Caros(as) colegas Professores e investigadores,
Caros(as) colegas funcionários não docentes e não
investigadores,
Caros(as) alunos,
Cumpre-me informar-vos que remeti há dias ao Presidente do
Conselho Geral da UMinho uma carta de renúncia à condição de membro do Conselho
Geral. Fi-lo por razões pessoais, depois de ponderar o assunto durante meses.
Nos termos do Regimento do Conselho Geral, deverei ser substituído pela colega
que me sucedia na lista do Movimento
Novos Desafios, Novos Rumos oportunamente submetida a referendo eleitoral,
a saber, a Professora Clara Costa Oliveira, a quem desejo as maiores
felicidades no exercício do cargo.
Isto dito, entendo que é hora de renovar o agradecimento aos
colegas que estiveram na base da minha(nossa) eleição e a todos aqueles que,
através do seu voto e/ou do seu incentivo, me foram dando ânimo para levar por
diante a missão cívica que mantive na Academia na referida sede até esta data,
que quase nunca foi fácil.
Quero também dizer-vos que, deixando as funções de membro do
CG, não deixarei de procurar contribuir para a construção de um projeto de
Universidade mais transparente, mais respeitador dos direitos de todos e de
cada um, mais exigente em matéria de procedimento ético, e não abandonarei a
luta a favor de um projeto portador de uma ambição de crescente afirmação no
contexto da rede pública de ensino superior nacional e europeia, expressão da
vontade, capacidade e ambição do coletivo que lhe dá corpo. Em particular,
preocupa-me a perda de autonomia que a Universidade portuguesa enfrenta e
preocupam-me:
i) a forma como se chegou a e o teor do memorando
de entendimento entretanto assinado entre as Universidades do Minho, do Porto,
e de Trás-os-Montes e Alto Douro, com vista à constituição de um Consórcio das
Universidades do Norte (UniNORTE);
ii) a forma como se têm apostado na adoção de
plataformas eletrónicas e na "desmaterialização de rotinas
administrativas", desconsiderando as pessoas e, paradoxalmente, sobrecarregando-as
com burocracias; e
iii) intervenções mantidas em matéria de gestão de
concursos de promoção de pessoal questionáveis em matéria de respeito das
legítimas aspirações das pessoas, quando não criticáveis na dimensão ética.
Por tudo isso, esta renúncia a funções como membro do CG não
deve ser interpretada como desistência de lutar por uma Universidade melhor e
com que me identifique muito mais. Nessa postura, continuarei a estar com todos
aqueles que partilhem idênticos valores.
Cordiais cumprimentos,
J. Cadima Ribeiro
(Movimento NDNR – http://uminho-ndnr.blogspot.pt/)
[reprodução de mensagem entretanto distribuída universalmente na rede eletrónica da UMinho]
[reprodução de mensagem entretanto distribuída universalmente na rede eletrónica da UMinho]
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