segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

"A receita de Costa. ´Futuro faz-se investindo na educação, ciência, inovação e tecnologia`”

«Em entrevista ao “Financial Times”, o primeiro-ministro tenta passar uma mensagem de tranquilidade, acreditando ser capaz de pôr a economia a crescer “sem entrar em conflito com a eurozona e os investidores internacionais”
António Costa confia ser possível reverter a austeridade que muito penalizou o país durante a gestão do Governo anterior, sem entrar em conflito com os países parceiros da zona euro, e os credores ou investidores internacionais, É esse o teor da mensagem de tranquilidade que o novo primeiro-ministro tenta passar numa entrevista ao “Financial Times” deste domingo, logo sustentada na primeira citação escolhida pelo jornal britânico de negócios: “O futuro não passa por ter de se trabalhar mais ou ter mais ou menos feriados. O futuro faz-se assegurando mais investimento na educação, ciência, inovação e tecnologia”.
Para isso, é preciso, como diz, “recolocar a economia numa trajetória de subida consistente”. Acreditando ser capaz de “mudar a direção da economia sem entrar em conflito com a eurozona”, Costa refere que o esboço do Orçamento do Estado enviado para Bruxelas “é a prova” disso mesmo e de como será possível o equilíbrio de forças.
“A verdade é que ao mesmo tempo que lançámos as bases para haver mais emprego, maior crescimento e melhor proteção social, o orçamento agora apresentado vai mais longe na redução do défice, o que demonstra estarmos fortemente comprometidos com a responsabilidade fiscal e o cumprimento das regras da zona do euro”, sustenta.
Na mesma entrevista, Costa rejeita as críticas recolhidas por algumas das medidas já tomadas desde que é primeiro-ministro, nomeadamente que o aumento do salário mínimo, a redução do horário de trabalho na função pública, a descida de impostos, a reversão dos cortes nos salários do sector público e a recuperação de feriados possem levar à perda de competitividade. Pelo contrário, diz ser “completamente errado pensar que um país europeu como Portugal pode tornar-se mais competitivo com base em fatores terceiro-mundistas”.
E justifica: “A ideia de que a produtividade sobe pelo número de horas que as pessoas trabalham dá-lhes um incentivo errado. Isso tem de ser feito”, sustenta, “com o aumento do valor dos bens e serviços produzidos”.
A fechar, António Costa insiste com mais uma mensagem de tranquilidade dirigida aos investidores internacionais, quamndo refere que o seu partido é e quer continuar a ser “o maior campeão português da integração europeia”.»

(reprodução de notícia EXPRESSO online, de 24.01.2016)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

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