 4000 euros. Virtualmente, na altura, Portugal era o 10.º país na UE com propinas mais caras, mas devido aos apoios dos Estados e a muitas excepções praticadas noutros Estados, acabava por se situar no terceiro lugar dos que exigiam maior despesa das famílias.
A acrescentar a este cenário de base, juntou-se em 2012 o facto de “a maior parte das famílias portuguesas ter sofrido uma quebra de rendimentos, enquanto os gastos para manter os filhos no ensino superior se manteve igual ao que era”, lembra ao PÚBLICO o presidente do Conselho dos Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Cunha. Soma-se ainda “uma redução dos apoios da Acção Social Escolar”, que então se registou e que no superior se traduz sobretudo nas bolsas atribuídas.
António Cunha salienta que este panorama começou a mudar de novo, para melhor, a partir de 2014. Nesse ano foram revogadas também as regras instituídas durante o Governo de José Sócrates, em 2010, que excluíam do direito a bolsas os alunos cujas famílias tinham dívidas às Finanças ou à Segurança Social.
Estaremos, portanto, neste relatório da OCDE, face a um retrato do passado recente, mas que dá conta de consequências que são duradouras em muitos agregados e que, em Portugal, contribuiu para a quebra de candidatos ao ensino superior registada a partir e 2010 e que só se inverteu este ano.

Despesa pública
É uma relação directa: quando a despesa das famílias aumenta no ensino público, é porque o contributo do Estado diminuiu. Entre 2010 e 2012 registou-se uma quebra na despesa pública nas instituições da educação em 11 países da OCDE, Portugal incluído.
Em cinco países essa redução foi de 5% ou mais. São eles, segundo a OCDE, a Hungria, Itália, Portugal, Eslovénia e Espanha. Existem diferenças entre eles? Sim. Portugal foi o que teve a maior quebra no conjunto de todos os níveis de ensino: 14%. Só no ensino superior passou de um peso de 69% em 2010 para 54,3% em 2012.
Mas a OCDE não traça o retrato de Portugal só a negro. Refere, por exemplo, que dos 23 países que tinham dados separados em relação à despesa pública em investigação, Portugal figurava entre os dez em que esta fatia representava, pelo menos, 40% do custo total por aluno no ensino superior. Que por cá continuava, em 2014, a ser bem inferior às médias da OCDE e da UE: cerca de 5400 euros em Portugal por comparação a entre mais de 11 mil e 12 mil de média na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico e na União Europeia.

(reprodução de notícia Público online, de  24/11/2015)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

"5,3 milhões para universidades comprarem bicicletas"

«As universidades portuguesas vão dispor de 5,3 milhões de euros, aos quais podem concorrer para financiar a aquisição de frotas de bicicletas elétricas e convencionais, que serão, posteriormente, atribuídas aos alunos, a título de aluguer.

Trata-se do projeto U-Bike Portugal, apresentado ontem em Aveiro, e que é apoiado pelo PO SEUR - Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, financiado por fundos comunitários.
"A aposta é no aluguer de longa duração (um semestre ou um ano letivo). Até aos quatro quilómetros, a bicicleta é o meio de transporte mais eficiente, sendo uma alternativa viável aos meios de transporte individuais motorizados", afirmou Miguel Castro Neto, secretário de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza.»

(reprodução de notícia JORNAL DE NOTÍCIAS online, de 24 de novembro de 2015)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

"À procura de alunos estrangeiros"

«Número de estudantes que escolhem outro país para tirar um curso superior está a aumentar exponencialmente e rondará atualmente os cinco milhões. A competição por talento é cada vez mais intensa

A universidade fica em Milão, Itália, mas a probabilidade de se entrar numa sala de aula e ouvir o professor ensinar em inglês é elevada. No conjunto de todas as cadeiras, mais de 50% já são dadas nessa língua e há quatro licenciaturas internacionais em que o curso é lecionado integralmente em inglês. No próximo ano letivo começarão mais duas. Mais de metade dos professores não nasceram no país e 11% dos alunos vem de fora. Alguns acabam por ficar a trabalhar em Itália. A maioria parte ruma a outro destino, para continuar a estudar ou trabalhar.
É assim na Bocconi, uma das universidades de referência a nível mundial nas áreas de gestão, economia e finanças, mas também e cada vez mais em todas as instituições de ensino superior que jogam, ou querem entrar, no campeonato cada vez mais atrativo, mas também competitivo, da disputa de estudantes internacionais.
O mercado não só cresceu exponencialmente na última década – nem a crise fez abrandar o ritmo –, como se estima que continue a aumentar, muito especialmente por causa dos jovens chineses e indianos, que não encontram respostas de qualidade e em número suficiente nos seus países de origem. Só estas duas nacionalidades totalizarão perto de um milhão de estudantes internacionais.
Os números mais atuais dizem respeito a 2012, mas são esclarecedores: em 2000, havia cerca de dois milhões de estudantes internacionais a estudar fora do seu país de origem; uma década depois o número já ultrapassava os 4,5 milhões, segundo a OCDE.
Há o campeonato onde jogam os Estados Unidos, seguidos à distância por Reino Unido, França e Austrália. E há depois uma série de outros países que se lançaram, há mais ou menos tempo, nesta competição, como Portugal.

STUDY IN PORTUGAL

O último Governo juntou-se aos esforços individuais de cada instituição e deu os primeiros passos ao definir uma estratégia de internacionalização do ensino superior português. A criação do portal Study in Portugal e a aprovação de um estatuto do estudante internacional foram duas das medidas.
À sua escala, também Portugal vai atraindo mais estudantes. Eram 26.570 em 2013/2014 que estavam a tirar um semestre, por exemplo, ou um curso inteiro nalguma universidade ou politécnico português. Brasil (só em Coimbra estão mais de dois mil estudantes e investigadores), Espanha, Itália, Polónia e Alemanha são alguns do países com maior representação.
Os ganhos para os países e para as instituições são óbvios. As universidades recebem alunos, propinas e, no melhor dos cenários, possíveis futuros professores e investigadores. As cidades beneficiam do facto de conquistar, nem que seja temporariamente, mais habitantes, que gastam dinheiro e que podem ajudar a projetar a imagem do país.

 “A COMPETIÇÃO POR TALENTO É TREMENDA”

“Não interessa a dimensão e a riqueza de um país. O que interessa é a qualidade, a estratégia e a ambição da escola”, defende Stefano Caselli, vice-diretor da para as Relações Internacionais da Bocconi, que ao longo dos anos foi ganhando projeção internacional e subindo nos rankings até se colocar entre as 10 melhores instituições da Europa e 30 no mundo na área das gestão e finanças. Caselli dá o exemplo da Holanda e da Suíça como países cujas instituições se projetaram além fronteiras.
A “competição por talento é tremenda”, afirma Andrea Sironi, reitor da Universidade de Bocconi. E faz-se sentir na procura de alunos, mas também de professores. “O mercado é completamente internacional. Semana sim, semana não há um professor a receber um convite. Isto não acontecia há uns anos”.

A IMPORTÂNCIA DOS RANKINGS

Neste jogo, em que todos procuram informação sobre todos, os rankings internacionais acabaram por ganhar importância crescente. Sobretudo ao nível dos mestrados e formação pós-graduada. Para uma escola de gestão, por exemplo, a presença nas listas do “Financial Times” acaba por ser determinante, e é aí que todos querem estar.
Maria Neves, 22 anos, tem perfeita consciência disso e foi também a pensar nas portas que se podem abrir que optou pelo mestrado conjunto que a Católica Lisbon School of Business and Economics tem com a Bocconi. Fez o 1º ano em Portugal, está agora a completar o 2º em Milão. 
 “Em termos de qualidade de ensino acho que não existem grandes diferenças de qualidade entre as duas instituições. O que difere é o nome e a projeção internacional de uma e de outra. Se quiser trabalhar em Londres, por exemplo, e disser que estudei na Bocconi é uma coisa. Se disse que foi na Católica é outra”, explica Maria, que chegou a pedir um empréstimo para conseguir pagar as propinas. Mas espera que o investimento compense. “Quero regressar a Portugal, mas só se conseguir um bom salário. Se for para voltar e ganhar 700 euros mais vale continuar cá fora.”»

(reprodução de artigo EXPRESSO online, de 22.11.2015 , por  ISABEL LEIRIA e SOFIA MIGUEL ROSA)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

"Saxony became the last of seven German states to abolish their tuition fees"

Notícia Migreat Blog
GERMAN UNIVERSITIES NOW ALL FREE OF TUITION FEES FOR INTERNATIONAL STUDENTS:
http://blog.migreat.com/2014/10/02/german-universities-now-all-free-of-tuition-fees-for-international-students/

domingo, 22 de novembro de 2015

"Ora assim, assim... Fundação Francisco Manuel dos Santos convidou cientistas para 'Ciência em 3 atos'"

«O que têm em comum o físico Carlos Fiolhais, o antigo conselheiro de Gordon Brown, Geoff Mulgan, ou ainda o psicólogo social Martin W. Bauer? Foram cientistas convidados da Fundação Francisco Manuel dos Santos no ‘Ciência em 3 atos’, para debater no panorama atual a relação do conhecimento científico com a sociedade, a prosperidade e a política, as suas relações com a curva de valor que pode, de facto, beneficiar as pessoas. Sim, as pessoas e não as ‘instituições’, de forma sofisticada e abstrata. Para além destes nomes, sonantes, muitos outros foram desafiados a participar, de vários quadrantes e especialidades, como António Tavares, Aurora Teixeira, Francisco Veloso, Graça Simões de Carvalho, Isabel Braga da Cruz, Jorge Calado, José Mendes e Tiago Santos Pereira. A cidade de Braga, eterna Bracara Augusta, fez mais uma vez jus ao seu pendor de modernidade, recebendo este evento, mostrando o Norte e o exemplo do que deve ser uma região inteligente, que se afirma internacionalmente nas indústrias de ponta da denominada Nova Economia, sem esquecer a dimensão das indústrias culturais, também elas geradoras de emprego.» 

REGINALDO RODRIGUES DE ALMEIDA

(reprodução de artigo de opinião Correio da Manhã jornal, de 22 de novbembro de 2015 -  http://www.cmjornal.xl.pt/opiniao/colunistas/reginaldo_rodrigues_de_almeida/detalhe/ora_assim_assim.html)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

Jardim Botânico da Universidade de Coimbra

Video disponível em Café PORTUGAL

Jardim Botânico da Universidade de Coimbra • Terra Líquida Filmes:


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

"Morada de silêncio"

a escrita é a minha primeira morada de silêncio
a segunda irrompe do corpo movendo-se por trás das palavras
extensas praias onde o mar nunca chegou. 

Al berto

"O país deu ´um enorme salto` no ensino superior [...] mas..."

Notícia Diário do Minho
Conhecimento científico não passa para as empresas:
http://www.diariodominho.pt/conteudos/60878?utm_source=diariodominho.pt

Visita de estudo

Colher de sopa 

(título de mensagem, datada de 2015-11-17, disponível em Empreender)

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Conselho Geral da UCoimbra: boas práticas

Universidade de Coimbra
Deliberações do Conselho Geral
2015 

"Reitores defendem revisão do sistema de financiamento da ciência"

«O representante dos reitores defendeu que Portugal tem um sistema de "financiamento monolítico" para a ciência, gerido por uma única instituição -- a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) - e assente em "idiossincrasias de uma determinada equipa".

Em entrevista à Lusa, a propósito do primeiro ano à frente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), o reitor da Universidade do Minho, António Cunha defendeu que o modelo de financiamento da ciência em Portugal "tem de ser repensado" e "alvo de uma discussão a nível nacional".
"Em Portugal, a ciência tem um financiamento monolítico do ponto de vista institucional. Praticamente há uma única instituição que financia ciência. Isto não acontece em muitos outros países, onde o financiamento pode ser conseguido através de várias instituições, com políticas próprias. A primeira questão que se deve pensar é se é bom para Portugal. Temos a dimensão que temos, mas é um exercício que deve ser pensado", declarou António Cunha.
O presidente do CRUP, que imediatamente a seguir à sua tomada de posse há um ano, num tom muito crítico deu voz à indignação das universidades pela forma como decorreu o processo de avaliação dos centros de investigação nacionais a cargo da FCT, afirmou que, à semelhança do que aconteceu nesse processo, o financiamento das instituições científicas nacionais baseia-se "em idiossincrasias de uma determinada equipa de gestão que durante algum período gere a instituição".
No que diz respeito à ciência, António Cunha identificou ainda outro aspeto que considera "central" para as universidades portuguesas.
"Não vemos mesmo como possa ser estruturado um sistema científico nacional sem ser a partir das universidades, que é aí que está 80% ou 90% da produção científica, e sem assumir que as universidades são a espinha dorsal desse sistema", defendeu o representante dos reitores portugueses.
António Cunha disse que "não se consegue perceber como é que se faz política científica sem uma articulação entre as entidades gestoras da ciência, a FCT, e as universidades" e que "o que aconteceu, de facto, com a anterior gestão da FCT foi um conflito permanente com as universidades, algo que não faz sentido absolutamente nenhum".
Miguel Seabra demitiu-se em abril da presidência da FCT, debaixo de forte contestação à política científica implementada, com cortes no número de bolsas de doutoramento e pós-doutoramento atribuídas, assim como ao processo de avaliação das unidades científicas.
Sobre a sua liderança, António Cunha disse que Seabra "foi incapaz" de ter uma visão de política pública de ciência e do que "poderia ser o sistema, porque não o conhecia".
O presidente do CRUP criticou ainda a tendência crescente, com paralelo em alguns países europeus, e que preocupa os reitores, de financiar a investigação científica com recurso a fundos comunitários, defendendo que em ciência deve haver uma distinção entre o que são financiamentos de base e financiamento de projetos.
"O país devia ter a capacidade de ter um investimento basal à investigação fundamentalmente feito a partir de fundos próprios e do Orçamento do Estado, que depois sejam complementados com verbas baseadas nos fundos estruturais. O que é preocupante não é o facto de existir um financiamento muito grande com base em fundos estruturais, isso é bom, é preocupante que os fundos estruturais estejam a substituir investimento basal que devia ser suportado pelo Orçamento do Estado", concluiu.»

(reprodução de notícia NOTÍCIAS AO MINUTO, de 18 de novembro de 2015)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

Do quotidiano da UMinho: "UMinho - Entidade Acreditada para Vales"

« [...]
Subscrevo.
Só quem passa por elas é que sabe.
Quanto mais trabalhamos, mais “castigados”, buro-asfixiados, somos.
É preciso desburocratizar, a UMinho e o país.
Começa a ser um pesadelo, tanto relatório, tantos procedimentos para fazer pagamentos e, pior ainda, recebimentos…etc., etc.
Boa noite.

Precioso»

(reprodução de mensagem distribuída pelo seu autor universalmente na rede da UMinho, que entretanto nos caiu na caixa de correio eletrónico)

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

"O que está a dar é simplificar: Atualização de dados dos beneficiários da ADSE"

«Bom dia.
Desculpem mais este desabafo, mas estou asfixiado com tanta burocracia.
O colega Pedro Caldeira Cabral, abordou numa intervenção na Antena 1 no Sábado passado, entre outros temas, um muito importante para a vida pessoal e do país, que é a burocratização em geral, incluindo a academia.
O tempo que todos perdemos com a burocracia, a energia mental consumida, deixam-nos desgastados para enfrentar as verdadeiras tarefas que interessam, a docência e a investigação. E quanto mais trabalhamos, mais somos afetados pela máquina burocrática. SIMPLEX PRECISA-SE RAPIDAMENTE POIS TEMPO É DINHEIRO...E A ENERGIA MENTAL TB.
Desburocratizar é  que está a dar.
Simplificar o que é simples e não complicar o que é fácil.
Proporcionar caminhos alternativos.
Uma boa semana.

Preciso

Nota. Ainda não consegui enviar as fotografias porque ganhei alergia a este procedimento.»

(reprodução de mensagem, distribuída pelo seu autor universalmente na rede da UMinho, que nos caiu entretanto na caixa de correio eletrónico)

"Terminou ontem o prazo para entregas de candidaturas aos órgãos sociais da Associação Académica"

Notícia RUM
Bruno Alcaide é o único candidato à direcção da AAUM:
http://rum.pt/news/bruno-alcaide-e-o-unico-candidato-a-direccao-da-aaum

domingo, 15 de novembro de 2015

«Desemprego reduz atracção do ensino superior em Portugal
Comissão Europeia quer que as instituições do superior olhem mais para o mercado de trabalho. No geral considera que a qualidade dos professores é indispensável para garantir uma melhor educação.

A taxa de desemprego entre os licenciados está a contribuir para que o ensino superior seja menos atractivo para os jovens em Portugal do que noutros países da Europa, alerta a Comissão Europeia (CE) no seu último relatório sobre educação divulgado nesta sexta-feira.
No estudo Education and Training Monitor 2015, a Comissão Europeia lembra que a percentagem de emprego em 2014 de jovens licenciados, entre os 20 e os 34 anos, estava em Portugal nos 73,6% quando a média europeia era então de 80,5%. Segundo o relatório, esta poderá ser uma das razões para que o país não só continue longe da meta estabelecida pela UE para 2020 (40% da população entre os 30 e os 34 anos com o ensino superior), como para o facto de a percentagem de conclusão deste nível de ensino ter sofrido uma queda acentuada.
“A percentagem da população entre os 30 e os 34 anos com ensino superior aumentou muito nos últimos 10 anos, mas, com 31,3% em 2014, continua significativamente abaixo da média europeia (37,9%), e da meta de 40% estabelecida para 2020”, frisa-se no relatório da CE. Em 2005, neste grupo etário a percentagem dos que completaram o ensino superior era inferior a 20%.
Em contraponto a este aumento, Portugal foi contudo o país europeu onde se registou uma maior quebra na taxa de conclusão do ensino superior, frisa-se no relatório da CE, que remete a propósito para um estudo recente sobre a implementação do processo de Bolonha, onde se dá conta que esta diminuição foi de 19 pontos percentuais entre 2008 (86%) e 2011 (67%). Por outro lado, constata a CE, as entradas no ensino superior “têm registado flutuações nos últimos três anos, apesar do aumento do número de estudantes que completam o ensino secundário”. É mais um dos exemplos apontados para sustentar a relação entre desemprego e a redução do poder de atracção do ensino superior em Portugal. O número de candidatos ao ensino superior esteve em queda desde 2010, uma tendência que se interrompeu este ano, com a entrada de mais de 50 mil estudantes no superior.
No geral, a taxa de emprego entre os licenciados na Europa (80,5%) continuava em 2014 a ser superior aos que tinham completado cursos profissionais de nível secundário (70,8%). Mas esta, segundo a CE, é apenas uma parte da questão. A outra tem a ver com esta realidade: as oportunidades de emprego "têm vindo a crescer lentamente para os jovens com o secundário completo, enquanto se regista uma estagnação no que respeita aos que concluíram o ensino superior". Por outro lado, acrescenta-se no relatório, na Europa cerca de 25% de jovens licenciados têm empregos que requerem qualificações inferiores.
Por estas razões, a CE considera que o desafio actual para os Estados-membros é o de “convencer as instituições do ensino superior a estar atentas às necessidades do mercado de trabalho”. E “porque as qualificações e competências adquiridas não são relevantes para sempre”, sobretudo num mundo em acelerada mudança, a CE considera também que os Estados-membros têm de “repensar” as estratégias com vista a garantir a participação da população adulta em acções de formação ao longo da sua vida activa. Actualmente, apenas 10,7% dos europeus entre os 25 e os 64 anos participam nestas, uma percentagem que desce para 4,4% entre os que têm níveis de escolaridades mais baixos.
Na estratégia para 2020, a UE acordou em que esta percentagem deveria situar-se no mínimo nos 15%. Em Portugal, a participação dos adultos em acções de formação desceu de 11,5% em 2011 para 9,6% em 2014.
Qualidade dos professores
No geral, este último relatório da UE confirma que Portugal reduziu significativamente a percentagem dos que abandonam precocemente o sistema de ensino, que passou de 23% em 2011 para 17,4% em 2014. Apesar deste feito, o país continua longe da meta estabelecida para 2020 (10%), frisa-se. Por outro lado, os resultados dos testes PISA de 2012 mostram que ”há um abrandamento dos progressos registados entre 2000 e 2009”, alerta a CE.
Estes testes, promovidos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), destinam-se a avaliar as competências dos jovens de 15 anos em Leitura, Matemática e Ciências. A CE lembra que, em Portugal, “a proporção dos estudantes com desempenhos fracos a Matemática manteve-se nos 24,9%, acima da média europeia (22,1%), enquanto os resultados em Leitura e Ciências mostram uma pequena deterioração entre 2009 e 2012”. Em leitura, os alunos que mostraram não ter as competências básicas passou de 17,6% para 18,8% e em Ciências de 16,5% para 19%.
Entre os problemas que se mantêm em Portugal a CE aponta para o elevado número de alunos que chumbam, uma situação já identificada pelo Conselho Nacional de Educação como a mais grave do sistema educativo português. E também para o peso que a origem socioeconómica continua a ter nos resultados alcançados pelos alunos portugueses.
Para a CE, um dos desafios actuais para promover uma efectiva educação inclusiva passa por garantir a qualidade das ofertas educativas. A qualidade da educação deve começar a ser assegurada logo a partir da pré-escolar, passar pelo reforço do ensino de línguas estrangeiras e sobretudo pela qualificação dos professores. “Todos os esforços para elevar a qualidade dos sistemas educativos na Europa depende em grande medida das competências dos professores e no estabelecimento de elevados padrões de exigência na sua formação inicial”, defende a CE.»

(reprodução de notícia Público online, de 14/11/2015)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

"É o País que não acompanha o ensino ou é o ensino que não acompanha a indústria? "

Atratividade do ensino superior em crise 

(título de mensagem, datada de sábado, 14 de novembro de 2015, disponível em O Campus e a Cidade)

sábado, 14 de novembro de 2015

"Numa universidade em que o eduquês está bem presente - ainda por cima de mãos dadas com o informatiquês -, o número foi muito bem atribuído"

Sinalética no campus 

(título de mensagem, datada de 2015-11-13, disponível em Empreender)

"Re: placas de indicações em Azurém"

«Estimados(as) Membros da Academia:

A Universidade do Minho é uma universidade pública que se rege, por força da Constituição e da lei (RJIES), por princípios democráticos.
Assim ocorrem, periodicamente,  eleições para os órgãos superiores da UM ( e não só), utilizando-se para o efeito, com largueza, este único meio de comunicação entre os membros da academia ("um"-"todos").
A democracia não se limita à representação, através de eleições, mas exige participação. A participação democrática é um direito e um dever dos membros da academia.
Cumpriu esse dever a mensagem do colega Jorge Martins, chamando a atenção para um problema que encontrou,  e o mesmo sucedeu com os(as) colegas que se lhe seguiram.
Aproveito para dizer que foi um passo em frente a melhoria da sinalética no campus de Gualtar, tendo, no entanto, muita dificuldade em perceber a razão pela qual as escolas/institutos têm números e não têm nomes. Haverá uma razão, mas ela não foi explicitada.
Também não se compreende que não se abra o prometido debate de ideias sobre o planeamento dos "campi" nomeadamente do "campus"  de Gualtar.

Com as melhores saudações académicas,

António Cândido de Oliveira»

(reprodução de mensagem sobre a temática em título, distribuída universalmente na rede da eletrónica da UMinho, pelo seu signatário, a 13 de novembro de 2015) 

"PIB gasto em ciência voltou a cair em 2014 para 1,29%"

«Dados provisórios mostram que em 2014 o país gastou 2229 milhões de euros em investigação e desenvolvimento, menos 29,4 milhões de euros do que no ano anterior.

Pelo quinto ano consecutivo, o investimento que o país fez em ciência caiu, indicam os dados provisórios para 2014 do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional (IPCTNdivulgados nesta sexta-feira. O valor do produto interno bruto (PIB) gasto em investigação e desenvolvimento (I&D) foi de apenas 1,29% – um decréscimo de 0,04% face a 2013, quando se investiu 1,33% do PIB – e está cada vez mais longe de 2009, altura em que se atingiu o pico máximo e se chegou a aplicar 1,64% do PIB.
Esta descida do total do dinheiro que o país investiu em investigação científica já incorpora os anos de austeridade durante o anterior governo de Pedro Passos Coelho, que se iniciou em meados de 2011.
IPCTN é o instrumento oficial de contabilização dos recursos humanos e financeiros do país em I&D. Por isso, tem em conta não só a aposta pública mas também o dinheiro das empresas privadas aplicado em investigação científica e acaba por ser um indicador do próprio desenvolvimento do país. Feito pela Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, este inquérito foi iniciado em 1982 e realizado a cada dois anos até 2007. Desde então, é anual, mas há sempre um desfasamento temporal na apresentação dos resultados. Por exemplo, os resultados definitivos do inquérito de 2013 só foram apresentados em Julho de 2015, e sofreram ainda revisões em Outubro de 2015: o PIB gasto em I&D para esse ano não foi de 1,34%, como previamente o PÚBLICO divulgou, mas de 1,33%.
Em termos absolutos, em 2014 gastou-se 2229 milhões de euros em I&D, menos 29,4 milhões de euros do que em 2013 e menos 542 milhões de euros do que em 2009, o tal ano do pico. Nesse ano, quando José Mariano Gago era ministro da Ciência, o país investiu no total 2771 milhões de euros para I&D. A partir daí, a aposta na ciência começou a decair.
Em 2014, o desinvestimento foi nas empresas, que injectaram 1028,7 milhões de euros em I&D, o que equivale a 0,59% do PIB. O que é menos 44,2 milhões de euros do que em 2013, ano em que o investimento das empresas em ciência representava 0,63% do PIB. Se compararmos 2014 com 2012, vemos que o recuo das empresas em investigação foi ainda maior: no ano passado, gastaram menos 124,3 milhões de euros do que em 2012.
Já o dinheiro investido em 2014 em I&D pelo Estado (nas instituições dependentes da Administração Central, como os laboratórios do Estado), pelo ensino superior e pelas instituições privadas sem fins lucrativos (a maioria delas na órbita das instituições do ensino superior) foi de 1200,4 milhões de euros. Ou seja, 0,70% do PIB, um valor igual ao de 2013. Na prática, este investimento em 2014 representa um aumento de 14,8 milhões de euros face a 2013, isto porque o valor total do PIB muda de ano para ano.
Além do financiamento, este inquérito contabiliza o número total de investigadores e outros trabalhadores ligados à ciência. Em 2014, houve ao todo 47.236 pessoas a trabalhar em I&D: destes, 38.487 eram investigadores a trabalhar o equivalente a tempo integral, avança o inquérito.
O valor representa uma subida em relação em 2013, quando havia 46.711 trabalhadores, menos 525 do que em 2014. Entre os 46.711 trabalhadores, 37.813 eram investigadores, o que representa menos 674 do que em 2014.
Estes trabalhadores distribuem-se também pelas empresas, pelo Estado, pelas instituições do ensino superior e ainda pelas instituições privadas sem fins lucrativos. A grande maioria dos trabalhadores científicos concentra-se no ensino superior (27.687) e nas empresas (16.719). Dos quatro tipos de instituições, é de notar que as empresas ganharam de 2013 para 2014 mais 499 trabalhadores, enquanto o ensino superior viu o número decrescer em 66 pessoas.»

(reprodução de notícia Público online, de 13/11/2015)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]