segunda-feira, 15 de agosto de 2011

À margem do CG: algumas notas soltas (54)

Embora tenha entretanto passado quase um mês desde o dia em que ocorreu a última reunião do CG, surpreendentemente ou talvez nem tanto, ainda há matéria que retive em apontamento do que aí se passou que se me oferece invocar e comentar. É a expressão da riqueza do que no dito órgão se vai falando, se bem que, olhando para o que fica, se tenha que concluir que sejam bem parcos os resultados.
Um dos temas abordados, de passagem, na sessão foram as obras que se encontravam em curso na entrada do Campus de Gualtar, subsequentes ao desmatamento e alisamento do terreno que rodeia a Vivenda Sameiro. Clarificador foi saber que “Não há um plano de intervenção para o parque central, neste momento” (AC). Digo que saber-se tal foi clarificador. Não digo que isso tenha sido surpreendente. Surpreendente também não será se, de um dia para o outro, assistirmos a qualquer tipo de intervenção no dito espaço. Não há-de ser a inexistência de um qualquer plano de intervenção que obstará a que “se faça obra”. Estranho será que, de quando em quando, se ouça criticar intra-muros a forma “pouco” planeada como se foi/vai fazendo cidade, em Braga (outro tanto se deveria dizer em relação a Guimarães mas, neste caso, fala-se muito menos).
Dada a altura em que a reunião decorreu, não se estranhará que tenha vindo a terreiro a política da tutela em matéria de ensino superior, em particular, a dúvida subsistente “sobre a continuidade ou não do sistema binário de ensino superior” (AC) em Portugal. Pouco terá sido esclarecido desde então sobre a matéria. Como quer que seja, parece-me algo bizarro que essa possa emergir como uma preocupação maior de uma instituição que integra já (em boa verdade, desde há muito), sem nunca ter discutido seriamente o assunto, Escola(s) não-universitária(s).
Tenho, no entanto, que manifestar concordância total com o que foi dito a propósito das parcerias que, de quando em quando, se celebram com instituições, entidades ou agentes de natureza diversa, internos ou externos. De facto, “impor parcerias por protocolo institucional é algo que funciona sempre mal” (AC). Digo-o há mais de vinte anos mas nem por isso deixa de me gerar algum conforto que outros confirmem a razão que sempre tive nessa matéria. Não é que me achasse iluminado. Simplesmente, fazia/faço questão de olhar para a realidade existente e retirar daí as devidas ilações.

J. Cadima Ribeiro

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