«Dois terços dos doutoramentos e pós-doutoramentos deverão estar concentrados nas áreas de especialização inteligente para poderem receber financiamento do novo quadro comunitário.
Dois terços dos doutoramentos e pós-doutoramentos deverão estar concentrados nas áreas de especialização inteligente para poderem receber financiamento do novo quadro comunitário de apoio, revelou ao Diário Económico fonte governamental.
Esta regra está inscrita no Acordo de Parceria que o Governo concluiu com Bruxelas no final da semana passada. A ideia do Executivo é que "dois terços dos doutoramentos e pós-doutoramentos estejam associados às preocupações de natureza prioritária do tecido produtivo".
Para responder às críticas que a Comissão fazia a Portugal de que o Acordo de Parceria - na sua versão original entregue em Janeiro em Bruxelas - não dava "suficiente relevo ao objectivo relativo à atracção de IDE estruturante em investigação, desenvolvimento e inovação, visando empresas multinacionais bem posicionadas em cadeias de valor globais" e que era necessário o país focar-se "nos transaccionáveis e nas estratégias de especialização inteligentes", o Governo decidiu limitar o número de doutoramentos financiados que "não estejam em áreas alinhadas com a estratégia europeia RIS3 - Research and Innovation Strategies for Smart Specialisation".
Esta será uma nova limitação ao tipo de doutoramentos com financiamento comunitário, depois do Executivo ter sido fortemente criticado pela comunidade científica por ter restringido as verbas destinadas à investigação, concentrando-as nos sectores tecnológicos.
Para responder às críticas que a Comissão fazia a Portugal de que o Acordo de Parceria - na sua versão original entregue em Janeiro em Bruxelas - não dava "suficiente relevo ao objectivo relativo à atracção de IDE estruturante em investigação, desenvolvimento e inovação, visando empresas multinacionais bem posicionadas em cadeias de valor globais" e que era necessário o país focar-se "nos transaccionáveis e nas estratégias de especialização inteligentes", o Governo decidiu limitar o número de doutoramentos financiados que "não estejam em áreas alinhadas com a estratégia europeia RIS3 - Research and Innovation Strategies for Smart Specialisation".
Esta será uma nova limitação ao tipo de doutoramentos com financiamento comunitário, depois do Executivo ter sido fortemente criticado pela comunidade científica por ter restringido as verbas destinadas à investigação, concentrando-as nos sectores tecnológicos.
Mas esta não é a única limitação que será introduzida. Apesar de não estar inscrito no Acordo de Parceria, constará dos Programas Operacionais a limitação dos doutoramentos na própria universidade a 30% dos seus assistentes e professores convidados. Com a regra da limitação endogâmica, o Executivo pretende que haja uma maior concorrência entre universidades, obrigando a que os professores que ainda não tenham doutoramento procurem outras universidades para o obter caso pretendam conseguir uma bolsa financiada pelo Portugal 2020.
"As universidades mais recentes ou no interior do país serão as mais afectadas", diz ao Diário Económico Cruz Serra. O reitor acrescentou que na Universidade de Lisboa o impacto será limitado, já que "o número de assistentes e de professores convidados é muito baixo", além de que "a maior parte não terá bolsas suportadas".
"As universidades mais recentes ou no interior do país serão as mais afectadas", diz ao Diário Económico Cruz Serra. O reitor acrescentou que na Universidade de Lisboa o impacto será limitado, já que "o número de assistentes e de professores convidados é muito baixo", além de que "a maior parte não terá bolsas suportadas".
Já António Silva, vice-reitor da Universidade de Trás-os-Montes - que participou na avaliação da Estratégia Nacional para uma Especialização Inteligente (ENEI) - prefere sublinhar como positivo o facto de "haver financiamento". "Sem conhecer o documento", diz não poder fazer uma análise senão "superficial", mas garante que 93% dos docentes a tempo inteiro da UTAD já têm doutoramento.
O Diário Económico tentou obter reacções de mais reitores, mas não obteve respostas.»
(reprodução de notícia Diário Económico online, de 21 de Julho de 2014)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]
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