domingo, 6 de julho de 2014

"Investigador especialista em grafeno é o cientista português mais citado internacionalmente"

«Nuno Peres, investigador e Professor de física da Universidade do Minho é o cientista português com o maior número de citações em revistas científicas internacionais, de acordo com a lista ISI Thomson Reuters Highly Cited Researchers 2014. Da lista fazem ainda parte mais dois cientistas portugueses.
                                                                      
Com 13.839 citações de artigos publicados em revistas científicas internacionais, Nuno Peres, físico e professor catedrático da Escola de Ciências, da Universidade do Minho, é o investigador português cujo trabalho tem maior impacto internacional.
O número de citações é entendido entre a comunidade científica e académica como um indicador de qualidade, com interferência nos rankings internacionais de avaliação das Universidades, pelo que surgir na lista da ISI Thomson Reuters Highly Cited Researchers 2014, elaborada pelo Institute for Scientific Information, é um fator de avaliação importante.
Esta lista é composta pelos 300 investigadores mais citados de todo o mundo e dela fazem parte três cientistas portugueses: Nuno Peres, da Universidade do Minho, Mário Figueiredo, da Universidade de Lisboa e Miguel Araújo, do Conselho Superior de Investigações Científicas, em Espanha, com segunda filiação na Universidade de Évora.
Nuno Peres, aos 47 anos, é um dos principais físicos teóricos mundiais na área do grafeno, um material à base de carbono que apresenta características únicas enquanto o material mais fino que existe, com maior resistência do que o aço, melhor condutor de eletricidade que o cobre e com propriedades óticas ímpares.
O cientista português que em 2011 foi reconhecido com o Prémio Gulbenkian Ciência, está envolvido no grande projeto europeu Grafeno, do Programa Tecnologias Futuras e Emergentes da União Europeia, com um financiamento de mil milhões de euros, em que com base no grafeno os investigadores esperam vir a revolucionar a áreas das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), substituindo o silício.
Mas são várias as possíveis aplicações do grafeno que os cientistas avançam no projeto, como por exemplo, dispositivos eletrónicos e óticos mais rápidos, flexíveis, baterias avançadas, componentes funcionais leves.
De entre alguns produtos que poderão surgir com base neste material destacam-se a eletrónica de consumo mais rápida, flexível e resistente como o papel eletrónico e dispositivos de comunicação, como o telemóvel, ou aviões mais leves e energeticamente eficientes, assim como, aplicações médicas revolucionárias como retinas artificiais.                                     
(reprodução de notícia TV Ciência, de 04-07-2014 - Lúcia Vinheiras Alves)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

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