quinta-feira, 29 de agosto de 2013

"Reitores vão seguir normas da tutela, mas insistem em reposição de verbas"

«O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) recomendou às universidades que elaborem os orçamentos de acordo com as disposições da tutela, mas insiste na necessidade de libertar verbas cativadas em 2013 e na reposição do 14.º mês.
"O CRUP recorda, no âmbito do orçamento de 2013, a necessidade de se proceder à desactivação dos 2,5 por cento sobre as remunerações certas e permanentes, bem como o ressarcimento integral do 14.º mês, decisões que, se não forem adoptadas, introduzirão rupturas na gestão financeira das universidades " ainda este ano, lê-se numa posição escrita hoje divulgada.
Face ao esclarecimento do Ministério da Educação e Ciência (MEC) sobre os orçamentos das instituições de ensino superior - após contestação dos reitores - o CRUP decidiu dar orientações às universidades no sentido de elaborarem os documentos "em conformidade com a orientação recebida da Direcção-Geral de Planeamento e Gestão Financeira" (DGPGF) a 21 de Agosto.
Considera, porém, "uma interferência directa e detalhada do Governo" a invocação de razões prudenciais para justificar a norma que visa assegurar que não serão inscritas verbas nos orçamentos que depois não tenham receitas reais para as cobrir.
O CRUP recomendou às universidades que integrem nos documentos um aumento da contribuição para a Caixa Geral de Aposentações para 23,75 por cento.
Foi também recomendada a previsão de receitas próprias de acordo com as estimativas planeadas, "justificando os montantes que eventualmente ultrapassem o valor da receita cobrada em 2012".
Consta igualmente da recomendação a redução, sempre que possível, das despesas a realizar com receitas próprias ou consignadas, "em conformidade com a orientação recebida da DGPGF".
Diz o CRUP que estas recomendações permitem "ultrapassar os condicionalismos de âmbito geral indicados pelo Ministério das Finanças" e que considera "divergentes das práticas de autonomia universitária".
Os reitores pretendem ainda reunir-se com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e com o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, para dar conta da "situação de asfixia" em que se encontram as universidades públicas.
O MEC assegurou na terça-feira, em comunicado, que as instituições de ensino superior "continuam a poder captar e utilizar as suas receitas próprias".
O comunicado reforçou as afirmações à Lusa do secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes, nas quais garante que as instituições podem continuar a agir como têm feito, em termos de captação e utilização de receitas próprias, embora sujeitas a uma norma destinada a acautelar que não faltará dinheiro para cobrir as despesas que efectuarem.»

(reprodução de notícia Lusa/SOL online, de 28 de Agosto)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

"Universidades acusam Governo de as forçar a orçamentos ´irrealistas`"

«MEC garante que instituições de ensino superior continuam a poder captar e utilizar receitas próprias, mas esclarecimentos não satisfazem reitores
A limitação ao aumento das receitas próprias no ensino superior no Orçamento para 2014 existe, mas "nada impede que as universidades captem valores superiores aos inscritos", assegura o Governo. O Ministério da Educação e Ciência (MEC) garante que as instituições podem continuar a captar e a utilizar essas verbas, mas recomenda prudência nas estimativas. As explicações não convencem os reitores das universidades públicas: "O Governo está a pedir-nos que façamos orçamentos irrealistas".
Na segunda-feira, os reitores tinham recusado submeter os orçamentos para o próximo ano, contestando a determinação inscrita numa circular da Direcção-Geral do Orçamento (DGO) que estabelecia um limite máximo de receitas próprias. O MEC veio entretanto esclarecer que as instituições de ensino superior deverão ter estimativas cautelosas das receitas próprias e das despesas associadas."Pretende-se assim evitar que ocorram situações de sobreorçamentação com os correlativos défices", afirma a tutela, em comunicado.
A regra geral será a manutenção das receitas próprias semelhante às efectivamente recebidas em 2012, mas as universidades e institutos politécnicos poderão, no entanto, inscrever um valor superior ao de 2012, desde que o fundamentem. Por isso, o ministério de Nuno Crato defende que "nada impede que as universidades captem valores superiores aos inscritos e que utilizem esses valores, nomeadamente para despesa associada", desde que "não se crie défice". As universidades podem assim continuar a poder captar e a utilizar as suas receitas próprias, considera o MEC.
Esta justificação não foi bem acolhida pelos reitores. "É uma resposta de mau pagador", acusa o reitor da Universidade do Minho, António Cunha, para quem o MEC percebeu que a norma da DGO "não tem pés nem cabeça", recusando-se, porém, a "dar a mão à palmatória". "Não temos qualquer prática de sobreorçamentação. Ela pode existir noutras áreas da administração, mas nas universidades o valor global da receita prevista é o que é", defende também aquele responsável.
António Cunha entende, por isso, que o Governo está a forçar as instituições a fazer "orçamentos irrealistas", que depois não vão cumprir. "Os orçamentos são instrumentos de gestão nobres. Não podemos partir para a sua execução sabendo que não os vamos cumprir", concorda o reitor da Universidade de Aveiro (UA), Manuel Assunção.
O reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, adverte que o comunicado do MEC "carece de uma análise mais cuidada", mas, numa primeira leitura, aquele responsável entende que o documento "não altera as questões essenciais colocadas pela circular".
Os reitores ficam por isso à espera de mais esclarecimentos do Governo ainda hoje, até porque o prazo para a submissão dos orçamentos termina no final do dia. "No essencial, as instituições têm os orçamentos preparados", garante o reitor da UA, antecipando que, assim que sejam dissipadas as dúvidas, as universidades podem lacrar os documentos.
Antes do comunicado do MEC, o secretário de Estado do Ensino Superior tinha anunciado na TSF, ao início do dia, que estava "em contacto permanente" com o Ministério das Finanças para negociar um "tratamento diferenciado" para o sector. À tarde, em declarações à agência Lusa, José Ferreira Gomes falava num "mal-entendido".
Circular 1374 da DGO é clara: "As entidades financiadas no todo ou em parte com receitas próprias ou consignadas devem, independentemente dos valores que prevêem cobrar no ano de 2014, apresentar as suas propostas de orçamento com uma redução na despesa a realizar com essas verbas". É imposta também uma "uma previsão de receita não superior ao valor da receita cobrada em 2012". De fora ficam apenas os fundos europeus, motivo pelo qual, no caso do ensino superior, não ficam abrangidos por este limite os projectos com financiamentos comunitários como a bolsas do European Research Council e as iniciativas apoiadas no âmbito do 7.º Programa-Quadro. A única excepção prevista para o ensino superior diz respeito à reserva de 2,5% do orçamento que é imposta às demais entidades do Estado e da qual estão excluídas as universidades e institutos politécnicos, bem como o Serviço Nacional de Saúde.
A limitação das receitas próprias das instituições de ensino superior não agrada à Associação Nacional de Investigadores de Ciência e Tecnologia (ANICT). Em declarações à agência Lusa, o presidente daquele organismo considera "incompreensível" a decisão. "Parece contraditório investir na contratação de investigadores de top e depois dizer que existem limitações na atracção de receitas", lamenta João Lopes.
"Absurda" é a classificação encontrada pela coordenadora do Bloco de Esquerda para se referir à situação. Catarina Martins entende que só "uma desconfiança" do Governo perante as instituições do conhecimento pode justificar esta decisão. A medida, reforça a deputada, pode "condenar as universidades e os politécnicos".»
(reprodução de notícia PÚBLICO online, de 28/08/2013 - SAMUEL SILVA)

[cortesia de Nuno Soares da Silva] 

terça-feira, 27 de agosto de 2013

"Fenprof alarmada com eventuais cortes quer reunir de urgência com a tutela"

«A Fenprof criticou hoje o eventual corte nos orçamentos das instituições do ensino superior, alertando para o perigo de aumentar o desemprego de professores e investigadores, tendo pedido uma reunião de "urgência" ao Ministério da Educação.
Depois das notícias de "mais um corte" nas instituições do ensino superior, a Federação Nacional de Professores (Fenprof) decidiu pedir uma "reunião com caráter de urgência" ao Ministério da Educação e Ciência (MEC) para debater as medidas que estarão a ser pensadas para o Orçamento do Estado de 2014 (OE2014): cortar no orçamento direto e aumentar a contribuição para a Caixa Geral de Aposentações (CGA).
Num comunicado distribuído às redações, a Fenprof sublinha que não há excesso de funcionários naquelas instituições e que o corte poderá pôr "em causa a qualidade do ensino e da investigação, o emprego de muitos docentes e investigadores indispensáveis ao país e o acesso de milhares de jovens ao ensino superior".
A federação lembra que as instituições têm recorrido a várias medidas para sobreviver às reduções financeiras dos últimos anos (cerca de 50%, segundo contas da Fenprof) e por isso promete lutar contra a medida: "A Fenprof tudo fará no sentido de contrariar os cortes que se anunciam, apoiando o protesto e a luta que os docentes e investigadores e, de forma mais abrangente, as instituições não deixarão de fazer".
Numa reunião realizada na semana passada, o MEC terá informado os reitores das universidades e os presidentes dos politécnicos que o governo iria voltar a cortar no orçamento do próximo ano e aumentar a contribuição para a CGA.
Um dia após a reunião, o presidente do Conselho Coordenador das Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) disse à Lusa que as reduções iriam obrigar a dispensar professores e funcionários, uma vez que as instituições já não tinham muita margem para cortar.
O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) marcou para hoje uma conferência de imprensa, durante a qual deverá apresentar a sua posição sobre as medidas que estarão a ser pensadas para o Orçamento de Estado de 2014.»
(reprodução de notícia Diário Digital/Lusa, de 26 de Agosto de 13)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

"Fenprof promete lutar contra cortes nas instituições e quer reunir com Governo"

«A Fenprof criticou hoje o eventual corte nos orçamentos das instituições do ensino superior, alertando para o perigo de aumentar o desemprego de professores e investigadores, tendo pedido uma reunião de "urgência" ao Ministério da Educação.
Depois das notícias de "mais um corte" nas instituições do ensino superior, a Federação Nacional de Professores (Fenprof) decidiu pedir uma "reunião com carácter de urgência" ao Ministério da Educação e Ciência (MEC) para debater as medidas que estarão a ser pensadas para o Orçamento do Estado de 2014 (OE2014): cortar no orçamento directo e aumentar a contribuição para a Caixa Geral de Aposentações (CGA).
Em comunicado enviado para as redacções, a Fenprof sublinha que não há excesso de funcionários naquelas instituições e que o corte poderá pôr “em causa a qualidade do ensino e da investigação, o emprego de muitos docentes e investigadores indispensáveis ao país e o acesso de milhares de jovens ao ensino superior”.
A federação lembra que as instituições têm recorrido a várias medidas para sobreviver às reduções financeiras dos últimos anos (cerca de 50%, segundo contas da Fenprof) e por isso promete lutar contra a medida: "A Fenprof tudo fará no sentido de contrariar os cortes que se anunciam, apoiando o protesto e a luta que os docentes e investigadores e, de forma mais abrangente, as instituições não deixarão de fazer”.
Numa reunião realizada na semana passada, o MEC terá informado os reitores das universidades e os presidentes dos politécnicos que o governo iria voltar a cortar no orçamento do próximo ano e aumentar a contribuição para a CGA.
Um dia após a reunião, o presidente do Conselho Coordenador das Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) disse à Lusa que as reduções iriam obrigar a dispensar professores e funcionários, uma vez que as instituições já não tinham muita margem para cortar.
O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) marcou para hoje uma conferência de imprensa, durante a qual deverá apresentar a sua posição sobre as medidas que estarão a ser pensadas para o Orçamento de Estado de 2014.»
(reprodução de notícia PÚBLICO online, de 26/08/2013)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

sábado, 24 de agosto de 2013

"As mulheres na universidade"

«Há um século, uma turma universitária era quase inteiramente composta por homens. Hoje, as mulheres são a maioria

Há um século, uma turma universitária era quase inteiramente composta por homens. Hoje, as mulheres são a maioria em quase todos os cursos. Elas não se limitaram a recuperar terreno, ultrapassaram os homens em quase todos os países desenvolvidos. Porque é que isto acontece?

Uma categoria de explicações aponta para as diferenças de desenvolvimento ou de comportamento entre rapazes e raparigas. Dois bons sinais dessas diferenças são que as adolescentes passam mais tempo a fazer trabalhos de casa do que os rapazes, enquanto eles têm muito maior incidência de problemas disciplinares na escola. Se é esta a razão, podemos pensar que há um problema no sistema atual de ensino, pois trata raparigas e rapazes como iguais aos 13 e 15 anos, quando eles precisam de atenção especial, ou mesmo de um tipo diferente de ensino.
Uma segunda explicação nota que as primeiras gerações de mulheres formadas seguiram, desproporcionadamente, carreiras no ensino. Discriminadas noutras partes do mercado de trabalho, as mulheres rapidamente se tornaram a maioria dos professores nos ensinos primário e secundário. Ora, a identidade do professor afeta o desempenho dos alunos. Os adolescentes procuram modelos, e as raparigas terão tendência a portar-se melhor e esforçar-se mais para impressionar ou seguir o exemplo de uma professora do que um professor. Talvez mais chocante, as próprias perceções dos professores contam, e muito. Um estudo importante com dados americanos descobriu que um aluno era visto pelo professor como sendo desatento e problemático com 19% a 37% maior probabilidade se o professor era do género oposto ao do aluno. Ou seja, as professoras que dominam no nosso ensino vêm os rapazes com piores olhos do que as raparigas, o que com certeza se traduz em piores notas para eles. Ironicamente, se os homens discriminaram as mulheres no mercado de trabalho no passado, foram eles a semear as raízes do insucesso escolar dos seus filhos e netos.
Um estudo recente de três economistas com dados americanos aponta para uma terceira explicação. As raparigas já têm menos problemas disciplinares e melhores notas há varias décadas, mas só recentemente ultrapassaram os rapazes na faculdade. O que mudou foram os planos e expectativas dos jovens. Na resposta a inquéritos, as adolescentes de hoje revelam planear inscrever-se num curso superior e seguir uma carreira em maior número do que as suas mães e avós, e também mais do que os rapazes das suas turmas. Muitos rapazes planeiam antes acabar os estudos secundários e ingressar na carreira militar, em escolas profissionais, ou em profissões menos especializadas. Ou seja, talvez tenhamos menos rapazes na faculdade porque mais rapazes querem ser carpinteiros ou canalizadores.
Cada uma destas explicações tem implicações diferentes quer sobre se nos devemos preocupar com este assunto, quer sobre o que fazer em resposta. Certo é que esta vai ser uma das discussões chave no futuro dos sistemas de ensino.»

RICARDO REIS - Professor de Economia na Universidade de Columbia, Nova Iorque

(reprodução de artigo Dinheiro Vivo, de 24/08/2013)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Our dreams

"All our dreams can come true, if we have the courage to pursue them."

Walt Disney

(citação extraída de SBANC Newsletter, August 20, Issue 781 - 2013, http://www.sbaer.uca.edu)

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

"Universidades têm menos de uma semana para adaptar orçamento a cortes"

«Reitor da Universidade do Porto confessa que “está a ser difícil trabalhar ” com o curto pré-aviso do Governo.
As universidades têm menos de uma semana para apresentarem os seus orçamentos para o ano que vem. Só esta terça-feira é que o Ministério da Educação comunicou os montantes em causa e os cortes que são de 2% em relação ao ano passado.
O problema, diz o reitor da Universidade do Porto, Marques dos Santos, é que o orçamento tem de estar nas nãos do ministro na próxima segunda-feira o mais tardar.
“Fomos avisados ontem do nosso 'plafond' para 2014, e temos que apresentar o orçamento até segunda-feira ao fim do dia, sujeito a soluções financeiras que não fizemos. Está a ser difícil trabalhar assim. Compreendo a situação do país, mas também temos dificuldade em nos movimentar”, constata Marques dos Santos.
Sobre se existe capacidade de reorganizar o orçamento até segunda-feira, o reitor diz que foi preparando “preventivamente, com base no orçamento anterior, o orçamento do ano seguinte, à espera que viessem valores finais para aplicar”.
É mais uma dificuldade para as instituições do ensino superior, que ficaram a saber na terça-feira que vão ter de cativar 10 milhões de euros.
Apenas as universidades fundacionais escapam aos cortes orçamentais.»

(reprodução de notícia RENASCENÇAhttp://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=119076)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

"Universidades vão ter cativação de mais 10 milhões de euros"

«As universidades vão ter uma cativação de 10 milhões de euros, medida que não se aplica a todas as instituições, segundo o presidente de reitores que fala em "injustiça" numa época em que todas tentam sobreviver.
Este ano vai haver mais "uma cativação de 2,5%, que não incide sobre todas as universidades", contou à Lusa o presidente de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Rendas, após uma reunião com dois secretários de estado do Ministério da Educação e Ciência (MEC).
"Continuamos com uma situação aguda que diz respeito à viabilização do funcionamento das universidades até ao final do ano. E essa situação é mais preocupante porque as cativações não incidem sobre todas as universidades, uma vez que as fundacionais escaparam a essa cativação. Isso cria ainda mais assimetrias no sistema e tenho expectativas que o ministério das Finanças possa corrigir esta injustiça", disse António Rendas.
O presidente do CRUP, organismo que representa 16 instituições (duas privadas), explicou que as universidades do Porto e de Aveiro assim como o Instituto da Universidade de Lisboa (ISCTE) não foram abrangidas pela medida porque têm um estatuto diferente (são universidades fundacionais) e, como tal, estão "fora do sistema".
A redução de 2,5% prevista no último orçamento rectificativo representa cerca de 10 milhões de euros que serão cortados nos vencimentos do pessoal, explicou o reitor.
A reunião no MEC serviu também para apresentar as verbas para o Ensino Superior previstas na proposta de orçamento de 2014 e preparar os tectos orçamentais das diversas instituições de ensino superior.
No entanto, nem MEC nem CRUP avançaram com números concretos. O ministério sublinhou apenas que "teve a preocupação de manter o nível de actividade dos Serviços de Acção Social bem como o montante disponível para bolsas para 2013/2014".
No mesmo sentido, António Rendas disse que "a dotação orçamental vai permitir, apesar das dificuldades, que as universidades possam manter a qualidade no ensino e na investigação que tem mantido até aqui".
António Rendas diz que não haverá um aumento: "Haverá sim alguma estabilidade no sistema, apesar de haver encaixes significativos que temos de corrigir", disse, lembrando que o Ensino Superior perdeu cerca de 250 milhões de euros, entre 2005 e 2013.
"As informações que temos permitem olhar para o próximo ano de uma forma positiva, dentro das dificuldades que assumimos. Mas estamos muito preocupados com uma cativação de 2,5% no orçamento de 2013. É quase a metáfora daquele indivíduo que está à beira do oásis e ainda tem de andar um quilómetro. Se lá chegar, sobrevive, mas ainda precisa de percorrer esse caminho", explicou António Rendas.
Durante a reunião foi ainda discutido o projecto de reorganização da rede do ensino superior, no qual o CRUP está a trabalhar. António Rendas contou à Lusa que até ao final deste ano o projecto deverá estar concluído e que deverá começar a ser aplicado no ano lectivo de 2014/2015.
A racionalização da rede passa por uma "grande aposta nas soluções regionais", no sentido de as instituições de ensino superior trabalharem em parceria com as instituições locais tendo em vista a empregabilidade. A mobilidade de alunos e docentes é outra das mudanças que está a ser preparada no âmbito deste projecto.»
(reprodução de notícia PÚBLICO online/LUSA, de 20/08/2013)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

"Universidade do Minho: Fecho de portas pode poupar até 150 mil euros"

«A Universidade do Minho é um dos estabelecimentos de ensino superior portuguesas que optou por fechar as portas no corrente mês de Agosto em nome da contenção de custos.
Durante duas semanas, e até 26 de Agosto, os pólos de Gualtar, em Braga, e de Azurém, em Guimarães, estão encerrados, uma medida que permite à instituição poupar entre 100 a 150 mil euros, avança a pró-reitora da Universidade do Minho, Felisbela Lopes, em declarações ao ‘Correio do Minho’.
Repetindo a opção tomada em 2012, a Universidade do Minho encerra totalmente durante 10 dias em Agosto, e fora destas datas, os serviços da academia minhota “funcionam em pleno”, embora, em alguns casos com horários reduzidos.
O encerramento da Universidade permite poupança a três níveis: a instituição economiza nos serviços de limpeza; poupa energia  e também na segurança, já que exige menos meios no local.
“No ano passado com o encerramento das portas em Agosto mais uma semana em Dezembro foram fundamentais para reduzir o custo energético da universidade, redução que rondou os 20 por cento em relação a 2011”, referiu fonte da universidade.
De acordo com a pró-reitora, o encerramento abrange todos os serviços, desde a reitoria às várias escolas.
O encerramento permite também que todos os funcionários da Universidade gozem um período de férias em simultâneo, que coincide com uma altura de menos trabalho na instituição.
Numa lógica de gestão e contenção de custos são cada vez mais as universidades portuguesas que optam por encerrar total ou parcialmente em Agosto, havendo instituições que com apenas uma semana de paragem esperam poupanças de 200 mil euros.»
(reprodução de notícia CORREIO DO MINHO online, de  2013-08-19)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

"Universidade de Coimbra entre as 500 melhores do mundo"

«A Universidade de Coimbra integra este ano pela primeira vez a lista das 500 melhores universidades do mundo, num 'ranking' que analisa mais de 1200 instituições.
O 'ranking' integra quatro universidades portuguesas: a Universidade de Lisboa, a Universidade Técnica de Lisboa, a Universidade do Porto e a Universidade de Coimbra, que se estreia na lista das instituições universitárias mais conceituadas na avaliação do 'Academic Ranking of World Universities (ARWU) 2013', da Universidade de Jiaotong, de Xangai, na China, hoje divulgada.
A Universidade de Lisboa (antiga Clássica, que se fundiu este ano com a Técnica de Lisboa, mas que ainda foi analisada em separado) subiu, em relação a 2012, de um lugar entre as 500 melhores do mundo, para um lugar entre as 400 melhores classificadas em 2013.
A Universidade do Porto, à semelhança de 2012, volta a estar entre as 400 melhores, e a Técnica de Lisboa e a Universidade de Coimbra figuram entre as 400 e 500 instituições com melhor avaliação. Harvard, Stanford, Berkeley, M.I.T. (Massachusetts Institute of Technology, em inglês) e Cambridge, compõem, respectivamente, os cinco primeiros lugares do 'ranking', sendo que só à quinta posição, com a britânica University of Cambridge, se quebra o domínio dos Estados Unidos nos lugares cimeiros.
Entre as dez melhores, oito são norte-americanas, e duas britânicas: para além do 5.º lugar de Cambridge, o Reino Unido ocupa também o 10.º lugar com a University of Oxford.
Entre as 50 melhores universidades do mundo, apenas 15 não são dos Estados Unidos da América.
Numa perspectiva europeia a ETH de Zurique, na Suíça, é a melhor classificada, estando entre as 20 melhores do mundo. Do lado asiático é a japonesa University of Kyoto que lidera a lista, sendo a 21.ª melhor do mundo.
O 'ranking' do AWRU tem este ano entre as 500 melhores 11 novas universidades, entre as quais a de Coimbra.
O 'ranking' de Xangai é feito com base em quatro critérios: qualidade da educação (os alunos que foram prémios Nobel ou ganharam medalhas Fields), qualidade da instituição (professores e investigadores com prémios Nobel ou medalhas Fields), resultados da investigação (artigos publicados nas revistas Nature e Science e artigos citados) e dimensão (rácio de performance académica).
No total, o ARWU tem actualmente seleccionadas mais de 1.200 universidades, mas apenas as 500 melhores são publicadas na Internet.
O 'ranking' de Xangai e o Times Higher Education World University Rankings, do Reino Unido, são considerados de referência.»

(reprodução de notícia Económico/Lusa, de 15/08/13)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Concentrate the mind on…

"Do not dwell in the past, do not dream of the future, concentrate the mind on the present moment."

Buddha

(citação extraída de SBANC Newsletter, August 13, Issue 780 - 2013, http://www.sbaer.uca.edu)

domingo, 11 de agosto de 2013

Acesso ao Ensino Superior: "Primeira fase terminou na sexta-feira. Número de alunos que se propõe voltou a descer"

Notícia jornal Público
Quebra de quase cinco mil candidatos ao ensino superior: 
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/quebra-de-quase-cinco-mil-candidatos-ao-ensino-superior-1602732

Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga

Número de Entrada: 172101
Data: Entrada: 04-09-2012; Distribuição: 08-08-2013
Processo: 941/08.7BEBRG-A
Espécie: Execuções [DEL.825/05]
Autor: […]
Autor: […]
Autor: […]
Réu: PRESIDENTE JÚRI DO CONC. […]
Réu: UNIVERSIDADE DO MINHO

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

When one has success

"When one has success, the answer is not to undo that success. It is to continue what has been done."

Charles Schumer

(citação extraída de SBANC Newsletter, August 6, Issue 779 - 2013, http://www.sbaer.uca.edu)

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

"Universidades portuguesas sobem posições no ranking mundial da difusão científica"

«As universidades nacionais continuam a melhorar a sua prestação no ranking mundial de difusão científica da SCImago, um dos mais prestigiados a nível internacional. Há sete instituições entre as 700 melhores, sendo que todas conseguem resultados superiores aos registados há um ano, subindo entre 16 e 43 posições na lista divulgada esta semana. Na última década, a produção científica nacional contabilizada nesta publicação mais do que duplicou.
No ranking de 2013, a Universidade do Porto continua a ser a melhor representante nacional, tal como tem acontecido desde a primeira edição da lista. A instituição portuense surge agora no 242.º lugar, melhorando 27 posições relativamente ao ano anterior, fruto de um total de 13 mil publicações científicas. Nos primeiros 300 lugares da tabela SCImago também está a Universidade Técnica de Lisboa (273.º), que é a que menos cresce entre as principais instituições de ensino superior nacionais, subindo 16 postos.
O maior crescimento no ranking de 2013 é registado pela Universidade Nova de Lisboa, que sobe 43 lugares para a posição 612. Imediatamente a seguir está a Universidade do Minho — que só há um ano entrou na lista —, estando agora na posição 632 (melhora 36 postos). Entre as sete instituições nacionais na lista estão ainda a Universidade de Lisboa, na 485.ª posição (sobe 25 lugares), a Universidade de Coimbra, na 487.ª (melhora 35 posições), e a Universidade de Aveiro, no 524.º posto (sobe 29).
Ao todo, os investigadores nacionais publicaram, no período em análise, mais de 84 mil artigos científicos, o que representa um crescimento de 14 mil face ao relatório que a SCImago publicou no último ano. Se a comparação for feita a uma década, tendo como ponto de comparação a lista de 2009 — que contemplava artigos produzidos desde 2003 —, as instituições nacionais conseguem incluir mais quase 50 mil publicações científicas na lista, mais do que duplicando a sua produção científica.
Esta é a quarta vez que a SCImago produz este ranking, baseado em dados quantitativos relativos a publicações e citações de artigos, contabilizando os anos 2007 a 2011. Portugal coloca 37 instituições — mais oito do que há um ano — numa lista em que constam 2740 universidades e centros de investigação a nível mundial. No entanto, as restantes instituições aparecem abaixo da posição 1000 do ranking.
Nas primeiras posições não há grandes alterações face ao ano passado, destacando-se apenas a troca de posições entre o Consejo Superior de Investigaciones Científicas, de Espanha, que ocupa agora o 8.º lugar, e o norte-americano National Institute of Health. No primeiro lugar mantém-se o Centre National de la Recherche Scientifique (França), com mais de 215 mil publicações, seguido da Academia de Ciência da China e da Academia de Ciência Russa. A Universidade de Harvard (Estados Unidos) e o Instituto Helmholtz (Alemanha) completam o top 5 da lista de 2013 da SCImago.»
(reprodução de notícia PÚBLICO online, de  06/08/2013 - Samuel Silva)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

domingo, 4 de agosto de 2013

"Estudantes esperam que o novo secretário de Estado pacifique o ensino superior"

«As federações e associações académicas, que se reuniram na terça-feira, em Coimbra, esperam que a substituição do secretário de Estado do Ensino Superior (SEES) abra “uma janela de oportunidade para a pacificação do setor”.
A recente alteração do elenco governamental, “em especial a tomada de posse do novo SEES, poderá abrir uma janela de oportunidade para a pacificação do setor e para um entendimento setorial de curto e médio prazo, possibilitando uma nova forma de construir participadamente as políticas do ensino superior”, sustentam os participantes no Encontro Nacional de Académicas (ENA).
“Pedir pareceres não é dialogar, nem tão pouco encenar audições é construir em conjunto”, advertem, num comunicado divulgado esta noite, os dirigentes associativos.
Mas para que isso aconteça, as federações e associações académicas e de estudantes solicitam ao novo SEES, José Ferreira Gomes, que “promova com a máxima urgência reuniões que possam consubstanciar este diálogo, não apenas em conjunto, mas também bilateralmente com cada uma, dentro do calendário de urgência das decisões que têm de ser tomadas antes do início do ano letivo”.
Entre essas decisões, os dirigentes associativos destacam as que dizem respeito à ação social escolar e ao quadro orçamental das instituições de ensino superior.
Durante dois anos, “contra a disponibilidade dos agentes do ensino superior” (instituições, docentes e estudantes), houve “uma quase total imobilização e um ensurdecedor silêncio por parte da tutela do setor”, que se manifestou sempre “indisponível para qualquer diálogo construtivo”, afirmam os dirigentes estudantis.
O novo SEES tomou posse no dia 26 de julho, sucedendo a João Queiró, no âmbito da sétima remodelação do XIX Governo Constitucional, liderado por Pedro Passos Coelho.
No encontro participaram, designadamente, a Associação Académica de Coimbra, a Federação Académica do Porto, as associações académicas das universidades de Évora, do Algarve, de Aveiro, de Trás-os-Montes e Alto Douro e do Minho, e as federações nacionais das associações de estudantes do Ensino Superior Politécnico e do Ensino Superior Particular e Cooperativo.»

(reprodução de notícia jornal i  online, de 3 de Agosto de 2013)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]