Perante tão fraco contributo até agora dado para a (uma) estratégia e para uma boa gestão da UMinho, até eu me surpreendo, algumas vezes, quando olho para a multiplicidade de temas versados em diversas reuniões do CG e para a qualidade de certas observações aí produzidas. Relendo nesta ocasião os apontamentos que tirei da reunião do CG de 18 de Julho pp., interrogo-me se o problema não residirá, precisamente, na circunstância do discurso ir para além das frases que retive para memória futura ou da diferença que vai entre discurso e prática quotidiana, quer dizer, capacidade e vontade de realização.
Entre várias outras coisas, dizia, por exemplo, JS na dita sessão: “Precisamos de ter uma estratégia para aumentar a relevância da UMinho”. Antes, havia dito, também: “Ou escolhemos as mudanças ou elas vão-nos ser impostas”. A dúvida é tão só esta: mas isso não era verdade já há dois anos ou há dois anos e meio ou, até, há 3 ou 4 anos, para não ir mais longe? Por onde andava o senhor “conselheiro” então? A jogar golfe num dos magníficos campos da modalidade existentes no Algarve?
Deixo as perguntas que enunciei antes ciente que “As perguntas são também ensaios de resposta” (LL), isto é, “são políticas”, pois que “as políticas não são naturais” (LL), digo, não brotam de debaixo da rocha como acontece nas nascentes de água cristalina. Daí a curiosidade do ensaio de questionamento estratégico mantido pelo reitor a fechar a reunião de 18 de Julho pp.
Se há perguntas que têm resposta no seu próprio enunciar, todavia, outras há que as não têm ou, inclusive, que se prestam a respostas múltiplas, por vezes, alternativas. Pode até acontecer que “De tanto limpar os óculos, estarmos a limpar os óculos e não vermos aquilo que aconteceu” (ALL, invocando S. Freud). Como há respostas que só tempo trará, talvez seja este o caso, isto é, seja necessário deixar correr o tempo para que todo o esclarecimento nos chegue. Confio que assim seja, mesmo que aquele demore a chegar.
J. Cadima Ribeiro
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